Fonte: Revista Verde de Agroecologia e
Desenvolvimento Sustentável - Revista Verde (Pombal - PB - Brasil), v 9. ,
n. 4, p. 05 - 07, out-dez, 2014. Disponivel em:
http://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS
Autores: Thiago Pereira de Sousa1 ,
Eduardo Pereira de Sousa Neto2 , Luana Raposo de Sá Silveira3
, Elias Francisco dos Santos Filho2 e Patricio Borges Maracajá4
.
RESUMO - As maiores perdas da agricultura
são causadas em grande parte por pragas e doenças. A modernização da
agricultura, após a segunda guerra, acrescentou, ao processo de produção de
alimentos, a utilização de máquinas e equipamentos agrícolas, além de
fertilizantes e pesticidas químicos, tornando o sistema altamente dependente de
recursos (insumos agrícolas) externos às propriedades rurais. O uso freqüente e
indiscriminado de produtos químicos, para o controle de insetos-praga, muitas
vezes acarreta a presença de altos níveis de resíduos tóxicos nos alimentos,
desequilíbrio biológico, contaminações ambientais, intoxicações de seres
humanos e outros animais, ressurgência de pragas, surtos de pragas secundárias
e linhagens de insetos resistentes, uma alternativa atenuar esses problemas é a
utilização de substancias naturais extraídas de plantas. Os extratos vegetais
com atividade inseticida representam uma alternativa importante de controle de
insetos-praga em pequenas áreas de cultivo, como as hortas, situação na qual a
produção de extratos torna-se viável.
Palavras-chave:
Inseticidas, doenças, desequilíbrio biológico.
1Mestrando em Fitotecnia pela
Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN, Brasil, E-mail: tiagojd2009@hotmail.com
2Graduando
em Agronomia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Pombal-PB,
Brasil, E-mail: gogaeduardo@hotmail.com
3Graduanda em Ciências Agrárias pela
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Catolé do Rocha-PB, Brasil, E-mail: luana.156@hotmail.com
4
Professor D. Sc. UFCG - Mestrado em Sistema Agroindustriais, UAGRA, Pombal-PB,
Brasil, E-mail: patriciomaracaja@gmail.com
ABSTRACT - The greatest losses from
agriculture are largely caused by pests and diseases. The modernization of
agriculture, after WWII, he added, the food production process, highly dependent
on the use of agricultural machinery and equipment, and chemical fertilizers
and pesticides, making the system resources (agricultural inputs) external to
rural properties. The frequent and indiscriminate use of chemicals to control
insect pests often requires the presence of high levels of toxic residues in
food, biological imbalance, environmental contamination, poisoning of humans
and other animals, resurgence of pest outbreaks secondary pests and resistant
strains of insects, an alternative mitigate these problems is the use of
natural substances extracted from plants. The plant extracts with insecticidal
activity represent an important alternative for controlling insect pests in
small growing areas, such as gardens, in which case the production of extracts
becomes feasible.
Keywords: Insecticides, diseases, biological
imbalance.
INTRODUÇÃO
As
maiores perdas da agricultura são causadas em grande parte por pragas e
doenças, o uso de cultivares resistentes não é a solução para todos os problemas,
mas deve ser incluído como opção em programa amplo e racional de controle
integrado; é possível observar diferentes níveis de respostas de cultivares ao
ataque de determinado inseto, de modo que diferentes graus de resistência podem
ser atribuídos como imunidade, alta resistência, resistência moderada,
suscetibilidade e alta suscetibilidade (CHRISPIM & RAMOS, 2007). A
modernização da agricultura, após a Segunda Guerra, acrescentou, ao processo de
produção de alimentos, a utilização de máquinas e equipamentos agrícolas, além
de fertilizantes e pesticidas químicos, tornando o sistema altamente dependente
de recursos (insumos agrícolas) externos às propriedades rurais; a aplicação
dessa tecnologia acarreta o aumento dos custos de produção com consequente aumento
dos preços dos alimentos para os consumidores, inviabilizando frequentemente as
produções agrícolas (ROEL, 2001). Nos últimos anos, inúmeras técnicas e
conhecimentos novos têm sido experimentados, no que toca ao combate das pragas
e doenças agrícolas. A cada ano e a cada experiência sempre há algo de novo a
ser aprendido, num processo dinâmico que nos obriga a evoluir. Para Corrêa
& Salgado (2011), na natureza, onde não há a interferência do homem, os
diversos organismos vivem em equilíbrio; dentro da natureza, as pragas são
insetos comuns, que como milhares de outros, alimentam-se das planta, é só
quando intervém o fator homem e a agricultura, que muitos destes insetos passam
a ser considerados pragas. O emprego de substâncias extraídas de plantas silvestres,
na qualidade de inseticidas, tem inúmeras vantagens quando comparado ao emprego
de sintéticos: os inseticidas naturais são obtidos de recursos renováveis e são
rapidamente degradáveis; o desenvolvimento da resistência dos insetos a essas
substâncias, compostas da associação de vários princípios ativos é um processo
lento; esses pesticidas são de fácil acesso e obtenção por agricultores e não
deixam resíduos em alimentos; além de apresentarem baixo custo de produção
(ROEL, 2001). Dequech et al., (2008), dizem que os extratos vegetais com
atividade inseticida representam uma alternativa importante de controle de
insetos-praga em pequenas áreas de cultivo, como as hortas, situação na qual a
produção de extratos torna-se viável. Dessa forma, objetivou-se com este
estudo, a realização de uma revisão bibliográfica acerca da utilização de
plantas como repelentes e inseticidas naturais como alternativas de produção
sustentável na agricultura familiar.
MÉTODOLOGIA
Para
o desenvolvimento deste trabalho foi realizada uma revisão de literatura, onde
foram utilizados os seguintes materiais: dados bibliográficos (incluindo
consultas à Internet, livros e publicações referentes ao assunto e à área em
estudo, destacando aspectos regionais e temáticos), suporte computacional e
material fotográfico.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O uso frequente e indiscriminado de produtos
químicos, para o controle de insetos-praga, muitas vezes acarreta a presença de
altos níveis de resíduos tóxicos nos alimentos, desequilíbrio biológico,
contaminações ambientais, intoxicações de seres humanos e outros animais,
ressurgência de pragas, surtos de pragas secundárias e linhagens de insetos
resistentes, uma alternativa atenuar esses problemas é a utilização de
substancias naturais extraídas de plantas (DEQUECH et al., 2008). Controle
químico de pragas Segundo Jesus et al., (2011), Inseticidas são substâncias
químicas utilizadas para matar, atrair e repelir insetos, sendo sua descoberta,
isolamento, síntese, avaliação toxicológica e de impacto ambiental um vasto
tópico de pesquisas no mundo inteiro e que tem se desenvolvido bastante nas
últimas décadas. Dentro da classificação de inseticidas, são incluídas
substâncias que repelem e que atraem insetos; os inseticidas podem ser
classificados segundo três pontos de vista: finalidade, modo de ação e origem
(ROEL, 2001). Para Brechelt (2004), A contínua utilização do controle químico
com agrotóxicos não seletivos, sem a rotação de produtos, pode causar
desequilíbrios mediante a eliminação de insetos benéficos, explosões
populacionais de pragas e, principalmente, a perda de eficácia de inseticidas
mediante a seleção natural de linhagens de insetos resistentes a esses
compostos químicos. Alternativas naturais para o controle de pragas São
considerados para uso como alternativo, todos os produtos químicos, biológicos,
orgânicos ou naturais, que possuam as seguintes características: Praticamente
não tóxicos, baixa a nenhuma agressividade ao homem e à natureza, eficientes no
combate e repelente aos insetos e microrganismos nocivos, não favoreçam a
ocorrência de formas de resistência, de pragas e microrganismos, custo reduzido
para aquisição e emprego, simplicidade quando ao manejo e aplicação, e alta
disponibilidade para aquisição (PEREIRA, 2012). De acordo com Brechelt (2004),
a natureza tem criado durante séculos várias substâncias ativas que, quando
corretamente aplicadas, podem controlar insetos pragas de maneira eficiente; a
substituição dos inseticidas sintéticos por substâncias vegetais representa uma
alternativa viável, mas não significa que estes extratos de plantas possam restabelecer
por si mesmos o equilíbrio ecológico de um sistema agroecológico estável. Para
Pereira (2012), as vantagens das substâncias botânicas são óbvias: a maioria é
de baixo custo; estão ao alcance do agricultor; algumas são muito tóxicas, mas
não têm efeito residual prolongado e se descompõem rapidamente; em sua maioria
não são venenosas para os mamíferos. Os extratos vegetais com atividade
inseticida representam uma alternativa importante de controle de insetos-praga
em pequenas áreas de cultivo, como as hortas, situação na qual a produção de
extratos torna-se viável (DEQUECH et al., 2008).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentro
da natureza, as pragas são insetos comuns, que como milhares de outros,
alimentam-se das plantas; é só quando intervém o fator homem e a agricultura,
que muitos destes insetos passam a ser considerados como pragas. No processo de
modernização e industrialização, a agricultura se tornou dependente de insumos
produzidos fora do setor agrícola, como máquinas, equipamentos, fertilizantes e
pesticidas, insumos que encarecem a produção e diminuem a margem de lucro dos
produtores de alimentos e fibras. A retomada dos estudos sobre a utilização de
produtos de origem vegetal na agricultura não só é um resgate das práticas
realizadas por nossos ancestrais, como se enquadra nos programas de
desenvolvimento local e de sustentabilidade de propriedades rurais. Em termos
de pequenas propriedades rurais, as plantas que podem ser utilizadas como
inseticidas devem ser plantadas no próprio local, com o objetivo de facilitar a
coleta dos materiais vegetais e sua manipulação. A utilização de inseticidas
botânicos como uma estratégia dentro do manejo de pragas é promissora, todavia,
devem ser ampliadas as pesquisas com o uso de extratos e óleos essenciais,
ensaios em condições de campo e estudos de controle de qualidade para
viabilizar uma maior adoção desses produtos naturais pelos técnicos e
agricultores.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRECHELT, A. Manejo Ecológico de Pragas e
Doenças. Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA), Cartilha, Santa Cruz do
Sul, RS. 33p. 2004.
CORRÊA,
J. C. R.; SALGADO, H. R. N. Atividade inseticida das plantas e aplicações:
revisão. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v.13, n.4,
p.500-506, 2011.
CHRISPIM,
T. P.; RAMOS, J. M. Resistência de plantas a insetos. Revista Cientifica de
Engenharia Florestal, v.10, n.6, p.01-10, 2007.
DEQUECH, S. T. B.; SAUSEN, C. D. LIMA, C. G.;
EGEWARTH, R. Efeito de extratos de plantas com atividade inseticida no controle
de Microtheca ochroloma Stal (Col.: Chrysomelidae), em laboratório. Revista
Biotemas, v.21, n.1, p.41-46, 2008.
JESUS,
F. G.; PAIVA, L. A.; GONÇALVES, V. C.; MARQUES, M. A.; JUNIOR, A. L. B. Efeito
de plantas inseticidas no comportamento e biologia de Plutella xylostella
(lepidóptera: plutellidae). Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.78,
n.2, p.279-285, 2011.
PEREIRA,
W. H.; MOREIRA, L. F.; FRANÇA, F. C. T. Práticas alternativas para a produção
agropecuária agroecologica. EMATER-MG, cartilha, 134p. 2012.
ROEL,
A. R. Utilização de plantas com propriedades inseticidas: uma contribuição para
o desenvolvimento rural sustentável. Revista Internacional de Desenvolvimento
Local. v.1, n.2, p.43-50, 2001.
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