Fonte:
Livro da Embrapa Hortaliças – Brasília, DF. Interessados em adquirir o livro
“PRODUÇÃO ORGÂNICA DE HORTALIÇAS – Coleção 500 Perguntas – 500 Respostas” devem
entrar em contato através do email: vendas@sct.embrapa.br;
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Com o objetivo de divulgar e aumentar o
conhecimento sobre agricultura orgânica,
estamos transcrevendo do livro, algumas
perguntas e respostas que consideramos mais relevantes.
Capítulo
3: Organização da Propriedade
Autores: Francisco Vilela Resende e Mariane
Carvalho Vidal.
Por que o sistema
orgânico de produção se contrapõe à monocultura?
O
uso crescente dos adubos químicos e agrotóxicos possibilitou a simplificação
dos sistemas agrícolas, de forma que apenas uma cultura pudesse ser cultivada
em determinada região para atender as necessidades locais ou as exigências de
mercado. Esse modelo permitiu o aparecimento de pragas, doenças, plantas
invasoras especializadas e uma série de outros problemas peculiares para essas
culturas. A manutenção da fertilidade do solo e a sanidade dos cultivos depende
de rotações de culturas, da reciclagem de biomassa e, principalmente, da
diversidade biológica. Essa diversidade é o principal pilar da agricultura
orgânica a contribuir para a manutenção do equilíbrio do sistema e,
consequentemente, do solo e da cultura. Portanto, o equilíbrio biológico e
ambiental, bem como a fertilidade do solo, não podem ser mantidos com
monoculturas.
Nos
cultivos especializados, onde prevalece apenas uma cultura de interesse
econômico, deve-se estabelecer algum grau de diversificação, que é conseguido
com a inserção de áreas de refúgio e/ou cordões de contorno com espécies
variadas, consórcios com adubos verdes e/ou plantas repelentes/atrativas e com
o manejo das plantas espontâneas.
Como é feita
diversificação do sistema?
O
produtor orgânico deve se preocupar prioritariamente com a diversificação da
paisagem geral de sua propriedade de forma a restabelecer o equilíbrio entre
todos os seres vivos da cadeia alimentar, desde microrganismos até pequenos
animais, pássaros e outros predadores. A introdução de espécies vegetais com
múltiplas funções no sistema produtivo é a base do estabelecimento do
equilíbrio da propriedade. Nesse contexto, incluem-se espécies de interesse
econômico, arbóreas, atrativas e ornamentais. Deve-se atentar também para o
papel fundamental das espécies espontâneas no processo de diversificação. Dessa
forma, procura-se atingir a sustentabilidade da unidade produtiva no tempo e no
espaço pela incorporação de características de ecossistemas naturais, como:
-
Reciclagem de nutrientes.
-
Uso de fontes renováveis de energia.
-
Manutenção das relações biológicas que ocorrem naturalmente.
-
Uso de materiais de origem natural, evitando os oriundos de fora do sistema.
-
Estabelecimento de padrões de cultivos apropriados com espécies de plantas
agrícolas e animais adaptados às condições ecológicas da propriedade.
-
Ênfase na conservação do solo, água, energia e recursos biológicos.
Como deve ser dividida a
área de cultivo em um sistema orgânico de produção de hortaliças?
A
produção orgânica de hortaliças exige a reformulação da organização da
propriedade, que diverge bastante da disposição adotada no sistema
convencional. O aspecto mais importante é a subdivisão da propriedade em
talhões que, preferencialmente, não ultrapassem 1.000 m2 , com
elementos que promovam o condicionamento climático das culturas e a preservação
da biodiversidade.
O
uso intensivo das áreas associado a ciclos sucessivos de cultivo exige maior
atenção dos produtores de hortaliças na construção e proteção dos talhões. O
talhão possui papel fundamental na administração da propriedade e gerenciamento
das atividades de produção. A disposição dos talhões e da infra-estrutura na
propriedade deve reduzir as necessidades de transporte e de mão-de-obra para
execução dos trabalhos, pois na produção de hortaliças há grande movimentação
de mão-de-obra e insumos, o que exige eficiência no funcionamento do sistema,
visando facilitar a administração e reduzir os custos da atividade.
A
delimitação dos espaços físicos da horta é feita por carreadores principais e
secundários. O dimensionamento dos carreadores deve ser realizado de forma a
perder o mínimo possível de área produtiva. Os caminhos secundários devem
apresentar dimensões de 30 cm de largura, no máximo, para permitir apenas o
trânsito de pessoas e carrinhos de mão. Os carreadores principais devem ser
dimensionados com 1,5 m a 2 m, permitindo a entrada de máquinas e equipamentos
para transporte de insumos e escoamento da produção.
O que são cordões de
contorno?
São
faixas de vegetação que circundam a propriedade, permitindo isolamento das
áreas de cultivo convencional circunvizinhas, e utilizados também para divisão
dos talhões de cultivo. É um componente fundamental na organização de uma
propriedade orgânica voltada para a produção de hortaliças. Apresentam
múltiplas finalidades como o funcionamento como barreiras fitossanitárias,
dificultando a livre circulação de pragas e doenças entre propriedades vizinhas
e entre os talhões de cultivo; a criação de microclimas mais propícios ao
cultivo de hortaliças; a formação de áreas de refúgio e abrigo para inimigos
naturais de pragas e outros pequenos animais úteis. Resumindo, a instalação
dessas faixas de vegetação permite a criação de condições climáticas favoráveis
à redução do estresse sofrido pelas plantas e é fundamental para o manejo
fitossanitário da propriedade orgânica.
Como são formados e que
espécies podem ser usadas nos cordões de contorno?
Essas
faixas podem ser formadas por uma ou várias espécies, incluindo a própria
vegetação natural. Espécies que podem servir como fontes de biomassa e
nutrientes, como capins, leucena, hibiscos, flor do mel (girassol mexicano),
espécies fixadoras de nitrogênio, como os adubos verdes, espécies atrativas
para insetos e pequenos animais, e plantas de interesse econômico, visando à
complementação de renda da atividade principal também podem ser utilizadas. É
importante preocupar-se com a diversidade dos cordões de contorno para
garantir que se tornem abrigos de biodiversidade, procurando combinar espécies
que atendam aos requisitos descritos.
Podem-se usar espécies
de interesse econômico nos cordões de contorno?
Alguns
produtores orgânicos não aceitam ou não podem dispor dentro da propriedade de
áreas de cultivo com espécies que não tenham interesse econômico. Dessa forma,
aproveitam as áreas dos cordões para a introdução de espécies que, além de
formarem cordões, possam prover-lhes algum retorno econômico e não causem
prejuízos à cultura ou às culturas principais. Podem-se destacar, como exemplo,
a banana, o café, o mamão, outras espécies frutíferas, plantas melíferas,
condimentares, medicinais e ornamentais ou uma combinação dessas espécies.
O que são áreas de
refúgio?
São
áreas de vegetação para preservação e atração de inimigos naturais de pragas e
pequenos predadores que auxiliam no controle de pragas. Essas áreas servem de
refúgio para diversos insetos benéficos que se alimentam de fungos ou para
organismos que, sem seus inimigos naturais, poderiam aniquilar a plantação.
Esses nichos são formados pelas reservas de vegetação nativa, pelas faixas de
cercas vivas ou cordões de contorno que circundam as áreas de cultivos e as
comunidades de plantas invasoras ou espontâneas. As áreas de refúgio garantem a
preservação da fauna silvestre e a diversidade é essencial para o equilíbrio de
várias espécies, contribuindo muito para o equilíbrio do sistema como um todo.
O que são áreas de
pousio?
Como
o próprio nome sugere, são áreas que garantem o descanso do solo, após cultivo
intensivo, para reconstituir e conservar suas propriedades químicas, físicas e
biológicas. As áreas em pousio devem permanecer cobertas com alguma vegetação,
que pode ser adubos verdes ou a vegetação natural da área. Essas áreas são
muito importantes para garantir a manutenção da vida no solo. O agricultor deve
prever esse período no planejamento da horta, pois para produção de hortaliças,
que utiliza intensamente os recursos do solo, essa prática é fundamental.
Qual a importância da
rotação de culturas para sistemas orgânicos de produção de hortaliças?
Um
dos aspectos mais importantes do manejo em sistemas orgânicos de produção é a
exploração equilibrada do solo, por meio do emprego de práticas como a
alternância de culturas e a sucessão vegetal, levando ã prática da rotação de
culturas nas diversas unidades de solo de uma propriedade agrícola.
Deve-se
estabelecer uma escala de exigência em adubação e manter o terreno
permanentemente coberto. Essas práticas conjugadas permitem explorar os
nutrientes do solo de maneira mais racional, evitando seu esgotamento. Deve-se
alternar culturas mais exigentes com culturas menos exigentes em nutrientes
(rústicas), que exploram profundidades diferentes do solo pela diferença na
estrutura radicular.
Outro
aspecto igualmente importante da rotação, e também do consórcio de hortaliças,
é evitar a proliferação e acúmulo de doenças e pragas, que em um sistema
intensivo de cultivo pode ocorrer de forma bastante acelerada. Portanto, a
rotação de culturas é uma necessidade para a economia de nutrientes da horta e
o controle de pragas e doenças.
Como deve ser o manejo
das rotações dentro dos talhões ou das áreas de produção de hortaliças?
A
divisão dos talhões em faixas de cultivo auxilia na implantação de esquemas de
rotação. Nessas faixas, alterna-se o cultivo de adubos verdes com diferentes
famílias de hortaliças. Nesse esquema, é importante evitar o plantio de
espécies da mesma família em sucessão ou nas faixas adjacentes. No caso das
hortaliças que se adaptam melhor aos cultivos de inverno, época em que o
olericultor obtém maiores rendimentos, deve-se evitar a prática de rotação com
adubos verdes, permitindo que a área fique integralmente ocupada pelas culturas
de interesse econômico. No verão, reserva-se uma área maior para o plantio de
espécies de adubo verde que se adaptam bem ao cultivo nessa estação. Dessa
frma, pratica-se a recuperação anual das áreas de produção.
Outra
estratégia importante de manejo é evitar o acúmulo de inóculos de organismos
patogênicos, uma vez que as sucessões provocam uma quebra do ciclo biológico
desses organismos pela alternância de espécies. Exemplificando, o plantio
sucessivo de espécies de solanáceas (tomate, batata, pimentão, etc.) na mesma
área pode elevar a incidência de patógenos foliares e de solo nessas culturas.
Qual a regra geral para
a boa rotação de culturas?
Na
rotação, o produtor pode utilizar um esquema seguindo as diferentes
características de cada grupo de hortaliças: folhosas, raízes/tubérculos e
flores/frutos. Como cada espécie se desenvolve de uma forma e tem um sistema
radicular próprio e diferenciado, também explora o solo e retira os nutrientes
de forma diferenciada. Logo após o preparo e a adubação inicial do solo,
deve-se cultivar hortaliças mais exigentes, seguindo-se com espécies cada vez menos
exigentes. Assim, o produtor pode planejar o plantio utilizando o esquema de
alternar entre esses grupos e deixando sempre um intervalo entre um ciclo para
descanso e recuperação do solo (pousio). Durante o pousio, o produtor pode
explorar a utilização dos adubos verdes para recomposição e manutenção do solo.
O que é
consorciação/associação de culturas?
O
sistema de consórcio caracteriza-se pelo plantio simultâneo de duas ou mais
culturas na mesma área. É uma das práticas mais importantes para o cultivo de
hortaliças no sistema orgânico, pois abrange aspectos tanto ambientais quanto
econômicos.
A
consorciação permite otimizar a produção pelo melhor aproveitamento da área
explorando a combinação de espécies eficientes na utilização dos recursos de
produção como espaço, nutrientes, água e luz. O consórcio entre espécies de
hortaliças está sendo adotado amplamente em áreas de cultivo orgânico em todo o
país, principalmente por pequenos agricultores orgânicos que buscam nessa
técnica uma forma de otimizar o aproveitamento de seus escassos recursos de
produção. Assim procuram maximizar seus lucros, aproveitando melhor a área, os
insumos e a mão-de-obra.
Quais as vantagens da
consorciação de culturas?
A
eficiência e as vantagens de um sistema
consorciado estão na complementariedade entre as culturas envolvidas. Essa
complementariedade é maior à medida que se consegue minimizar os efeitos
negativos de uma cultura sobre a outra. O consórcio, além de permitir o uso
mais intensivo da área de plantio, confere maior diversidade biológica e
produção por unidade de área, garante renda extra ao agricultor e proporciona
menor impacto ambiental em relação à monocultura. Para evitar a manutenção de
áreas com plantio de espécies que não tragam retorno econômico, os produtores
podem utilizar o consórcio entre a cultura de interesse comercial e outra
espécie que apresente funções importantes, como atração de inimigos naturais,
repelente de insetos, adubos verdes, etc. Um exemplo clássico dessa associação
ocorre entre milho e mucuna. O plantio sincronizado dessas espécies permite que
a floração da leguminosa coincida com a seca da planta de milho, originando uma
palhada bastante rica em nutrientes que pode ser utilizada no cultivo de várias
hortaliças. O olericultor obtém ainda retorno econômico com a comercialização
das espigas de milho ainda verdes.
Que tipos de consórcio
podem ser utilizados para hortaliças?
Embora
existam muitas possibilidades de combinação de hortaliças em consórcio, são
mais comuns os consórcios em faixas e em linhas.
No consórcio em linha, são intercaladas
linhas de cultivo de uma ou mais espécies com a cultura principal. Pode-se
consorciar alface e cebolinha, couve e cebola, tomate e coentro, pimentão e
feijão guandu anão, tomate e crotalária, entre outras.
No consórcio em faixas, são intercaladas
faixas de cultivo de uma ou mais espécies com a cultura principal. Em alguns casos,
essas faixas podem se confundir com os próprios canteiros. Pode-se agrupar as
hortaliças companheiras, como cenoura e tomate, batata e repolho, tomate e
cebola, cebola e pepino, alface e rúcula, abóbora e chicória, repolho e arruda,
entre outras.
Qual o objetivo de se
associar plantas repelentes e/ou atrativas à cultura principal no sistema
orgânico?
As plantas com sabor e cheiro forte são
chamadas atrativas ou repelentes, pois possuem substâncias que afastam ou
inibem a ação de insetos. O cultivo dessas plantas junto com as culturas pode
proteger contra o ataque de insetos. Como qualquer estratégia de manejo
agroecológico, o uso de tais plantas não deve ser feito isoladamente, e sim, em
conjunto com outras técnicas de controle, sempre buscando a promoção do
equilíbrio ecológico em toda a propriedade agrícola.
Quais as plantas
atrativas e repelentes mais comuns e para que servem?
As
plantas atrativas e repelentes mais comuns são:
.
Cravo-de-defunto (Tagetes minuta)
e/ou cravorana silvestre (Tagetes
sp.) – Repelente de insetos e nematóides, principalmente no florescimento. Atua
tanto por ação direta contra as pragas quanto por “disfarce”das culturas por
seu forte odor.
.
Cinamomo (Melia azedorach L.) – Ação inseticida.
Os frutos devem ser moídos e seu pó pode ser usado na conservação de grãos
armazenados.
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Saboneteira (Sapindus saponaria L.) –
Ação inseticida. Para se ter uma ideia de seu poder de ação, apenas seis frutos
bastam para preservar 60 kg de grãos armazenados.
.
Quássia ou pau-amargo (Quassia amara)
– Ação inseticida, especialmente contra moscas e mosquits, pelo alto teor de
substâncias amargas na casca e na madeira.
.
Mucuna (Mucuna spp.) e crotalária (Crotalaria spp.) – Ação nematicida.
.
Coentro (Coriandrum sativum) – Ação repelente.
Tem-se observado redução significativa de frutos de tomateiro perfurados por
insetos quando seu plantio é associado ao de coentro.
.
Arruda (Ruta graveolens) – Ação repelente.
Evita a lagarta em folhosas, como o repolho.
.
Manjericão (Oncimum basilicum) – Por causa
do forte odor e compostos que exala, é um repelente de insetos.
Gergelim
(Sesamum indicum) – Cordões de contorno
com gergelim oferecem excelente proteção contra saúvas e outras formigas
cortadeiras.
.
Purungo ou cabaça (Lagenaria vulgaris)
– Atrativo para o besourinho ou vaquinha-verde-amarela (Diabrotica speciosa). Pode ser plantado como cerca viva ou pode-se
utilizar seus frutos cortados e espalhados na lavoura.
.
Tajujá (Cayaponia tayuya) – Atrativa para
as vaquinhas.
Geralmente, plantas aromáticas, medicinais
e condimentares são menos atacadas por pragas, constituindo, dessa forma, uma
boa opção para compor canteiros na
horta, próximo às culturas. Outros exemplos dessas plantas são artemísia,
alecrim, menta, tomilho, losna , funcho, hortelã, etc.
As plantas espontâneas
podem contribuir para o manejo do sistema orgânico ou devem ser sempre
eliminadas?
As
plantas que crescem junto com as espécies cultivadas são consideradas invasoras
ou espontâneas e não plantas daninhas. Assim, como outros vegetais, as plantas
invasoras contribuem para:
.
Cobertura e proteção do solo.
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Reciclagem mais eficiente de nutrientes.
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Melhoria das condições físicas do solo pelo aumento dos teores de matéria
orgânica.
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Rompimento de camadas compactadas.
.
Diversificação do ambiente.
Essas espécies devem ser manejadas adequadamente
para que permitam o convívio sem prejuízos para a cultura de interesse econômico.
Recomenda-se a capina em faixas, de forma a evitar a presença das ervas próximo
à cultura de interesse comercial, deixando-se uma estreita faixa de vegetação
nas entrelinhas de plantio. Em culturas omo berinjela, jiló, abóbora, quiabo e
outras, deve-se fazer apenas o coroamento das plantas e roçadas leves no
restante da área.
No caso de hortaliças de canteiro, recomenda-se
capinas nos momentos críticos apenas nos leitos de semeadura, preservando-se a
vegetação dos careadores ou apenas roçando-a quando estiver dificultando os
tratos culturais. O controle de invasoras tem sido feito com o emprego de
práticas mecânicas, como aração, gradagem, cultivos, roçadas, amontoas e
capinas manuais, conforme a necessidade de redução das invasoras e, ainda, com
o uso de plantas com efeitos alelopáticos, adubação verde, cobertura morta,
cobertura viva, rotação e a consorciação de culturas.
Existe alguma forma de
se plantar hortaliças sem canteiros, evitando o revolvimento excessivo do solo?
Para algumas hortaliças é possível evitar
o uso de canteiros fazendo o plantio em covas ou sulcos e até mesmo o plantio
direto sobre palhadas. Sabe-se que nos solos tropicais e subtropicais a
decomposição da matéria orgânica pode ser acelerada com o excesso de
revolvimento, reduzindo seu teor. Assim, o preparo do solo deve ser evitado ou
minimizado sempre que possível. Recomenda-se o uso de canteiros
semidefinitivos, restringindo ao máximo a entrada de máquinas nas áreas de
cultivo. Dessa forma, seguindo os princípios já mencionados da rotação de
culturas, após o preparo, e da adubação inicial do solo, cultiva-se uma
sucessão de hortaliças progressivamente menos exigentes em nutrientes, sem que
haja necessidade de refazer os canteiros. Quando necessário, pode-se
complementar a adubação inicial com aplicações em cobertura, fazendo-se apenas
uma leve incorporação superficial.
muito bom
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