Fonte:
Livro da Embrapa Hortaliças – Brasília, DF. Interessados em adquirir o livro
“PRODUÇÃO ORGÂNICA DE HORTALIÇAS – Coleção 500 Perguntas – 500 Respostas” devem
entrar em contato através do email: vendas@sct.embrapa.br; Para ver o livro completo, acessar: http://mais500p500r.sct.embrapa.br/view/pdfs/90000021-ebook-pdf.pdf
Com o objetivo de divulgar e aumentar o
conhecimento sobre agricultura orgânica,
estamos transcrevendo do livro, algumas
perguntas e respostas que consideramos mais relevantes.
Capítulo
6: Adubação Verde
Autores: Dejair Lopes de Almeida, José Guilherme
Marinho Guerra e José Antonio Azevedo Espindola
O que é adubação verde?
Adubação verde é uma técnica de manejo
agrícola que consiste no cultivo de espécies de plantas com elevado potencial de
produção de massa vegetal, semeadas em rotação, sucessão ou em consórcio com
culturas de interesse econômico. Essas espécies têm ciclo anual ou perene, isto
é, cobrem o terreno por determinado período de tempo ou durante o ano todo.
Depois de roçadas ou tombadas, podem ser incorporadas ao solo ou mantidas em
cobertura sobre a superfície do solo.
Adubos verdes, plantas
recicladoras e plantas condicionadoras de solo são sinônimos?
O
termo “adubos verdes” é bem antigo e seu uso se deve ao fato de que essas plantas
atuam como fornecedoras de nutrientes. Mais recentemente, diferentes termos têm
sido empregados para caracterizar o efeito de algumas espécies utilizadas como
adubo verde e que também funcionam como condicionadoras de solo ou recicladoras
de nutrientes. De forma geral, a maioria das espécies utilizadas na adubação
verde atua na ciclagem de nutrientes por causa de seu sistema radicular
profundo (por isso, o termo plantas recicladoras). Ao adicionarem material
orgânico, atuam como condicionadoras do solo, promovendo melhorias em seus
atributos químicos, físicos e biológicos e reduzindo os riscos de erosão (por
isso, o termo plantas condicionadoras).
Quais os benefícios da adubação verde
para o solo?
As plantas usadas como adubo verde conferem benefícios às
características físicas, químicas e biológicas do solo, promovendo a melhoria
da fertilidade entendida de forma mais ampla. Os efeitos estão inicialmente
associados à capacidade de cobertura do terreno e à adição de matéria orgânica,
sendo os seguintes os principais benefícios:
•
Proteção contra a erosão.
•
Melhoria da estrutura, com aumento na infiltração e retenção de água no solo.
•
Ciclagem de nutrientes.
•
Contribuição para o equilíbrio biológico do solo, podendo favorecer a população
de organismos benéficos e reduzir problemas ligados a patógenos do solo, entre
outros.
Quando se utiliza
adubação verde, ainda é preciso utilizar outros adubos orgânicos?
Sim.
Na maioria das vezes, a adubação verde deve ser complementada pela adubação orgânica,
feita com estercos ou compostos ou com fontes de adubos minerais permitidos na
agricultura orgânica, pois os adubos verdes não substituem integralmente outros
tipos de adubos. A adubação verde com espécies leguminosas garante o
fornecimento de um nutriente essencial, o nitrogênio oriundo do ar, ao passo
que os demais elementos já se encontram no solo e são aproveitados pelo adubo
verde, retornando para o solo após a operação de roçada e decomposição. A
adubação verde com espécies não-leguminosas, entretanto, não garante a adição
de nenhum nutriente, mas apenas o processo de aproveitamento dos nutrientes
presentes no solo. É importante ter em mente que as culturas exportam
nutrientes por meio dos produtos das colheitas, sendo essencial repor essa exportação
por meio da adubação. Sem isso, ocorrerá um processo gradual de empobrecimento
do solo.
Que características a planta precisa ter para ser utilizada como adubo
verde?
Antes de mais nada, as espécies a serem escolhidas devem adaptar-se às
condições de clima e solo do local, e ter as seguintes características:
•
Rusticidade.
•
Crescimento inicial rápido, de modo a cobrir o solo e dificultar o
desenvolvimento de ervas espontâneas.
•
Sistema radicular bem desenvolvido.
•
Elevada produção de massa vegetal.
•
Baixa suscetibilidade ao ataque de pragas e doenças.
No caso do uso de leguminosas, é
importante selecionar uma espécie que apresente boa capacidade de fornecimento
de nitrogênio. Cabe ressaltar que a importância de cada uma dessas características
depende do sistema de cultivo a ser adotado (rotação de culturas, consórcio,
etc.) e da cultura de interesse econômico.
A adubação verde também
minimiza o surgimento de pragas e doenças?
Sim, pois favorece a quebra do ciclo de
proliferação de pragas e doenças, principalmente quando utilizada em rotação de
culturas. Por exemplo, no controle de nematóides formadores de galhas, as
espécies de adubos verdes mais utilizadas em condições de clima quente são as
crotalárias, as mucunas e o guandu. Nas condições de clima subtropical, são
indicadas as gramíneas aveia, centeio, azevém e cevada, e as leguminosas alfafa
e serradela. É importante lembrar que algumas espécies de adubo verde, como o
feijãomungo, podem provocar efeito inverso, ou seja, aumentar a população de
algumas espécies de nematóides no solo, devendo ser evitadas em áreas
infestadas com esse patógeno.
Plantas usadas na
adubação verde também podem atrair insetos polinizadores?
Algumas
espécies usadas como adubo verde têm grande produção de néctar e pólen, que
podem ser aproveitados por abelhas e outros insetos polinizadores e beneficiar
a produção vegetal. Dentre as espécies mais indicadas para as condições de
clima quente destacam-se o girassol, o guandu e as crotalárias, ao passo que
para as condições de clima subtropical recomendam-se nabo forrageiro,
cornichão, alfafa, tremoço, ervilhaca e trevos.
O que diferencia as
espécies da família das leguminosas das demais plantas utilizadas como adubo
verde ?
Além
de apresentarem os mesmos benefícios trazidos por espécies de outras famílias
botânicas utilizadas como adubo verde, as leguminosas têm massa vegetal rica em
nitrogênio em decorrência de sua capacidade de fixar biologicamente esse
nutriente. Após a roçagem e incorporação das leguminosas, o nitrogênio é
liberado para o solo, tornando-se disponível para as culturas.
O que é fixação
biológica de nitrogênio?
A
fixação biológica de nitrogênio consiste no processo pelo qual algumas
bactérias do solo, conhecidas genericamente como rizóbios, se associam
simbioticamente às raízes de leguminosas. As bactérias possuem a capacidade de
assimilar o nitrogênio do ar, transferindo-o para a planta, ao passo que esta
fornece para as bactérias substâncias químicas formadas durante o processo de
fotossíntese, que servem de alimento para esses microrganismos.
Qual
a importância da adubação verde com leguminosas na produção orgânica de
hortaliças?
A
legislação relativa à produção orgânica de alimentos no Brasil proíbe o uso de
fertilizantes nitrogenados sintéticos, como uréia e sulfato de amônio. Assim, o
fornecimento de nitrogênio para as espécies cultivadas nesses sistemas de
produção fica restrito ao uso de fontes orgânicas. Nessas condições, a prática
da adubação verde com leguminosas é uma alternativa interessante de
fornecimento de matéria orgânica e de nitrogênio para o solo, contribuindo para
a sustentação dos sistemas orgânicos de produção. Isso se deve ao fato de a
adubação verde com leguminosas constituir-se em recurso renovável produzido na
própria unidade de produção, o que torna o agricultor mais independente em
relação ao uso de insumos.
As bactérias com
capacidade de assimilar nitrogênio do ar em associação com leguminosas já
existem no solo ou é preciso adicioná-las às sementes de leguminosas?
Normalmente,
essas bactérias já se encontram no solo. Entretanto, é importante fazer a
inoculação desses organismos nas sementes de leguminosas quando são plantadas
pela primeira vez num determinado local. Os inoculantes fornecidos pelos laboratórios
geralmente são específicos para cada espécie. O inoculante deve ser guardado em
geladeira ou em local fresco até o momento do uso, pois o calor excessivo pode
provocar a morte das bactérias antes da inoculação.
Onde
é possível adquirir inoculantes para leguminosas?
A
Associação Nacional de Produtores e Importadores de Inoculantes
(www.anpii.org.br) dispõe de uma relação de endereços de laboratórios que
produzem esses insumos. Algumas Unidades de pesquisa da Embrapa também
produzem, em menor escala, inoculantes para leguminosas. Dentre esses, podem
ser mencionadas a Embrapa Agrobiologia (www.cnpab.embrapa.br) e a Embrapa Soja
(www.cnpso.embrapa.br).
É possível usar soja e
feijão-de-corda como adubo verde ?
As
sementes de algumas leguminosas, como a soja e o feijãode-corda, são mais
facilmente encontradas do que outras espécies tradicionalmente recomendadas
para adubação verde. Por causa de seu alto potencial de fixação biológica de
nitrogênio e do crescimento vigoroso dessas espécies, associados à boa produção
de massa vegetal em um período de tempo relativamente curto, a soja e o
feijão-de-corda são boas alternativas para adubação verde, notadamente em
sistemas orgânicos de cultivo. Cabe destacar que, por causa de sua alta
sensibilidade ao fotoperíodo, a soja deve ser cultivada durante a estação de
verão.
Como a adubação verde
pode ser utilizada no cultivo de hortaliças?
A
prática da adubação verde pode ser feita em diferentes modalidades, de acordo
com sua finalidade no sistema. Dentre essas, é possível destacar os manejos na
forma de rotação ou de consórcio com as hortaliças. No cultivo em rotação, o
adubo verde pode ser incorporado ao solo após a roçada para posterior plantio
da hortaliça, ou mantido em cobertura sobre a superfície do terreno, fazendo-se
o plantio direto da hortaliça na palhada. A manutenção da palhada na superfície
retarda a germinação das sementes de plantas espontâneas, ao passo que a sua
incorporação ao solo tende a fornecer os nutrientes mais rapidamente para a cultura
em sucessão. No consórcio, o adubo verde pode ser semeado nas “ruas” ou nas
próprias linhas de cultivo da hortaliça, ou formando aléias ou faixas
intercalares com as hortaliças, quando as espécies de adubo verde apresentam
porte arbustivo ou arbóreo.
Para que tipos de
hortaliças a adubação verde é mais importante?
Independentemente da espécie de hortaliça,
a adubação verde é uma técnica que quase sempre proporciona algum tipo de
benefício no manejo orgânico, seja diretamente para a cultura econômica ou,
indiretamente, por meio da melhoria das condições do solo. O manejo rotacional
da adubação verde é favorável para qualquer tipo de hortaliça, ao passo que no
consorciado são favorecidas, principalmente, as hortaliças de frutos e as
brássicas, como repolho e couve-flor.
Que hortaliças e adubos
verdes podem ser consorciados?
Em princípio, a maioria das hortaliças
pode ser cultivada com adubos verdes. Para tanto, existem diferentes
estratégias de consórcio que podem ser adotadas, sendo algumas já conhecidas,
ao passo que outras estão sendo testadas experimentalmente. Mas todas precisam
ser ajustadas na própria unidade de produção. Alguns exemplos podem ser
mencionados:
•
Hortaliças de frutos como tomate, quiabo, jiló, berinjela e pimentão consorciadas
com espécies de hábito ereto como crotalárias, feijão-de-porco e guandu.
• Brássicas, como repolho, couve, brócolis e
couve-flor, consorciados com espécies de hábito ereto e porte baixo, como
Crotalaria spectabilis, ou de porte prostrado menos agressivas como mucuna anã,
ou rastejante perene como amendoim forrageiro.
•
Hortaliças rizomatosas, como inhame, consorciadas com espécies de hábito ereto
como crotalárias.
Outra estratégia de adubação verde
consiste no plantio do adubo verde quando o ciclo da cultura principal está se
completando. Um exemplo consiste de hortaliças folhosas, como alface ou
repolho, consorciadas com Crotalaria juncea semeada no terço final do ciclo
dessas culturas.
No consórcio, como
decidir o melhor intervalo de tempo entre o plantio da hortaliça e do adubo
verde?
A decisão depende da espécie de hortaliça
em questão e da espécie de adubo verde que será utilizada. Esse aspecto é
fundamental para o sucesso da técnica, quando empregada na forma de consórcio.
Dependendo da combinação entre as espécies consorciadas, o adubo verde pode ser
plantado antes, concomitantemente ou depois da cultura principal. A definição
da época de plantio do adubo verde em relação à hortaliça depende do hábito de
crescimento do adubo verde e da velocidade de crescimento de ambas as espécies.
Por exemplo, se a hortaliça a ser
consorciada apresenta porte baixo, como a couve, é desejável consorciá-la com
adubos verdes de porte baixo e crescimento lento, como a mucuna anã e a
Crotalaria spectabilis. Para hortaliças de porte mais alto, como o quiabo, o
consórcio pode ser feito tanto com adubos verdes de porte alto e de crescimento
rápido, como com os de porte baixo e crescimento lento.
Um exemplo de leguminosa de porte alto e
crescimento rápido é a Crotalaria juncea, quando cultivada no período de
primavera– verão, cuja semeadura deve ser feita após a primeira capina do
quiabeiro, realizando-se seu corte por ocasião do início da colheita.
No consórcio, como
decidir pelo melhor espaçamento do plantio da hortaliça e do adubo verde?
A
escolha do melhor espaçamento entre as espécies consorciadas deve atenuar a
competição originada pela presença do adubo verde em consórcio com a hortaliça
e otimizar o benefício da adubação verde. De maneira geral, o adubo verde é
semeado nas “ruas” da cultura principal, utilizando-se uma, duas ou três linhas
de acordo com o espaçamento da hortaliça.
No caso de hortaliças que proporcionam
diversas colheitas, a semeadura do adubo verde pode ser realizada em “ruas” intercalares
ou em todas as “ruas”, desde que o adubo verde seja roçado em uma delas quando
se inicia o processo de colheita.
No consórcio, pode
existir competição entre o adubo verde e a hortaliça por água, luz e
nutrientes?
Sim. Por essa razão, devem-se tomar alguns
cuidados de modo a minimizar os efeitos da competição. Em relação à água, a
competição não é tão marcante porque a maioria das hortaliças é cultivada em
regime de irrigação.
Caso contrário, há de se levar em
consideração as condições locais, pois a falta de água em determinado período
de cultivo pode restringir o bom desempenho da hortaliça, inviabilizando o
manejo consorciado do adubo verde. Caso o adubo verde já tenha sido implantado
e ocorra falta de água para a cultura, é aconselhável roçá-lo imediatamente,
mesmo que não tenha atingido o ponto ideal de corte.
Em relação à competição por nutrientes,
especialmente o nitrogênio, quando são utilizadas espécies que não são
leguminosas, a competição pode ser marcante, prejudicando o desempenho da hortaliça,
podendo-se amenizar esse problema com o uso de leguminosas, pois esse grupo de
plantas não depende da disponibilidade de nitrogênio do solo para alcançar bom
desenvolvimento.
No que diz respeito à competição por luz,
essa pode ser minimizada por meio de estratégias de manejo mais adequadas para
cada cultura, destacando-se a escolha da espécie de adubo verde com porte e
hábito de crescimento compatíveis com a cultura principal, a época de plantio e
o espaçamento adotados, a fim de favorecer a sincronização no crescimento do
adubo verde e da hortaliça e a época de realização da roçada ou da poda, que
nem sempre coincide com o momento de maior acúmulo de nutrientes no adubo
verde.
O
que é adubação verde em aléias ou faixas intercalares?
Nesse sistema de manejo da adubação verde
as espécies econômicas são cultivadas em aléias ou faixas entre espécies de
adubo verde herbáceos, arbustivos ou arbóreos. Os adubos verdes são plantados
formando faixas com uma, duas ou mais linhas, dependendo das caraterísticas da
espécie, sendo variável o espaçamento entre as faixas.
Os adubos verdes herbáceos e arbustivos
podem ser roçados, ou manejados com ou sem poda, ao passo que as espécies
arbóreas podem ser podadas ou não. O material vegetal proveniente da poda deve
ser distribuído na área ocupada pela cultura principal.
Qual o melhor momento
para podar ou roçar os adubos verdes?
Os
adubos verdes cultivados em rotação com hortaliças podem ser roçados no momento
de seu máximo desenvolvimento, quando normalmente ocorre alta acumulação de
nutrientes na massa vegetal. Assim, quando o objetivo da adubação verde é
fornecer nutrientes para a cultura seguinte, a roçada pode ser feita na ocasião
do florescimento, no caso de leguminosas, por causa das elevadas quantidades de
nitrogênio que as plantas acumulam nessa fase. No caso de a espécie de adubo
verde ser uma gramínea, a roçada deve ser feita na fase de grão leitoso. Quando
a adubação verde é utilizada em consórcio com hortaliças, é importante que a
roçada ou a poda sejam feitas no momento em que o adubo verde tenha criado
condições desfavoráveis ao bom desenvolvimento da cultura econômica, em
decorrência da competição por água e luz.
Que adubos verdes podem
ser utilizados para formar aléias ou faixas intercalares?
As
espécies empregadas como adubos verdes nesse sistema de cultivo devem
apresentar as seguintes características:
•
Fácil estabelecimento no campo.
•
Crescimento rápido.
• Tolerância ao corte.
•
Alta capacidade de rebrota.
• Alta produção de biomassa.
• Potencial de fixação biológica do N
atmosférico.
Em condições de clima tropical, são
utilizadas com maior freqüência nesse sistema de manejo as seguintes espécies:
•
Capim-elefante.
•
Girassol mexicano.
• Crotalárias.
•
Guandu.
•
Tefrósia.
• Leucena.
•
Gliricídia.
• Caliandra.
• Flemíngea.
As hortaliças, em princípio, não oferecem
dificuldades quanto às espécies de adubo verde, desde que os renques obedeçam a
um espaçamento e sejam manejados de forma que o adubo verde não concorra por
água, nutrientes e luz com a cultura econômica.
É fácil encontrar
sementes de adubos verdes no comércio?
Sementes de alguns adubos verdes,
principalmente de algumas leguminosas, não são encontradas com facilidade no
comércio. Normalmente, a oferta é sazonal e, muitas vezes, a espécie que se
deseja utilizar não está disponível ou tem preço elevado. Por sua vez, a grande
maioria das espécies pode ser cultivada para a obtenção de sementes na
própria unidade de produção, o que é desejável porque torna o agricultor independente
em relação ao uso da adubação verde.
O que é “coquetel” de
adubos verdes?
O “coquetel” consiste no cultivo
consorciado de diferentes espécies de adubos verdes que, de maneira geral,
apresentam portes e hábitos de crescimento distintos e são cultivados em
rotação com as culturas econômicas. A combinação de mais de uma espécie de
adubo verde pode trazer benefícios para o cultivo orgânico de hortaliças, como:
•
Exploração de camadas diferenciadas do solo pelas raízes, acarretando melhoria
da estrutura do solo.
• Acúmulo também diferenciado de nutrientes,
ampliando qualitativa e quantitativamente sua oferta.
• Velocidade distinta de decomposição dos
resíduos com impacto na proteção do solo, controle de ervas espontâneas e
liberação de nutrientes.
•
Aumento da diversidade biológica, que acarreta impacto sobre a população de
insetos benéficos pela oferta variada de abrigo, de néctar e de pólen.
Que espécies podem ser
utilizadas no coquetel?
Várias combinações podem ser feitas de
acordo com a disponibilidade de sementes e as condições climáticas locais. As
espécies mais difundidas nos coquetéis para as regiões de clima tropical são:
• Milho.
• Milheto.
•
Sorgo.
•
Painço.
•
Feijão-de-porco.
•
Feijão-bravo-do-ceará.
•
Feijão-de-corda.
•
Mucunas.
• Lab-lab.
• Calopogônio.
•
Crotalárias.
•
Guandu.
•
Tefrósia.
• Leucena.
• Girassol.
•
Mamona.
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