Consórcio de Milho e Mucuna Anã
Visando ao Manejo Sustentável do Solo em Área de Agricultura Urbana
Autores:
Flávia
A. de Alcântara, Eng.ª Agr.ª, Drª, Embrapa Hortaliças, C. Postal 218, 70359-970,
Brasília-DF. E-mail: flavia@cnph.embrapa.br
Marina
Castelo Branco, Eng.ª Agr.ª,
PhD, Embrapa Hortaliças, C. Postal 218, 70359-970, Brasília-DF. E-mail:marina@cnph.embrapa.br
Paulo Eduardo de Melo, Eng. Agr., PhD, Embrapa Hortaliças, C. Postal 218, 70359-970, Brasília-DF. E-mail: paulo@cnph.embrapa.br
Rodrigo
Costa dos Santos, Estudante
de Biologia, Faculdade da Terra, Brasília-DF, bolsista do CNPq.
Consórcio de milho-verde e mucuna anã aos 90 dias após o
plantio do milho e 75 dias após o plantio da mucuna
Resumo
Na agricultura urbana as
áreas são geralmente pequenas e exploradas intensivamente, podendo gerar
exaustão do solo e abandono da atividade. A adubação verde na forma de
consórcio é uma prática promissora para hortas urbanas, pois apresenta baixo
custo e promove a melhoria da capacidade produtiva do solo. Este trabalho
objetivou introduzi-la em uma horta comunitária urbana no município de Santo
Antônio do Descoberto - GO e avaliar as condições do solo antes e depois de sua
utilização. Na horta, 18 famílias cultivavam cada uma um lote de 300m2. Destas,
sete adotaram o consórcio. A mucuna anã foi semeada 15 dias após o plantio do
milho, nas entrelinhas. O milho foi colhido aos 90 dias. Dez dias depois a fitomassa
da mucuna foi cortada e mantida sobre o solo com a palhada do milho por mais
dez dias, sendo incorporada uma semana depois. Fertilidade, densidade do solo e
resistência à penetração foram avaliadas em análises anteriores e posteriores (uma
semana) à incorporação. A semeadura da mucuna anã aos 15 dias após o plantio do
milho apresentou-se viável tecnicamente, tanto para a produção de fitomassa da
leguminosa, quanto para a produtividade da cultura principal. A adição ao solo
do material vegetal proveniente do consórcio reduziu a densidade do solo na camada de 0 a 5 cm, bem
como a resistência à penetração nos primeiros 20 cm. A adubação verde na forma
de consórcio promoveu aumento nos teores de Ca e Mg trocáveis, na soma de
bases, na CTC efetiva e nos teores de S disponível.
Termos para indexação: adubação verde, horta urbana, leguminosa.
Obs.:
para ver o trabalho na íntegra, acessar o seguinte endereço: http://www.cnph.embrapa.br/organica/pdf/boletim/consorcio_milho_mucuna.pdf
Efeito do consórcio cultural no manejo
cultural de insetos no tomateiro
Autores
Maria
Alice de Medeiros, Entomologista,
Dra. Embrapa Hortaliças, C.P. 218 – 70.351-970, Brasília/DF – Email: maria.alice@embrapa.br
Francisco
Vilela Resende,
Fitotecnista, Dr. Embrapa Hortaliças, C.P. 218 – 70.351-970, Brasília/DF – Email: fresend@cnph.embrapa.br
Pedro
Henrique Brum Tognil, Biologo,
M.Sc. Bolsista Embrapa Hortaliças, C.P. 218 – 70351-970, Brasília/DF – Email: pedrohbtogni@yahoo.com.br
Edison
Ryoiti Sujii,
Entomologista, Dr. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, C.P. 2372 –
70849-970, Brasília/DF – Email: sujii@cenargen.embrapa.br
Consórcio
tomate x coentro
Resumo
O
cultivo do tomateiro em todos os tipos de sistemas de produção é desafiador,
considerando que a planta é severamente atacada por insetos e doenças. As cultivares atuais de tomateiro são resultantes
de um intenso processo de melhoramento genético, que proporcionaram grande
aumento de produtividade, mas tornaram as cultivares altamente susceptíveis às
pragas. A cultura é dependente de um pacote tecnológico sujeito a intenso uso
de agrotóxicos, adubos químicos e outros produtos sintéticos. Os problemas mais
sérios são causados pela mosca-branca e pela traça-do-tomateiro. O controle dessas pragas por meio de aplicações
freqüentes de inseticidas químicos de largo espectro, pode prejudicar espécies
benéficas como polinizadores, predadores e parasitóides. O objetivo desta publicação é apresentar uma
estratégia experimental de manejo ecológico de insetos que foi realizada na
Embrapa Hortaliças, visando à redução dos danos causados pelas principais
pragas: a traça-do-tomateiro e a mosca-branca em sistemas orgânicos de
produção. A associação tomate/coentro foi introduzida após uma sucessão de
cultivos de cenoura e pimentão, intercaladas com coquetéis de adubos verdes
(crotalária+sorgo). O coentro foi escolhido para constituir um consórcio com o
tomateiro, porque apresenta crescimento rápido e ação de atração e repelência
tanto na fase vegetativa quanto reprodutiva. A floração é intensa e de fácil
acesso (flores abertas), ou seja, são muito procuradas pelos inimigos naturais
parasitóides e predadores) e o odor acentuado que exala também pode ter efeito
sobre a colonização desses insetos. Os resultados indicaram: 1. As parcelas com consórcio tomate-coentro em sistema
orgânico apresentaram redução significativa na densidade das formas jovens
(ninfas) de mosca-branca. Isso significa que esse tipo de consórcio pode
diminuir a densidade de futuros adultos no sistema e, consequentemente, reduzir
os danos causados ao tomateiro por este inseto; 2. A
abundância de inimigos naturais (predadores e parasitóides) da mosca-branca foi
próxima ao dobro no sistema de produção orgânico
em comparação ao sistema convencional, onde houve aplicação de inseticidas.; 3.
A densidade populacional de ovos, lagartas e adultos da traça-do-tomateiro foi
bem menor no consórcio tomate-coentro. O papel do coentro pode ter diversas
funções, como por exemplo, pode tornar o tomate menos visível e/ou o odor pode
ser repelente para a traça-do-tomateiro; 4. O consórcio tomate-coentro produziu
um incremento em inimigos naturais tanto em quantidade quanto em número de
espécies, especialmente aranhas, formigas e joaninhas, entre outros predadores.
Os resultados permitiram concluir que o consórcio tomate-coentro é uma boa
alternativa para viabilizar a produção de tomates no sistema orgânico. O
coentro é importante porque ajuda a diminuir a colonização da
traça-do-tomateiro, atrai inimigos naturais e apresenta características
fitotécnicas adequadas como, por exemplo, cresce rapidamente e apresenta flores
de fácil acesso para predadores e parasitóides.
Obs.: para ver o trabalho na íntegra, acessar o seguinte
endereço: http://www.cnph.embrapa.br/organica/pdf/boletim/efeito_consorcio.pdf
Viabilidade agronômica de consórcios entre cebola e alface no
sistema orgânico de produção
Autores:
Patrícia D de PaulaI; José Guilherme M
GuerraII; Raul de LD RibeiroI; Marcius Nei Z CesarIII;
Rejane E GuedesI; José Carlos PolidoroI
IUFRRJ, BR-465, km
07, 23890-000 Seropédica-RJ. IIEmbrapa Agrobiologia, C. Postal 74505, 23890-000 Seropédica-RJ.
IIIIDATERRAMS, Rodovia MS 080, km 10, 79114-000, Campo Grande-MS; patdiniz2000@yahoo.com.br
RESUMO
Foram
comparados três consórcios de cebola (cv. Alfa Tropical) e alface (cv. Regina
2000), variando o intervalo de tempo entre transplantios de cada espécie para o
campo. O experimento, no delineamento de blocos casualizados, constou dos
tratamentos monocultivos de cebola e de alface e três consórcios entre as
olerícolas, em seis repetições, mantendo-se o espaçamento da cebola e
transplantando- se a alface no mesmo dia, 15 dias e 30 dias depois da cebola. A
alface ocupou as entrelinhas alternadas da cebola, representando, em todos os
consórcios, metade da densidade populacional do respectivo monocultivo. Com
exceção do último tratamento (alface 30 dias após a cebola), os consórcios
mostraram-se vantajosos em termos de elevação de renda por unidade de área
cultivada. A introdução da alface não reduziu a produtividade da cebola, em
bulbos de padrão comercial e o crescimento da folhosa foi comparável ao do seu
monocultivo. Os índices de equivalência de área confirmaram a viabilidade do
cultivo consorciado, o qual, a par do adequado desempenho agronômico,
possibilita um melhor aproveitamento de insumos e serviços no manejo orgânico
adotado.
Palavras-chave: Allium cepa,
Lactuca sativa, agricultura orgânica.
Obs.: Para
maiores informações sobre consultoria, acessar o seguinte endereço:
Consórcio couve-coentro em
cultivo orgânico e sua influência nas populações de joaninhas
André Luis S ResendeI,*; Abraão José da S VianaII; Rafael J OliveiraII; Elen de L Aguiar-MenezesIII; Raul de LD RibeiroIV; Marta dos SF RicciIII; José Guilherme M GuerraIII
IUFRRJ,
Pós-graduação em Fitotecnia, Rod. BR 465, km 07, 23890-000 Seropédica-RJ
IIUFRRJ-Instituto de Agronomia
IIUFRRJ-Instituto de Agronomia
IIIEmbrapa
Agrobiologia, C. Postal 74505, 23890-000 Seropédica-RJ
IVUFRRJ-Instituto de Agronomia, Deptº Fitotecnia.
IVUFRRJ-Instituto de Agronomia, Deptº Fitotecnia.
RESUMO
O consórcio
de culturas é comumente praticado na produção de hortaliças devido a diversos
benefícios econômicos. Em alguns casos, podem reduzir infestações de pragas por
favorecer a conservação dos inimigos naturais nos agroecossistemas. Avaliou-se
a viabilidade agronômica do consórcio de couve e coentro, sob manejo orgânico,
com base em parâmetros fitotécnicos, além de sua influência sobre populações de
joaninhas (Coleoptera: Coccinellidae), na comparação com os respectivos
cultivos solteiros. O coentro, representando a cultura secundária, foi
utilizado com a finalidade de fornecer recursos para as joaninhas. O estudo foi
realizado em área do Sistema Integrado de Produção Agroecológica em
Seropédica-RJ. O experimento consistiu dos consórcios: 1) couve consorciada com
coentro, cujas quatro linhas de plantas foram colhidas na fase vegetativa
(consórcio I), e 2) couve consorciada com coentro, cujas plantas das duas
linhas internas (próximas à linha da couve) foram colhidas na fase vegetativa e
as duas linhas externas foram cortadas após floração (consórcio II). Em ambos
consórcios foram avaliados os parâmetros fitotécnicos da couve e do coentro na
fase vegetativa (padrão comercial), enquanto que no consórcio II, também se
avaliou as populações de joaninhas, por meio de coletas semanais de adultos, em
comparação com a couve em cultivo solteiro. O delineamento experimental foi em
blocos ao acaso com quatro repetições. O coentro não interferiu na
produtividade da couve consorciada e sua introdução contribuiu positivamente
para a abundância e diversidade de espécies de joaninhas. O índice de
equivalência de área para o consórcio I, com referência aos rendimentos de
biomassa aérea fresca, foi superior em 92% em relação ao cultivo solteiro. Este
resultado demonstra a viabilidade do consórcio I, no manejo orgânico adotado,
para plantios de outono nas condições edafoclimáticas da Baixada Fluminense.
Palavras-chave: Brassica oleracea var. acephala, Coriandrum sativum,
agricultura orgânica, eficiência agronômica, controle biológico.
Para mais informações sobre consorciação de
cultivos de hortaliças com outras espécies, acessar os seguintes endereços:
muito obrigada por compartilhar tanto conhecimento. estou fascinada.
ResponderExcluir"Favoritei" esta página. Muito grato!
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