quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Produtos alternativos utilizados  para o manejo de
doenças e pragas em hortaliças e frutas – Caldas bordalesa e sulfocálcica

     No cultivo de uma horta e um pomar orgânico o homem deve intervir o menos possível no meio ambiente para não provocar o desequilíbrio do sistema. Por isso, os produtos alternativos apresentados a seguir, mesmo que na grande maioria não cause riscos ao homem e ao ambiente, somente devem ser utilizados quando realmente necessários.

1 Caldas  bordalesa e sulfocálcica
     As caldas possuem baixo impacto ambiental sobre o homem e os animais. O cobre presente na calda bordalesa é pouco tóxico para a maioria dos pássaros, abelhas e mamíferos, porém é tóxico para peixes. A aplicação de caldas não tem o objetivo de erradicar os insetos e os microorganismos nocivos, mas fortalecer as plantas e ativar o seu mecanismo de resistência. Essas caldas podem serem preparadas na propriedade, reduzindo significativamente o custo de produção. As sugestões de dosagens para as diversas culturas constam na Tabela 10.
Calda Bordalesa
     È o resultado da mistura simples de sulfato de cobre e cal virgem, diluídos em água. É recomendada como fungicida para controle preventivo de doenças fúngicas  e bacterianas. Essa calda é uma das formulações mais antigas que se conhece, tendo sido descoberta quase por acaso, no final do século XIX na França por um agricultor que estava aplicando água com cal para evitar que cachos de uva fossem roubados. Logo, percebeu-se que as plantas tratadas estavam livres da antracnose. Estudando o caso, um pesquisador descobriu que o efeito estava associado ao fato do leite de cal ter sido preparado em tachos de cobre. A partir daí, desenvolveu pesquisas para chegar à formulação mais adequada da proporção entre a cal e o sulfato de cobre.
Vantagens
- Forma camada protetora contra doenças e pragas;                                             
- Alta resistência à lavagem pelas chuvas;                                                                    
- Aumenta a resistência da planta à insolação;                                                        
- Fornece nutrientes essenciais (cobre, enxofre e cálcio);                                       
- Promove a resistência da planta e dos frutos;                                                           
- Melhora  a conservação e a regularidade de maturação e aumenta o teor de açúcares;
- Baixo impacto ambiental sobre o homem e os animais domésticos;
- É um dos fungicidas mais baratos e eficientes.
Figura 1. Preparo da calda bordalesa

Preparo da calda bordalesa a 1%
     A formulação a seguir é para preparo de 100 litros. Para fazer outras medidas, é só manter as proporções entre os ingredientes listados a seguir:
Ingredientes:     Sulfato de cobre ................................1000 g
                           Cal virgem ou hidratada ..................  1500 g
                           Água ......................................... .......  100 l 
1º passo: dissolver o sulfato de cobre – colocar  o sulfato de cobre em um saco de pano e mantê-lo imerso em suspensão na parte superior de um balde de água (a dissolução demora até 24 horas). Quando necessário, pode-se dissolver as pedras de sulfato de cobre para uso imediato, aquecendo a água ou moendo as pedras.
2º passo: dissolver a cal virgem  – em outra vasilha (sem ser de plástico) fazer a queima da cal virgem de boa qualidade (cal velha com aspecto farinhento não deve ser utilizada) que pode ser no mesmo dia em que for usada. Colocar 1500g de cal em uma lata de metal de 20 litros e adicionar 9 litros de água aos poucos e mexer com pá de madeira, até formar uma pasta mole. Tomar cuidados com a temperatura da mistura que se eleva bastante. Após o resfriamento, adicionar um pouco de água, obtendo-se um leite de cal. A cal hidratada pode ser utilizada, desde que tenha boa qualidade; é mais prático e proporciona a mesma eficiência. Passar a calda por uma peneira fina, colocando-se mais água e agitando-se para passar pela peneira. Adicionar água até 50 litros ao leite de cal.
3º passo:  despejar a solução de sulfato de cobre em um tonel (sem ser de ferro ou aço) com capacidade para 200 litros. Adicionar água até 50 litros.
4º passo: despejar com um balde aos poucos, a solução de leite de cal sobre a solução de sulfato de cobre. As duas soluções devem estar sob a mesma temperatura. Com auxílio de uma pá de madeira, agitar constantemente durante a operação de mistura.
5º passo:  testar a acidez (pH) da calda -  mergulhar um prego novo durante um minuto na calda. Se houver escurecimento, significa que a calda está ácida (pH abaixo de 7,0) e precisa ainda de neutralização com mais leite de cal. Não escurecendo, a calda estará pronta (alcalina). Outra maneira de se verificar a acidez, é pingar duas a três gotas sobre uma lâmina de faca bem limpa (sem ser de aço inoxidável); após um minuto, sacudir a faca e, se ficarem manchas avermelhadas onde estavam as gotas da calda, a mesma está ácida. Quando a cal virgem é de má qualidade, a calda permanecerá ácida, sendo preciso, então, acrescentar mais leite de cal para neutralizar a acidez.
Obs.: de modo geral, a cal é um bom aderente. Entretanto, certas culturas podem necessitar de um espalhante-adesivo. Para melhorar a aderência da calda bordalesa, acrescentar 1,5 litros de leite desnatado ou 1 a 2 kg de farinha de trigo no preparo de 100 l de calda (dissolver a farinha de trigo em água e depois peneirar) após o seu preparo.
Calda Sulfocálcica
      È o resultado da mistura de enxofre e cal, diluídos em água. É indicada como acaricida e inseticida (tripes, cochonilhas, etc.), além de ter efeito fungicida, atuando de forma curativa (ferrugens, oídio, etc.). É muito utilizada para tratamento de inverno de fruteiras de clima temperado e subtropical.
Vantagens
- Os ácaros não criam resistência à calda sulfocálcica;
- Fornece nutrientes essenciais (cálcio e enxofre);
- Aumenta a resistência das plantas e melhora o sabor dos frutos;                                         
- É um dos fungicidas/inseticidas mais baratos e eficientes.
     Embora também possa ser preparada na propriedade, a calda sulfocálcica pode ser adquirida nas lojas agropecuárias a um baixo custo.

Aplicação das caldas e cuidados
     A aplicação, o preparo correto e o uso de pulverizadores com bicos-cones, de preferência de cerâmica (os de metal estragam rapidamente)  em bom estado e com jatos que formem uma névoa, cobrindo uniformemente folhas, frutos e ramos, são importantes para o êxito do tratamento, assim como a concentração e a qualidade dos ingredientes. A concentração das caldas depende das condições climáticas locais, da espécie, da fase da cultura e da forma de condução. Para evitar riscos de fitotoxicidade e queima de folhas e frutos, deve-se fazer um teste em poucas plantas, podendo-se aplicar em toda a área depois de observado o seu efeito.
     Os principais cuidados a serem observados no momento da aplicação são:
- deve-se sempre utilizar o equipamento de proteção individual (EPI) no preparo e na aplicação;
-  a aplicação deve ser com tempo bom, seco e fresco pela manhã ou à tardinha.  Quando aplicada com tempo úmido os riscos de fitoxicidade são maiores;
- somente as partes atingidas pelas caldas estarão protegidas de doenças e pragas; 
- as caldas devem ser mantidas sob forte agitação durante toda a aplicação;      
- para a maioria das plantas, não deve ser aplicada a calda bordalesa no período do florescimento, nem estando as plantas murchas ou molhadas e em época de forte estiagem;
-  a aplicação deve ser no mesmo dia de preparo da calda. No entanto, o leite de cal e o sulfato de cobre, quando em recipientes separados, podem ser guardados por dois a três dias;                               
- a calda sulfocálcica deve ser aplicada, durante a floração, somente para aquelas culturas que tolerem o enxofre;
- a calda bordalesa pode ser misturada com os biofertilizantes;
-  com temperaturas acima de 30ºC e abaixo de 10ºC, suspender a aplicação da calda;
- após aplicação das caldas, os equipamentos e os metais devem ser lavados para evitar corrosão, com vinagre (20%) e duas colheres de chá de óleo mineral. Verificar o desgaste dos bicos do pulverizador, fazendo a troca necessária. As caldas corroem o orifício dos bicos, alterando a vazão e o tamanho de gotas e, em conseqüência, a dose aplicada e a cobertura de plantas;
-no caso de empregar a calda sulfocálcica após aplicação da calda bordalesa, deixar um intervalo mínimo de 30 dias. Quando for o contrário, isto é, aplicar a calda bordalesa após a aplicação da calda sulfocálcica, observar intervalo de 15 dias;
-o intervalo de aplicações da calda bordalesa varia de sete a 15 dias ou até mais, dependendo das condições climáticas,  da ocorrência de doenças e do desenvolvimento da planta;
 -recomenda-se obedecer, no mínimo, o intervalo de uma semana entre a aplicação das caldas e a colheita.
  Tabela 1. Sugestões de aplicação das caldas bordalesa e sulfocálcica em hortaliças e frutas1.
1 Para emprego das caldas recomenda-se que sejam feitas observações preliminares em poucas plantas, considerando o local, o clima, a cultivar e outros. 
2 Em cultivos protegidos (abrigos) de hortaliças, reduzir em 50% a concentração das caldas e aplicar nos períodos frescos. 
3 As aplicações devem ser à tardinha para não prejudicar a polinização feita pelas abelhas.
































                                                                                                                                                                                                            
   Tabela 1 (continuação). Sugestões de aplicação das caldas bordalesa e sulfocálcica em    hortaliças e frutas.
5 Algumas cultivares são sensíveis, por isso recomenda-se testar as dosagens. Obs.:Não se recomenda aplicar as caldas com os botões florais abertos. A inclusão de óleo (mineral ou vegetal) na calda bordalesa melhora o efeito sobre as pragas e as doenças. Fazer a aplicação das caldas com tempo bom e seco (ver a previsão do tempo). Obedecer o intervalo de aplicação, no mínimo de 15 dias entre a sulfocálcica e a bordalesa. Obedecer, no mínimo, o intervalo de 7 dias entre a aplicação e a colheita. Fonte: Penteado (2007) e Souza (2003).





















































                                                                                                            























                                                                                     

                                                                        

                                                                                                                

                                                 
Ferreira On 1/06/2011 04:26:00 AM 2 comments

2 comentários:

  1. Boa tarde.
    Ao diluir o sulfato de cobre inicialmente, é possível guardá-lo no estado líquido durante mais algum tempo sem ser os tais 3 dias máximos? A ideia era diluir uma quantidade maior de sulfato de cobre e depois utilizá-la aos poucos, sempre que fosse necessário.
    Obrigado

    ResponderExcluir
  2. Caro Nuno,

    Consultei a literatura e verifiquei que realmente a diluição do sulfato de cobre pode ser utilizada, no máximo em até 3 dias.

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Produtos alternativos utilizados para o manejo de doenças e pragas em hortaliças e frutas – Caldas bordalesa e sulfocálcica

Produtos alternativos utilizados  para o manejo de
doenças e pragas em hortaliças e frutas – Caldas bordalesa e sulfocálcica

     No cultivo de uma horta e um pomar orgânico o homem deve intervir o menos possível no meio ambiente para não provocar o desequilíbrio do sistema. Por isso, os produtos alternativos apresentados a seguir, mesmo que na grande maioria não cause riscos ao homem e ao ambiente, somente devem ser utilizados quando realmente necessários.

1 Caldas  bordalesa e sulfocálcica
     As caldas possuem baixo impacto ambiental sobre o homem e os animais. O cobre presente na calda bordalesa é pouco tóxico para a maioria dos pássaros, abelhas e mamíferos, porém é tóxico para peixes. A aplicação de caldas não tem o objetivo de erradicar os insetos e os microorganismos nocivos, mas fortalecer as plantas e ativar o seu mecanismo de resistência. Essas caldas podem serem preparadas na propriedade, reduzindo significativamente o custo de produção. As sugestões de dosagens para as diversas culturas constam na Tabela 10.
Calda Bordalesa
     È o resultado da mistura simples de sulfato de cobre e cal virgem, diluídos em água. É recomendada como fungicida para controle preventivo de doenças fúngicas  e bacterianas. Essa calda é uma das formulações mais antigas que se conhece, tendo sido descoberta quase por acaso, no final do século XIX na França por um agricultor que estava aplicando água com cal para evitar que cachos de uva fossem roubados. Logo, percebeu-se que as plantas tratadas estavam livres da antracnose. Estudando o caso, um pesquisador descobriu que o efeito estava associado ao fato do leite de cal ter sido preparado em tachos de cobre. A partir daí, desenvolveu pesquisas para chegar à formulação mais adequada da proporção entre a cal e o sulfato de cobre.
Vantagens
- Forma camada protetora contra doenças e pragas;                                             
- Alta resistência à lavagem pelas chuvas;                                                                    
- Aumenta a resistência da planta à insolação;                                                        
- Fornece nutrientes essenciais (cobre, enxofre e cálcio);                                       
- Promove a resistência da planta e dos frutos;                                                           
- Melhora  a conservação e a regularidade de maturação e aumenta o teor de açúcares;
- Baixo impacto ambiental sobre o homem e os animais domésticos;
- É um dos fungicidas mais baratos e eficientes.
Figura 1. Preparo da calda bordalesa

Preparo da calda bordalesa a 1%
     A formulação a seguir é para preparo de 100 litros. Para fazer outras medidas, é só manter as proporções entre os ingredientes listados a seguir:
Ingredientes:     Sulfato de cobre ................................1000 g
                           Cal virgem ou hidratada ..................  1500 g
                           Água ......................................... .......  100 l 
1º passo: dissolver o sulfato de cobre – colocar  o sulfato de cobre em um saco de pano e mantê-lo imerso em suspensão na parte superior de um balde de água (a dissolução demora até 24 horas). Quando necessário, pode-se dissolver as pedras de sulfato de cobre para uso imediato, aquecendo a água ou moendo as pedras.
2º passo: dissolver a cal virgem  – em outra vasilha (sem ser de plástico) fazer a queima da cal virgem de boa qualidade (cal velha com aspecto farinhento não deve ser utilizada) que pode ser no mesmo dia em que for usada. Colocar 1500g de cal em uma lata de metal de 20 litros e adicionar 9 litros de água aos poucos e mexer com pá de madeira, até formar uma pasta mole. Tomar cuidados com a temperatura da mistura que se eleva bastante. Após o resfriamento, adicionar um pouco de água, obtendo-se um leite de cal. A cal hidratada pode ser utilizada, desde que tenha boa qualidade; é mais prático e proporciona a mesma eficiência. Passar a calda por uma peneira fina, colocando-se mais água e agitando-se para passar pela peneira. Adicionar água até 50 litros ao leite de cal.
3º passo:  despejar a solução de sulfato de cobre em um tonel (sem ser de ferro ou aço) com capacidade para 200 litros. Adicionar água até 50 litros.
4º passo: despejar com um balde aos poucos, a solução de leite de cal sobre a solução de sulfato de cobre. As duas soluções devem estar sob a mesma temperatura. Com auxílio de uma pá de madeira, agitar constantemente durante a operação de mistura.
5º passo:  testar a acidez (pH) da calda -  mergulhar um prego novo durante um minuto na calda. Se houver escurecimento, significa que a calda está ácida (pH abaixo de 7,0) e precisa ainda de neutralização com mais leite de cal. Não escurecendo, a calda estará pronta (alcalina). Outra maneira de se verificar a acidez, é pingar duas a três gotas sobre uma lâmina de faca bem limpa (sem ser de aço inoxidável); após um minuto, sacudir a faca e, se ficarem manchas avermelhadas onde estavam as gotas da calda, a mesma está ácida. Quando a cal virgem é de má qualidade, a calda permanecerá ácida, sendo preciso, então, acrescentar mais leite de cal para neutralizar a acidez.
Obs.: de modo geral, a cal é um bom aderente. Entretanto, certas culturas podem necessitar de um espalhante-adesivo. Para melhorar a aderência da calda bordalesa, acrescentar 1,5 litros de leite desnatado ou 1 a 2 kg de farinha de trigo no preparo de 100 l de calda (dissolver a farinha de trigo em água e depois peneirar) após o seu preparo.
Calda Sulfocálcica
      È o resultado da mistura de enxofre e cal, diluídos em água. É indicada como acaricida e inseticida (tripes, cochonilhas, etc.), além de ter efeito fungicida, atuando de forma curativa (ferrugens, oídio, etc.). É muito utilizada para tratamento de inverno de fruteiras de clima temperado e subtropical.
Vantagens
- Os ácaros não criam resistência à calda sulfocálcica;
- Fornece nutrientes essenciais (cálcio e enxofre);
- Aumenta a resistência das plantas e melhora o sabor dos frutos;                                         
- É um dos fungicidas/inseticidas mais baratos e eficientes.
     Embora também possa ser preparada na propriedade, a calda sulfocálcica pode ser adquirida nas lojas agropecuárias a um baixo custo.

Aplicação das caldas e cuidados
     A aplicação, o preparo correto e o uso de pulverizadores com bicos-cones, de preferência de cerâmica (os de metal estragam rapidamente)  em bom estado e com jatos que formem uma névoa, cobrindo uniformemente folhas, frutos e ramos, são importantes para o êxito do tratamento, assim como a concentração e a qualidade dos ingredientes. A concentração das caldas depende das condições climáticas locais, da espécie, da fase da cultura e da forma de condução. Para evitar riscos de fitotoxicidade e queima de folhas e frutos, deve-se fazer um teste em poucas plantas, podendo-se aplicar em toda a área depois de observado o seu efeito.
     Os principais cuidados a serem observados no momento da aplicação são:
- deve-se sempre utilizar o equipamento de proteção individual (EPI) no preparo e na aplicação;
-  a aplicação deve ser com tempo bom, seco e fresco pela manhã ou à tardinha.  Quando aplicada com tempo úmido os riscos de fitoxicidade são maiores;
- somente as partes atingidas pelas caldas estarão protegidas de doenças e pragas; 
- as caldas devem ser mantidas sob forte agitação durante toda a aplicação;      
- para a maioria das plantas, não deve ser aplicada a calda bordalesa no período do florescimento, nem estando as plantas murchas ou molhadas e em época de forte estiagem;
-  a aplicação deve ser no mesmo dia de preparo da calda. No entanto, o leite de cal e o sulfato de cobre, quando em recipientes separados, podem ser guardados por dois a três dias;                               
- a calda sulfocálcica deve ser aplicada, durante a floração, somente para aquelas culturas que tolerem o enxofre;
- a calda bordalesa pode ser misturada com os biofertilizantes;
-  com temperaturas acima de 30ºC e abaixo de 10ºC, suspender a aplicação da calda;
- após aplicação das caldas, os equipamentos e os metais devem ser lavados para evitar corrosão, com vinagre (20%) e duas colheres de chá de óleo mineral. Verificar o desgaste dos bicos do pulverizador, fazendo a troca necessária. As caldas corroem o orifício dos bicos, alterando a vazão e o tamanho de gotas e, em conseqüência, a dose aplicada e a cobertura de plantas;
-no caso de empregar a calda sulfocálcica após aplicação da calda bordalesa, deixar um intervalo mínimo de 30 dias. Quando for o contrário, isto é, aplicar a calda bordalesa após a aplicação da calda sulfocálcica, observar intervalo de 15 dias;
-o intervalo de aplicações da calda bordalesa varia de sete a 15 dias ou até mais, dependendo das condições climáticas,  da ocorrência de doenças e do desenvolvimento da planta;
 -recomenda-se obedecer, no mínimo, o intervalo de uma semana entre a aplicação das caldas e a colheita.
  Tabela 1. Sugestões de aplicação das caldas bordalesa e sulfocálcica em hortaliças e frutas1.
1 Para emprego das caldas recomenda-se que sejam feitas observações preliminares em poucas plantas, considerando o local, o clima, a cultivar e outros. 
2 Em cultivos protegidos (abrigos) de hortaliças, reduzir em 50% a concentração das caldas e aplicar nos períodos frescos. 
3 As aplicações devem ser à tardinha para não prejudicar a polinização feita pelas abelhas.
































                                                                                                                                                                                                            
   Tabela 1 (continuação). Sugestões de aplicação das caldas bordalesa e sulfocálcica em    hortaliças e frutas.
5 Algumas cultivares são sensíveis, por isso recomenda-se testar as dosagens. Obs.:Não se recomenda aplicar as caldas com os botões florais abertos. A inclusão de óleo (mineral ou vegetal) na calda bordalesa melhora o efeito sobre as pragas e as doenças. Fazer a aplicação das caldas com tempo bom e seco (ver a previsão do tempo). Obedecer o intervalo de aplicação, no mínimo de 15 dias entre a sulfocálcica e a bordalesa. Obedecer, no mínimo, o intervalo de 7 dias entre a aplicação e a colheita. Fonte: Penteado (2007) e Souza (2003).





















































                                                                                                            























                                                                                     

                                                                        

                                                                                                                

                                                 

2 comentários:

  1. Boa tarde.
    Ao diluir o sulfato de cobre inicialmente, é possível guardá-lo no estado líquido durante mais algum tempo sem ser os tais 3 dias máximos? A ideia era diluir uma quantidade maior de sulfato de cobre e depois utilizá-la aos poucos, sempre que fosse necessário.
    Obrigado

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  2. Caro Nuno,

    Consultei a literatura e verifiquei que realmente a diluição do sulfato de cobre pode ser utilizada, no máximo em até 3 dias.

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