Trabalho publicado na
Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável (RBAS), v.3, n.1, p.11-24, Julho
2013
Autores:
Jacimar Luis de Souza,
Pesquisador do INCAPER - Centro Serrano, BR 262, Km 94, CEP: 29375-000,
Venda Nova do Imigrante - ES. Bolsista de produtividade do CNPq. E-mail: jacimarsouza@incaper.es.gov.br
Rogério Dela Costa Garcia, Professor
interventor da FUNPAC - Av. Lorenzo Zondonadi, S/N, Bairro Vila Betânea, CEP:
29375-000, Venda Nova do Imigrante - ES. E-mail: rogeriodellacosta@hotmail.com
RESUMO – O objetivo deste trabalho foi realizar uma
avaliação comparativa dos indicadores físicos e financeiros dos dois sistemas
de cultivo de dez espécies de hortaliças, analisando-se a participação relativa
dos diversos componentes nos respectivos custos de produção. Utilizou-se uma
base de dados de 20 anos, de 1990 a 2009, da Unidade de Referência em
Agroecologia do INCAPER, localizada no município de Domingos Martins-ES.
O sistema
orgânico de produção confirmou grande viabilidade econômica, com média de custo
de produção por hectare 8% menor que a média das hortaliças convencionais. O
gasto com mão-de-obra foi ligeiramente menor no sistema orgânico e confirmou
ser o componente de maior participação nos custos de ambos sistemas de
produção. Os sistemas orgânicos de abóbora, morango, repolho e tomate
apresentaram custo de produção menor que os sistemas convencionais. Os sistemas
convencionais de produção de alho, batata e quiabo apresentaram custo de
produção menor que os sistemas orgânicos. As culturas de cenoura, pimentão e
taro apresentam custos de produção semelhantes nos sistemas orgânicos e
convencionais. Todas as culturas olerícolas no cultivo orgânico revelaram
receitas líquidas superiores ao cultivo convencional, com razões variando de
1,1 para o morango até 28,4 para o repolho.
Palavras-chave: agricultura orgânica, agroecologia,
eficiência econômica.
COSTS AND PROFITABILITIES
IN THE ORGANIC AND CONVENTIONAL
PRODUCTION VEGETABLES IN
ESPÍRITO SANTO STATE
ABSTRACT – The aim of this study was to perform a
comparative evaluation of the physical and financial indicators of the two
cropping systems of ten species of vegetables by analyzing the relative share
of thevarious components of their costs of production. We used a database of 20
years, from 1990 to 2009, ofthe Reference Area in Agroecology in the INCAPER,
located in the Domingos Martins City, Espírito Santo
State. The organic system confirmed large economic
viability, with average production cost per hectare 8% lower than the average
conventional vegetables. Spending on hand labor was slightly lower in the organic
system and proved to be the component of greater participation in the costs of
both production systems. The organic squash, strawberries, cabbage and tomato
showed lower costs than conventional systems.
Conventional systems produce garlic, potatoes and
okra showed lower costs than organic systems. Cropsof carrots, peppers and yam
have similar costs in organic and conventional systems. All vegetable crops in
organic farming showed higher net revenues to the conventional, with ratios
ranging from 1.1 for strawberry until 28.4 for cabbage.
Keywords:
agroecology, economic efficiency, organic agriculture.
1.
INTRODUÇÃO
A análise dos custos de produção permite a
avaliação das condições econômicas do processo de produção, inferindo sobre
vários aspectos como rentabilidade dos recursos empregados, condições de
recuperação destes recursos e perspectivas de decisões futuras sobre o
empreendimento como expansão, retração e extinção. A composição dos custos, ao
ser analisada e comparada com padrões ou casos semelhantes, oferece subsídios à
tomada de decisões sobre como melhorar as atividades produtivas para obter
resultados mais satisfatórios (Reis & Guimarães, 1986).
Para efeito de estimativa de custo de
produção, considera-se o processo de produção dentro de certo prazo, suficiente para que se obtenham os resultados
em forma do produto final. É preciso estabelecer um ciclo que parta da entrada
de recursos e finaliza-se com saída de produtos. A soma de todos esses recursos
(insumos) e operações (serviços) utilizados no processo produtivo é contemplada
para a análise do custo de produção (Ferguson, 1976; Lefwich, 1973; Reis, 1990;
Matsunaga & Bemelmans, 1976).
A receita da produção depende basicamente
da produtividade do cultivo e do preço de mercado, sendo constituída pelo valor
das vendas do produto final, dos produtos secundários e dos estocados e, em
alguns casos, do auto-consumo da exploração agropecuária.
A receita média da produção dada como a
relação entre a receita da produção e a quantidade produzida (valor / quantidade), quando comparada aos custos
médios, constitui-se na análise econômica ou de rentabilidade da atividade, por
unidade do produto (Garcia, 2005).
Luz et al. (2007), compararam
aspectos agronômicos e econômicos da produção orgânica e convencional do
tomateiro, utilizando-se dados coletados de um sistema orgânico em
Araraquara-SP e de um sistema convencional em Uberlândia-MG. Concluíram que o
sistema orgânico apresentou-se agronomicamente viável, com produtividades
ligeiramente inferiores, mas com um custo de produção 17,1% mais baixo que o
convencional, de forma que a lucratividade foi até 113,6% maior. Gonçalves et al. (2007), avaliando a
cultura da batata orgânica em dois sub-sistemas de produção, em Pelotas-RS
(Sistema 1: Manejo orgânico baseado no padrão do agricultor da rede de
referência em agroecologia e Sistema 2: Manejo orgânico baseado em tecnologias recomendadas pelo órgão de
pesquisa), demonstrou que a mão-de-obra representou 24,1% e 18,6% do total de
custos, respectivamente. De forma similar, Miguel et al. (2010), verificam um
custo relativo de 30,6% com a mão-de-obra no cultivo orgânico da alface em
Bebedouro-SP. Estes índices de participação são
semelhantes aos relatados nos sistemas convencionais de hortaliças, indicando,
portanto, que este componente pode não ser limitante na produção orgânica de
algumas culturas.
Em um estudo de caso comparativo entre o
custo de produção de morango orgânico e convencional no estado de São Paulo,
Donadelli et al. (2012) verificaram comportamento econômico semelhante entre os
dois sistemas. O custo total do morango convencional foi 16% superior ao
orgânico, com índices de lucratividade de 60,7% e 49,5%, respectivamente. A
mão-de-obra se confirmou-se como o componente de maior participação nos custos
em ambos sistemas, representando 49,6% no cultivo orgânico e 29,3% no
convencional.
Pelinski & Guerreiro (2004), numa
análise mercadológica, evidenciaram maior viabilidade econômica para os
produtos orgânicos, porém o preço pago no mercado pode alterar este
comportamento. Verificaram que a soja e o fumo orgânicos continuaram a ter
maior viabilidade econômica que no sistema convencional, ainda que fossem
vendidos ao mesmo preço no mercado. Porém, a batata orgânica demonstra maior
viabilidade econômica apenas se houver sobrevalorização de seus preços de
venda.
Os sistemas de cultivo convencional em uso
no Espírito Santo e no Brasil caracterizam-se pela elevada importação de
insumos sintéticos que provocam aumento expressivo nos custos de produção, além
da dependência do agricultor dos diversos fatores do mercado. Como exemplo,
estudo realizado no estado de São Paulo, por Faria & Oliveira (2005),
revelaram que tanto os adubos/insumos quanto os pesticidas tiveram uma
participação relativa maior que a mão-de-obra na safra das águas, representando
24% e 23%, contra 19%, respectivamente.
De modo geral, existe o preconceito de que
sistemas orgânicos são onerosos e de alta demanda de mão-de-obra. Diante disso,
objetivou-se com este trabalho realizar uma avaliação comparativa pormenorizada
dos indicadores físicos e financeiros dos sistemas orgânico e convencional de cultivo
de hortaliças, analisando se a participação relativa dos diversos componentes nos
respectivos custos de produção.
2. MATERIAL
E MÉTODOS
Este trabalho foi executado no período de
1990 a 2009, na área experimental de agricultura orgânica do INCAPER, hoje,
denominada Unidade de Referência em Agroecologia, localizada no município de
Domingos Martins-ES, a uma altitude de 950 m, ocupando uma área de 2,5 ha,
dividida em 15 talhões de solo para possibilitar a prática da rotação cultural.
O manejo orgânico dos solos tem sido
realizado por intermédio da reciclagem de biomassa e restos culturais,
compostagem orgânica, práticas como cobertura morta, adubação verde, rotação de
culturas, aplicações de biofertilizantes via solo e foliar, entre outras. Neste
período de 20 anos foram definidos todos os coeficientes técnicos no manejo
orgânico de produção de hortaliças, utilizados neste estudo comparativo ao
sistema convencional.
Para o sistema convencional, caracterizado
neste trabalho como o sistema regional predominante entre os agricultores,
adotaram-se os coeficientes técnicos médios dos sistemas de produção de cada
cultura, conforme indicações de órgãos ligados à Secretaria de Agricultura do
Espírito Santo.
O custo de produção foi calculado por meio
de planilhas de coeficientes técnicos e exigência física de fatores de produção
obedecendo à seguinte estrutura:
a)
operações agrícolas: para cada operação levantou-se o número de horas de trabalho gastos por categoria de mão-de-obra,
trator, e/ou equipamentos envolvidos na operação.
b)
materiais de consumo: materiais utilizados no processo de produção, próprios ou
adquiridos pelo produtor (sementes, agroquímicos, adubos e outros).
Os indicadores físicos e financeiros
contemplaram toda a cadeia produtiva, envolvendo os custos relativos ao campo
de produção, além dos custos com transporte, embalagem e frete para a entrega
do produto no mercado.
Os preços utilizados neste estudo foram
baseados em reais (R$), relativos aos preços médios do mês de outubro de 2010,
realizando-se as avaliações econômicas por meio de planilhas informatizadas
próprias, com auxílio do programa Excel 2007.
Para os componentes não disponíveis
comercialmente como composto orgânico e biofertilizante enriquecido preparados
localmente, foram realizados cálculos específicos de custos de acordo com o
processo adotado, que conferiu um custo unitário de R$ 58,69 por tonelada de
composto e de R$ 0,06 por litro de biofertilizante.
Para a composição dos custos dos sistemas orgânicos,
consideraram-se as produtividades médias acumuladas em vinte anos de manejo
orgânico na unidade de Referência em Agroecologia do INCAPER, considerando os
padrões de embalagens mais usuais em bandejas de isopor. Para avaliação
comparativa, a totalização de custos nos sistemas convencionais considerou os
rendimentos médios destes cultivos na
região produtora, que empregam a tecnologia recomendada, contabilizando-se
padrões de embalagens em caixas tipo ‘K’ e sacos telados, conforme detalhado na
a prática mais usual dos agricultores da região, na utilização do formulado
18-00-36 e do superfosfato simples, variando-se apenas a quantidade dependendo das
exigências e cada cultura.
Para as sementes disponíveis no mercado, utilizou-se
o preço corrente em lojas da região. Para as espécies de propagação vegetativa,
em que a ‘semente’ é a reserva de parte da produção comercializável, como alho,
batata e taro, aplicou-se a metodologia de custo de oportunidade, sendo os
propágulos valorados com o preço de mercado do produto orgânico.
O Kit túnel baixo para cobertura de 500 m2
de canteiros de morango, composto por lona
leitosa, arco PVC e fitilho, teve um custo total de R$ 1.695,00 cada. Portanto,
para uma vida útil de três anos, o custo anual considerado foi de R$ 565,00.
Para a contabilização do frete,
utilizou-se do preço médio praticado no mercado para transporte de embalagens
padrões, como sacos de 30 a 50 kg (R$ 1,50); caixas de madeira tipo ‘K’ (R$
1,50); sacos de 20 kg (R$ 1,00) e sacos de 10 kg (R$ 0,50). Por equivalência volumétrica,
valorou-se o frete das embalagens de morango a R$ 0,38 por caixa de 1,2 kg de
morango (convencional e orgânico) e a R$ 0,10 as demais embalagens orgânicas,
como bandejas de isopor e produtos individuais em filme plástico para a abóbora
e o repolho.
Os coeficientes técnicos detalhados para
cada cultura, utilizados para a globalização dos custos e estimativas de
receitas dos dois sistemas de produção, estão apresentados individualmente para
cada uma das dez espécies analisadas.
3.
RESULTADOS (Continuação)
Quiabo (Abelmoschus
esculentus L.):
Os custos
totais foram semelhantes entre os cultivos orgânicos e convencionais,
identificando-se apenas diferenças nas participações percentuais dos componentes
nos custos totais de cada sistema (Tabela 8). As embalagens e o frete tiveram
participação mais expressiva no sistema orgânico. A mão-de-obra e os adubos/corretivos
elevaram os custos do sistema convencional. Os maiores gastos de mão-de-obra no
convencional foram devidos ao adicional de 30 D/H para pulverizações e 15 D/H a
mais nas operações de colheitas.
Tabela 8 - Indicadores financeiros e consumo de
mão-de-obra na cultura do quiabo (1 ha) em dois sistemas de produção. INCAPER,
Domingos Martins-ES, 2010.1
Despesas
|
Orgânico
|
Convencional
|
||
Valor (R$)
|
%
|
Valor (R$)
|
%
|
|
Sementes/mudas
|
224,00
|
1,12
|
224,00
|
1,24
|
Adubo orgânico (composto)
|
1.760,70
|
8,78
|
-
|
-
|
Adubos e corretivos
|
-
|
-
|
2.928,00
|
16,26
|
Caldas e produtos biológicos
|
110,00
|
0,55
|
-
|
-
|
Pesticidas
|
-
|
-
|
611,60
|
3,40
|
Outros Insumos e materiais
|
-
|
-
|
-
|
-
|
Serviços Mecânicos
|
360,00
|
1,79
|
360,00
|
2,00
|
Mão de Obra (D/H)
|
(274) 8.220,00
|
40,98
|
(320) 9.600,00
|
53,31
|
Embalagens
|
4.958,24
|
24,72
|
4.958,24
|
14,87
|
Frete
|
4.427,30
|
22,07
|
1.606,50
|
8,92
|
Total
|
20.060,24
|
100,00
|
1.606,50
|
8,92
|
1 Valores em R$ (atualizado em outubro de 2010).
Com uma receita bruta de R$ 19.923,00 em
função, principalmente, do sobrepreço pago pelo mercado orgânico, em
contrapartida a um custo de R$20.060,24, mesmo tendo pequeno saldo negativo,
este sistema mostrou-se mais competitivo e rentável que o sistema convencional,
cuja receita bruta foi de R$ 13.950,00 e o custo de R$18.007,60, com saldo
negativo bem maior (Tabelas 14 e 15).
Repolho (Brassica
oleracea var. capitata):
O
custo de produção da cultura do repolho no sistema orgânico apresentou-se 21%
menor que no sistema convencional, totalizando R$11.099,67 contra R$14.096,00
por ha, respectivamente. Os gastos com adubos/corretivos e pesticidas foram as
causas dos maiores custos no cultivo convencional (Tabela 9).
A ausência de problemas fitossanitários no
sistema de cultivo orgânico dispensa pulverizações com caldas, limitando-se
apenas ao uso do composto como insumo necessário à produção (R$1.760,70) ao
passo que, no sistema convencional, o total de gastos com insumos atinge
R$4.246,00 (esterco, adubos químicos e pesticidas).
As participações percentuais dos
componentes nos custos totais revelaram a mão-de-obra e o frete como os maiores
gastos no sistema orgânico e a mão- de-obra e os adubos/corretivos com maiores
gastos no sistema convencional.
Tabela 9 - Indicadores financeiros e consumo de mão-de-obra na cultura
do repolho (1 ha) em dois sistemas de produção. INCAPER, Domingos Martins-ES,
2010.1
Despesas
|
Orgânico
|
Convencional
|
||
Valor (R$)
|
%
|
Valor (R$)
|
%
|
|
Sementes/mudas
|
246,00
|
2,22
|
246,00
|
1,75
|
Adubo orgânico (composto)
|
1.760,70
|
15,86
|
-
|
-
|
Adubos e corretivos
|
-
|
-
|
3.342,40
|
23,71
|
Caldas e produtos biológicos
|
-
|
-
|
-
|
-
|
Pesticidas
|
-
|
-
|
903,60
|
6,41
|
Outros Insumos e materiais
|
-
|
-
|
-
|
-
|
Serviços Mecânicos
|
360,00
|
3,24
|
360,00
|
2,55
|
Mão de Obra (D/H)
|
(171) 5.040,00
|
45,41
|
(164) 4.920,00
|
34,90
|
Embalagens
|
865,37
|
7,80
|
1.504,00
|
10,67
|
Frete
|
2.827,60
|
25,47
|
2.820,00
|
20,01
|
Total
|
11.099,67
|
100,00
|
14.096,00
|
100,00
|
1 Valores em R$ (atualizado em outubro de 2010).
Considerando as produtividades do repolho
(56.553 kg/ha e 47.102 kg/ha para o sistema orgânico e convencional, respectivamente, a receita bruta
do sistema orgânico foi de R$25.448,85, 74% maior que o cultivo convencional, que
totalizou uma receita bruta de R$14.601,62. Este fato está relacionado à baixa
remuneração do produto no mercado convencional, ao sobre preço pago pelo
mercado orgânico e às diferenças no rendimento comercial (Tabela 14).
Taro (Colocasia
esculenta L. Schot):
Os indicadores físicos e financeiros da
cultura do taro estão contidos na Tabela 10. Observa-se custos totais muito
similares estre os dois sistemas, inclusive com demanda de mão-de-obra muito
semelhante, totalizando 157 D/H no sistema orgânico e 149 D/H no sistema
convencional.
Os componentes com maior participação
relativa nos custos totais dos dois sistemas foram a mão-de-obra e as
embalagens, que representaram 36% e 22% no cultivo orgânico e 33% e 22% no
convencional, respectivamente.
Tabela 10 - Indicadores financeiros e consumo de
mão-de-obra na cultura do taro (1 ha) em dois sistemas de produção.
INCAPER,Domingos Martins-ES, 2010.1
Despesas
|
Orgânico
|
Convencional
|
||
Valor (R$)
|
%
|
Valor (R$)
|
%
|
|
Sementes/mudas
|
1.940,00
|
14,13
|
1.460,00
|
11,17
|
Adubo orgânico (composto)
|
1.173,80
|
8,55
|
-
|
-
|
Adubos e corretivos
|
-
|
-
|
2.384,40
|
18,24
|
Caldas e produtos biológicos
|
-
|
-
|
-
|
-
|
Pesticidas
|
-
|
-
|
63,60
|
0,49
|
Outros Insumos e materiais
|
-
|
-
|
-
|
-
|
Serviços Mecânicos
|
360,00
|
2,62
|
360,00
|
2,75
|
Mão de Obra (D/H)
|
(157) 4.920,00
|
35,83
|
(149) 4.260,00
|
32,59
|
Embalagens
|
3.080,80
|
22,44
|
2.840,00
|
21,73
|
Frete
|
2.256,90
|
16,44
|
1.704,00
|
13,04
|
Total
|
13.731,50
|
100,00
|
13.072,00
|
100,00
|
1 Valores em R$ (atualizado em outubro de 2010).
Com rendimento de 22.569 kg ha-1
para venda, o sistema orgânico obteve receita bruta de R$ 21.831,93, enquanto
que o sistema convencional com produtividade de 23.000 kg ha-1 para
venda, alcançou receita bruta de R$ 16.790,00 (Tabela 14), mostrando que o
sistema orgânico, apesar de ser um pouco menos produtivo em relação ao cultivo
convencional, gerou receita bruta 30% maior em função do sobrepreço pago no
mercado de produtos orgânicos.
Tomate (Lycopersicon
esculentum Mill):
O uso intensivo de adubos/corretivos e
pesticidas na cultura do tomate convencional representa um gasto de R$8.902,40
ha-1, sendo este um dos diferenciais de custo de produção deste
sistema em relação ao cultivo orgânico, que contempla um gasto total de
R$4.412,30 com composto, caldas/produtos biológicos e biofertilizante líquido
(Tabela 11). Os maiores gastos de mão-de-obra no cultivo convencional (557 D/H)
em relação ao cultivo orgânico (458 D/H) se deve ao gasto de 46 D/H a mais para
pulverizações e de 70 D/H a mais para as colheitas, classificação e embalagem do
maior volume de produção.
Tabela 11 -
Indicadores financeiros e consumo de mão-de-obra na cultura do tomate (1
ha) em dois sistemas de produção. INCAPER, Domingos Martins-ES, 2010.1
Despesas
|
Orgânico
|
Convencional
|
||
Valor (R$)
|
%
|
Valor (R$)
|
%
|
|
Sementes/mudas
|
103.20
|
0,30
|
5360.00
|
12,26
|
Adubo orgânico (composto)
|
1760.70
|
5,06
|
-
|
-
|
Adubos e corretivos
|
-
|
-
|
5116.80
|
11,70
|
Caldas e produtos biológicos
|
731.60
|
2,10
|
-
|
-
|
Pesticidas
|
-
|
-
|
3785.60
|
8,66
|
Outros Insumos e materiais
|
1920.00
|
5,52
|
-
|
-
|
Serviços Mecânicos
|
360.00
|
1,03
|
360.00
|
0,82
|
Mão de Obra (D/H)
|
(458) 13590.00
|
39,05
|
(557) 16710.00
|
38,21
|
Embalagens
|
8628.48
|
24,80
|
7750.00
|
17,72
|
Frete
|
7703.60
|
22,14
|
4650.00
|
10,63
|
Total
|
34797.58
|
100,00
|
43732.40
|
100,00
|
1 Valores em R$ (atualizado em outubro de 2010).
Tabela 12 - Média de
custos e da participação relativa dos diversos fatores para a produção de 1 ha
de hortaliças, em dois sistemas de cultivo. INCAPER, Domingos Martins-ES, 20101.
Despesas
|
Orgânico
|
Convencional
|
||
Valor (R$)
|
%
|
Valor (R$)
|
%
|
|
Sementes/mudas
|
2.349,47
|
9,89
|
2.359,95
|
8,23
|
Adubo orgânico (composto)
|
1.613,98
|
9,84
|
0,00
|
0,00
|
Adubos e corretivos
|
0,00
|
0,00
|
2.942,81
|
16,31
|
Caldas e produtos biológicos
|
234,43
|
0,80
|
0,00
|
0,00
|
Pesticidas
|
0,00
|
0,00
|
1.614,08
|
6,39
|
Outros Insumos e materiais
|
1.449,50
|
2,92
|
897,50
|
1,06
|
Serviços Mecânicos
|
360,00
|
2,60
|
360,00
|
2,33
|
Mão de Obra (D/H)
|
(283) 8.484,00
|
38,48
|
(316) 9.459,00
|
40,22
|
Embalagens
|
5.649,67
|
18,55
|
5.660,44
|
14,96
|
Frete
|
4.071,56
|
16,92
|
3.046,20
|
10,49
|
Total
|
24.212,61
|
100,00
|
26.339.98
|
100,00
|
1 Valores em R$ ( atualizados em outubro de 2010).
Total de 10 espécies por sistema.
As participações percentuais dos
componentes nos custos totais do sistema orgânico e convencional são bastante
distintas. No cultivo orgânico há uma maior participação relativa da
mão-de-obra, embalagens e frete que somam 86% do custo. No sistema convencional
há uma distribuição mais regular da participação dos componentes. Em função do
alto consumo de insumos químicos, a produtividade no sistema convencional é
bastante superior ao sistema orgânico. Porém, mesmo com rendimento de frutos
44% menor, quando se considera que o custo de produção foi 20% mais baixo e o
preço de venda 108% mais alto, a receita bruta no sistema orgânico foi 18%
maior (Tabelas 13 e 14). Estes dados se assemelham aos obtidos por Luz et al.
(2007), em que o sistema orgânico de tomate apresentou custo de produção 17,1%
mais baixo que o convencional e lucratividade até 113,6% maior, muito próximo
ao valor obtido neste trabalho que foi de 94%.
4.
DISCUSSÃO
Na média geral das 10 espécies analisadas,
a Tabela 12 indica pequena diferença no custo de produção entre o sistema
orgânico e o convencional, revelando um custo 8,1% menor em favor do sistema orgânico.
Verifica-se também que a participação relativa da mão-de-obra foi um pouco
menor no sistema orgânico com gasto médio de 283 D/H e despesa equivalente a
R$8.484,00, representando 38,5% de todo o custo de produção. No sistema
convencional utilizou-se 316 D/H com despesa equivalente a R$9.459,00,
representando 40,2% do custo de produção. A mão-de-obra confirmou-se no
principal componente do custo de produção para os dois sistemas.
No sistema orgânico, os itens de maior
participação nos custos de produção das culturas trabalhadas, em ordem
decrescente, foram: mão-de-obra, embalagens e frete que juntos totalizaram
74,0%. No sistema convencional foram: mão-de-obra, adubos/corretivos e
embalagens totalizando 71,5%.
A participação média da mão-de-obra nos
custos das 10 olerícolas verificadas neste trabalho (38,5% e 40,2%, no sistema
orgânico e convencional, respectivamente) diferem dos resultados de Faria &
Oliveira (2005), que relataram uma participação relativa bem menor, na faixa de
19%, nas duas épocas avaliadas, ficando abaixo dos custos com adubos e
pesticidas, tanto na safra de tomate das águas quanto na época da seca. A
explicação desta diferença reside no fato deste estudo analisar o sistema
convencional dentro dos limites de uso racional de insumos na média regional, enquanto
que Faria & Oliveira (2005), analisaram a realidade de um agricultor que
adota o controle de pragas e doenças com pesticidas, duas vezes por semana.
Verificou-se ainda que os custos com a
utilização de composto e outros insumos no sistema orgânico somaram 12,8% que
se aproximaram aos custos com adubos e corretivos empregados no sistema
convencional equivalentes a 16,3%. Outra constatação importante foi que os
custos com proteção de plantas em ambos sistemas foram bastante diferentes,
gastando-se em média 0,8% com caldas e produtos biológicos no sistema orgânico,
enquanto que no sistema convencional gastou-se 6,4%.
A abordagem geral de custos unitários e
totais está apresentada na Tabela 13. Verificou-se não haver uma relação direta entre custo total por hectare e
o custo do kg do produto. No sistema orgânico, as culturas com menores custos
totais por hectare que os convencionais foram a abóbora, o morango, o repolho e
o tomate. Porém, as que apresentaram menores custos unitários do kg do produto
foram somente a abóbora e o repolho.
Para o morango, apesar do menor custo de
produção no sistema orgânico, o kg desse produto foi um pouco superior ao
convencional. Para o tomate esta relação invertida foi ainda mais marcante uma
vez que, no cultivo orgânico, com um custo de produção 20% menor, o kg de
tomate foi 41% maior, devido à grande diferença no rendimento comercial.
No sistema convencional, a produção de
alho, batata e quiabo obteve preços menores que nos respectivos sistemas orgânicos. A cenoura, o pimentão e o
taro apresentaram custos semelhantes em ambos sistemas produtivos.
Verificou-se um custo médio do hectare em
sistema orgânico 8,1% menor que no sistema convencional, porém o kg do produto
foi praticamente o mesmo, diferenciando-se em apenas 2,6% (Tabela 13).
Os preços pagos nos respectivos mercados
de hortaliças orgânicas e convencionais apresentam diferenças marcantes,
dependendo da cultura. Na Tabela 14, observamos que os preços de mercado pago
pelas hortaliças orgânicas foram bem superiores às convencionais, exceto para a
cenoura, em que a diferença foi inexpressiva. Na média geral, o sobrepreço dos produtos
orgânicos foi de 57,8%, refletindo numa receita bruta 19,0% maior que no
sistema convencional. Estes resultados corroboram com os obtidos por Pelinski &
Guerreiro (2004), em que evidenciaram maior viabilidade econômica para os
produtos orgânicos, mas relataram que o preço pago no mercado pode alterar este
comportamento.
Tabela 13 -
Custos unitários e custos totais para 1 ha de diversas hortaliças em
sistema orgânico e convencional. INCAPER, Domingos Martins-ES, 20101.
Culturas
|
Sistemas
|
||||
Orgânico (A)
|
Convencional (B)
|
Diferencial
Por ha (A/B)
(%)
|
|||
(R$/ha)
|
(R$/kg)
|
(R$/ha)
|
(R$/kg)
|
||
Abóbora
|
3.595,85
|
0,49
|
4.917,50
|
0,58
|
-26,9
|
Alho
|
22.024,68
|
3,31
|
17.874,55
|
2,81
|
+23,2
|
Batata
|
15.861,70
|
0,92
|
14.011,20
|
0,80
|
+13,2
|
Cenoura
|
20.480,18
|
0,87
|
20.001,72
|
0,71
|
+2,4
|
Morango
|
67.819,20
|
2,58
|
84.690,80
|
2,35
|
-19,9
|
Pimentão
|
32.655,46
|
1,47
|
32.996,00
|
1,10
|
-1,0
|
Quiabo
|
20.060,24
|
1,51
|
18.007,60
|
1,20
|
+11,4
|
Repolho
|
11.099,67
|
0,20
|
14.096,00
|
0,30
|
-21,3
|
Taro
|
13.731,50
|
0,56
|
13.072,00
|
0,52
|
+5,0
|
Tomate
|
34.797,58
|
0,90
|
43.732,40
|
0,64
|
-20,4
|
Média geral
|
24.212,61
|
1,28
|
26.339,98
|
1,10
|
-8,1
|
1 Valores em R$ (Atualizados em outubro de 2010).
Tabela 14 -
Preço unitário de venda e receita bruta obtida em 1 ha de diversas
hortaliças em sistema orgânico e convencional. INCAPER, Domingos Martins-ES,
20101.
Culturas
|
Sistemas
|
||||
Orgânico (A)
|
Convencional (B)
|
Diferencial
Por ha (A/B)
(%)
|
|||
(R$/ha)
|
(R$/kg)
|
(R$/ha)
|
(R$/kg)
|
||
Abóbora
|
0,77
|
5.638,71
|
0,55
|
4.675,00
|
+20.6
|
Alho
|
7,50
|
43.845,00
|
4,27
|
23.698,50
|
+85.0
|
Batata
|
2,16
|
33.266,16
|
1,00
|
15.611,00
|
+113.1
|
Cenoura
|
0,79
|
18.602,13
|
0,75
|
21.000,00
|
-11.4
|
Morango
|
6,70
|
175.881,70
|
5,00
|
180.000,00
|
-2.3
|
Pimentão
|
1,70
|
37.755,30
|
1,01
|
30.300,00
|
+24.6
|
Quiabo
|
1,50
|
19.923,00
|
0,93
|
13.950,00
|
+42,8
|
Repolho
|
0,45
|
25.448,85
|
0,31
|
14.601,62
|
+74,3
|
Taro
|
0,97
|
21.831,93
|
0,73
|
16.790,00
|
+30,0
|
Tomate
|
1,75
|
67.406,50
|
0,84
|
57.288,00
|
+17,7
|
Média geral
|
2,43
|
44.959,93
|
1,54
|
37.791,41
|
+19,0
|
1 Valores em R$ (Atualizados em outubro de 2010).
Numa abordagem individualizada por
cultura, verificou-se que as receitas mais elevadas dos sistemas orgânicos
variaram de 17,7% até 113,1% maior que dos convencionais. Apenas para a cenoura
e o morango as receitas dos sistemas orgânicos foram menores aos dos
convencionais, na média de -11,4% e -2,3%, respectivamente.
O sistema orgânico de produção apresentou
receitas líquidas positivas em quase todas as culturas, exceto para o quiabo
que revelou receita negativa de R$ 137,24 no cultivo orgânico. Nos sistemas
convencionais foram verificadas receitas líquidas negativas para a abóbora, o
pimentão e o quiabo de R$ 242,50, R$ 2.696,00 e R$ 4.057,60, respectivamente
(Tabela 15).
No cultivo orgânico, a única cultura que
revelou receita líquida inferior ao convencional foi a cenoura, em média 30%.
As demais culturas cultivadas organicamente obtiveram receitas líquidas
superiores em relação ao cultivo convencional, com razões variando de 1,1 para
o morango até 28,4 para o repolho.
A média geral de receita líquida obtida no
sistema orgânico de produção foi de R$ 21.006,34, sendo 80% superior ao sistema
convencional que foi de 11.450,44. Porém, devido à cultura do morango ser diferenciada
em relação às demais hortaliças por apresentar alta rentabilidade nestes
sistemas produtivos, as médias de receitas líquidas para as hortaliças reduzem
para R$ 11.333,43 e R$ 2.132,79 por hectare, respectivamente, se não
contabilizarmos o morango (Tabela 15).
Tabela 15 - Receitas líquidas comparativas para 1
ha de diversas culturas em sistema orgânico e convencional. INCAPER, Domingos
Martins-ES, 20101.
Culturas
|
Sistemas
|
||
Orgânico
(A)
(R$)
|
Convencional
(B)
(R$)
|
Razão
(A/B)
(5)
|
|
Abóbora
|
2.042,86
|
- 242,50
|
-
|
Alho
|
21.820,32
|
5.823,95
|
3,7
|
Batata
|
17.404,46
|
1.599,80
|
10,9
|
Cenoura
|
712,12
|
988,28
|
0,7
|
Morango
|
108.062,50
|
95.309,20
|
1,1
|
Pimentão
|
5.099,84
|
- 2.696,00
|
-
|
Quiabo
|
-137,24
|
- 4.057,60
|
-
|
Repolho
|
14.349,18
|
505,62
|
28,4
|
Taro
|
8.100,43
|
3.718,00
|
2,2
|
Tomate
|
32.608,92
|
13.555,60
|
2,4
|
Média geral
|
21.006,34
|
11.450,44
|
1,8
|
1 Valores em R$ (Atualizados em outubro de 2010).
5.
CONCLUSÕES
O sistema orgânico de produção confirmou
grande viabilidade econômica, sendo mais expressiva quando se obteve maiores
preços no respectivo mercado.
A média de custo de produção por hectare
de hortaliças orgânicas foi 8% menor que a das hortaliças convencionais.
O gasto com mão-de-obra foi ligeiramente
menor no sistema orgânico e confirmou ser o componente de maior participação
nos custos destes sistemas de produção, em torno de 38,5% no sistema orgânico e
40,2% no convencional.
Os custos com a utilização de composto
orgânico e outros insumos no cultivo orgânico equivalem-se aos com adubos e
corretivos empregados no sistema convencional.
Os sistemas orgânicos de abóbora, morango,
repolho e tomate apresentaram custo de produção menor que nos sistemas
convencionais.
O alho, batata e quiabo quando cultivados,
convencionalmente, obtiveram custo de produção menor que nos sistemas
orgânicos.
Os custos de produção da cenoura, pimentão
e taro foram semelhantes nos dois sistemas analisados.
A maioria das olerícolas cultivadas em
sistema orgânico revelou receita líquida superior ao convencional, variando de 1,1 para o morango até 28,4 vezes
para o repolho. Para a cenoura orgânica a receita líquida foi inferior ao
cultivo convencional (30% a menos) e para o quiabo esta foi negativa em ambos
sistemas de produção.
6.
LITERATURA CITADA
DONADELLI,
A.; KANO, C.; FERNANDES JUNIOR, F. Estudo de caso: Análise econômica entre o
custo de produção de morango orgânico e convencional. Pesquisa &
Tecnologia, São Paulo, v.9, n.2, Jul-Dez 2012.
FERGUSON,
C.E. Microeconomia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976. 616p. FARIA,
F.F.; LIVEIRA, J.T.A. Matriz de coeficientes técnicos da cultura do tomate
de mesa: base para cálculo dos custos de produção e colheita. Relatório
Técnico. Campinas: Universidade Estadual de Campinas/FEA, 30 p., Julho, 2005.
GARCIA,
R.D.C. Custos de produção de olerícolas em sistema orgânico. In: SOUZA J.L. Agricultura
orgânica: tecnologias para a produção de alimentos saudáveis. Vitória, ES:
INCAPER, v.2, 2005. 257p.
GONÇALVES,
M.M.; MEDEIROS, C.A.B.; REICHERT, L.J. Comparação dos parâmetros técnicos e econômicos
de sistemas orgânicos de produção de batata. Porto Alegre, Revista
Brasileira de Agroecologia, .2, n.1, p.1393-1396, 2007.
LEFWICH,
R.H. O sistema de preços e alocação de recursos. 2.ed. São Paulo: Pioneira,
1973. 399p. LUZ, J.M.Q.; SHINZATO, A.V.; SILVA, M.A.D. Comparação dos sistemas
de produção de tomate convencional e orgânico em cultivo protegido. Bioscience
Journal, Uberlândia, v.23, n.2, p.7-15, 2007.
MATSUNAGA,
M.; BEMELMANS, P.F.Metodologia de custo de produção utilizada peloIEA. Agricultura
em São Paulo, v.23, n.1, p.123-139, 1976. MIGUEL, F.B.; GRIZOTTO, R.K.;
FURLANETO, F.P.B. Custo de produção de alface em sistema de cultivo orgânico. Pesquisa
& Tecnologia, São Paulo, v.7, n.2, p.6, 2010.
PELINSKI,
A.; GUERREIRO, E. Os benefícios da agricultura orgânica em relação à
convencional: ênfase em produtos selecionados. Publicação UEPG Ciências
Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Linguas, Letras e Artes, Ponta Grossa,
v.12, n.2, p.49-72, 2004.
REIS, A.J.;
GUIMARÃES, J.M.P. Custo de produção na agricultura. Informe Agropecuário,
Belo Horizonte, v.12, n.143, p.15-22, 1986.
REIS, A.J. Teoria econômica.
Lavras: UFLA, Notas de aula. 1990. 262p.
Nossa, me ajudou muito num trabalho do colégio, muito bem explicado, bem elaborado, adorei <3 muito obrigado mesmo!
ResponderExcluir