sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Leia a cartilha Rimada de Agroecologia...

Ferreira On 9/28/2012 12:16:00 PM Comentarios LEIA MAIS

sexta-feira, 21 de setembro de 2012



José Angelo Rebelo1


O morangueiro é uma planta herbácea, rasteira e perene da família Rosácea. É propagada, anualmente, vegetativamente, por meio de estolhos. A parte comestível origina-se do receptáculo floral que se torna carnoso e suculento. Nesta parte comestível estão reunidos os verdadeiros frutos (aquênios), popularmente confundidos com sementes. As abelhas, fundamentais na qualidade da produção do morangueiro, podem se atraídas por meio da aplicação de Beehere no morangal, na dose de 1 a 2 gotas/L de água.
O comportamento das cultivares de morangueiro está altamente correlacionado com a temperatura e o fotoperíodo. De um modo geral, se a temperatura e o fotoperíodo aumetam, a planta cessa a floração e passa a vegetar. Por outro lado, se a temperatura e o fotoperíodo forem reduzidos, a atividade metabólica se reduz e a planta entra em dormência. Para que a dormência seja quebrada, as cultivares de morangueiro exigem somatório de horas com temperatura abaixo de 7,2ºC. Tal somatório pode variar, entre 100 e 1.000 horas.
Em função do comportamento das cultivares ante temperatura e fotoperíodo, elas são caracterizadas como 1. de dias curtos, que diferenciam as gemas florais sob fotoperíodo menor de 14 horas e temperaturas amenas (as de outono); 2. sempreflorescentes/reflorescentes, que florescem sempre - preferencialmente em dias longos - e só cessam de florescer quando a temperatura se aproxima de 10ºC ou quando maior de 28ºC; 3. de dias neutros – estas só paralisam a florada sob condição de temperatura muito baixas. Estas variedades são obtidas com o cruzamento de cultivares sempreflorescentes com plantas de dias curtos. Com tais plantas, pode-se obter frutos na entressafra (verão) em região de verão ameno.
Basicamente, para se obter boa produtividade de morangueiros, deve-se oferecer-lhes dias curtos e temperaturas amenas ou baixas (estímulo ao florescimento), já que, sob condições de dias longos e temperaturas elevadas, o crescimento vegetativo é estimulado. Estas últimas condições interessam logo após o plantio, para proporcionar o desejado crescimento das plantas, o que aumenta o potencial produtivo. A produtividade também está ligada ao número de horas de frio recebidas pelas mudas. Assim, locais frios são os mais indicados para a instalação de viveiros, onde as matrizes devem ser plantadas de setembro a outubro.
Não é recomendado fazer mudas em regiões quentes, principalmente a partir de soqueira, como fazem alguns produtores de morango do litoral catarinense. No entanto, se mudas assim forem produzidas, recomenda-se que sejam embaladas em sacos plásticos fechados e armazenadas a 4ºC, por cerca de 15-20 dias, antes do plantio.



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1Eng. agr., Dr., Pesquisador da Epagri/Estação Experimental de Itajaí,
e-mail: jarebelo@epagri.rct-sc.br

  
Cultivares para a mesa

Cultivar
Origem
Precocidade
Quanto ao dia
Chandler
Califórnia
-
Curto
Oso grande
Califórnia
-
Curto
Selva
Califórnia
-
Neutro
Fern
Califórnia
-
Neutro
Camarosa
Califórnia
Precoce
Curto
Dover
Califórnia
-
Curto
Sweet Charlie
Flórida
Precoce
Curto
Gaviota
-
-
Curto
Aromas
Califórnia
Tardia
Neutro
Campinas
Brasil
-
Curto
Diamante
Califórnia
Tardia
Neutro
Tudla
Espanha
Precoce
Curto

O morangueiro é muito sensível às variações climáticas, por isso as cultivares podem apresentar comportamento dependente destas condições ambientais. Por isso, antes da escolha, é preciso saber da sua adaptabilidade local.

Características desejadas de uma cultivar de morangueiro.

1. de fácil de propagação, sem excessiva formação de estolhos, o que dificulta a formação de mudas vigorosas.
2. resistente a manchas foliares e a podridões de raízes e de frutos.
3. reflorescente, com flores completas e grandes.
4. de frutos grandes e uniformes e localizados fora da cobertura foliar para apresentarem melhor coloração, sanidade e sabor;
5. ser de produção precoce, com início da colheita entre maio a junho.
6. produzir, por planta, não menos de 400g de frutos comerciais por ciclo ou 30 a 35 t/ha. Há potencial para mais de 60 t/ha (800 g/planta).

Clima e época de plantio

O morangueiro é plantado desde o rio Grande do Sul ao Sul de Minas Gerais

A época de plantio está relacionada ao comportamento das cultivares ante à temperatura e ao fotoperíodo e à sua adaptabilidade à região de cultivo.
A título de orientação de época de plantio, considera-se que:
¤ em regiões com altitude acima de 700 metros, plantar em fevereiro e março;
¤ em regiões com altitude variando de 600 a 700 metros, plantar em abril;
¤ em regiões com altitude abaixo de 600 metros, plantar em maio.

Clima e solo

Temperatura acima de 28ºC inibe a floração e estimula a produção de estolhos. A geada danifica flores e frutos, especialmente os imaturos não protegidos pelas folhas. O morangueiro desenvolve-se melhor em solos de textura média, sem excesso de umidade e de matéria orgânica.


  
Espaçamento e mudas necessárias:

Espaçar as mudas de 30 x 30 a 35 cm, sendo as plantas dispostas em quadrado ou quincôncio, em canteiros com duas a quatro fileiras, de acordo com o porte da cultivar e da umidade do ar no local.
Dependendo do espaçamento e da área de carreadores, são utilizadas de 65 a 80 mil mudas por hectare.

Calagem e adubação

De acordo com as recomendações da análise de solo.
Aplicar calcário para elevar a saturação por base a 80% e o teor mínimo de Mg no solo a 8 mmolc/dm3.
A adubação deve ser feita 25 a 30 dias antes do transplante das mudas
Na região produtora de são Paulo, a maior do Brasil, emprega-se a seguinte adubação por hectare:
  • 15 a 30 t/ha de esterco de curral curtido ou 1/4 da quantidade em esterco de galinha
  • 300 a 1.200 kg/ha de P205
  • 50 a 400 kg/ha de K20.
  • Em cobertura, 180 kg/ha de N e 90 Kg/ha de K20, parcelados em seis aplicações mensais, sendo a primeira no início da floração.

    Plantio e cuidados com as mudas

    É feito manualmente, em canteiros com 20 a 30 cm de altura, e cerca de 1,2m de largura, para quatro fileiras de plantas. As mudas antes do plantio devem ser limpas de folhas velhas e separadas por tamanho para plantio de lotes homogênios.
    As mudas, de raízes nuas, são plantadas diretamente nos canteiros de produção de frutos.
    O enviveiramento das mudas em canteiros durante 30 dias, ou o seu estabelecimento em recipientes, diminui a morte de mudas no transplante e propicia colheitas mais precoces.
    Ao plantar, cuidar para distribuir bem as raízes e não enterrar a coroa.

    Mulching (cobertura do solo)

    O mulching é necessário para se impedir o contato dos frutos com o solo, com vantagem para a qualidade da produção (sujeiras e podridões), para controle de ervas invasoras, manutenção da umidade do solo e preservação das raízes superficiais, refletindo em maior produção.
    Diversos materiais podem ser utilizados como mulching, tais como maravalha, casca de arroz, palha de cereais, bagaço de cana picada, capim sem sementes e acículas de pinus. O mais usado, por talvez ser o mais prático e eficiente, é o polietileno preto ou de dupla face (cor).
    A cobertura do solo deve ser feita logo após o plantio das mudas. Em caso de emprego de polietileno como mulching, aguarda-se a pega das mudas. O plástico é estendido sobre as plantas e preso com arames, arcos de bambu ou com terra, sobre os canteiros. Após, faz-se cortes em forma de x no plástico e sobre as plantas, por onde serão puxadas para fora.

    Irrigação

    Preferencialmente por gotejo. Ocorre maior exigência de água logo após o transplante, na formação dos botões, floração e frutificação. Até 30-40 dias após o plantio, irrigar diariamente. Depois disto, duas vezes por semana. Durante o período de colheita, utilizar cerca de 25mm de água por semana. Excesso de umidade dificulta a polinização e prejudicam o morangueiro.

    Colheita

    Inicia-se aos 60 a 80 dias da data do plantio. Nas variedades de dias curto, o início se dá em abril a junho, e se estende até dezembro, com pico em agosto e setembro, dependendo da região e da variedade. A colheita deve ser feita nos períodos mais secos do dia. Os frutos, no ponto de 1/2 a 3/4 maduro, são colhidos manualmente em cestas que serão encaminhadas aos locais de classificação e embalagem. Após embalados devem ser colocados em câmaras frigoríficas ou em locais arejados até o consumo.
    Comercialização
    É feita em caixetas de madeira, de papelão ou de poliestireno expandido (isopor), com capacidade entre 250 e 800g.
    A conservação do fruto é favorecida em atmosfera com 20% de gás carbônico (CO2). Assim é que a cobertura da embalagem com filme plástico retarda a deterioração por reter CO2 produzido pelos frutos.
    De um modo mais corriqueiro, os frutos são dispostos em fileiras em uma ou duas camadas. Para mercado de maior poder aquisitivo já se utiliza caixa plástica transparente e com tampa e a classificação dos frutos é feita em de primeira (6 a 14g) e em extra (acima de 14g).
    Atualmente existe uma classificação oficial, que deve ser exigida pelas centrais de abastecimento do país, como se segue:
    Classificação oficial (Classificar é separar o produto em lotes homogêneos).
  1. Grupos
De acordo com a suculência do produto
Grupo Suculento
Grupo não Suculento
IAC Campinas
Oso Grande
IAC Princesa Isabel
Tudla
Reiko
Seascape
Toyonoka
Dover
Sequóia
Capitola
Campidover
Camarosa
Toyohime
Cartuno
Piedade
Sweet Charlie
  
Chandler
  
Selva
  1. Classe
De acordo com o maior diâmetro transversal dos frutos.
Classe
Diâmetro (mm)
1
Menor do que 15
1,5
Maior ou igual a 15 e menor que 30
3
Maior ou igual a 30 e menor que 45
4,5
Maior ou igual a 45
 Tolera-se uma mistura de classes diferentes da especificada no rótulo, desde que não ultrapasse a 15% do número total de morangos.

3. Defeitos Graves

São aqueles que inviabilizam o consumo ou a comercialização do produto.


  
4. Defeitos Leves

Danos e defeitos superficiais que não inviabilizam o consumo ou a comercialização, mas prejudicam a aparência e a qualidade do produto.

   
5. Tipo ou Categoria:

De acordo com a qualidade do produto conforme especificado na tabela 1.                        Tabela1: Limites máximos de defeitos permitidos por categoria em percentagem (%)
Defeitos
Categoria
Defeitos graves
Extra 
II 
III 
Podridão
0
3
5
10
Outros graves
0
5
10
20
Total de graves
0
5
10
20
Total de leves
5
10
30
100
Total de defeitos
5
10
30
100
Rótulo:
As embalagens deverão ser rotuladas em local de fácil visualização, conforme o exemplo abaixo.


Demanda de mão–de–obra
Por hectare de morangueiros, são necessárias seis pessoas fixas e mais seis volantes no pico de colheita.


Rotação de cultura
Deve ser feita com leguminosas para adubação verde, gramínias ou com hortaliças como alface, abobrinha ou beterraba, para aproveitamento de resíduos de adubação dos canteiros de morangueiros, da mão-de-obra e dos preços de verão.

Principais doenças do morangueiro

  1. Causadas por fungos

a1) A antracnose


É uma das mais importantes doenças que pode atingir o morangueiro. Existem duas formas de sintomatologia.

a1.1) chocolate

Pode atingir o rizoma, os frutos, os pecíolos e outras partes da planta;

a1.2) flor-preta


Atinge mais comumente os pedúnculos, as flores e os frutos pequenos e em desenvolvimento. O sintoma chocolate é caracterizado pelo aparecimento de tecido necrosado e firme e de coloração marrom no interior do rizoma. A planta murcha de modo progressivo, a começar pelas folhas mais velhas e finalizando nas jovens, terminando pela seca da planta. É causado pelo fungo Colletotrichum fragariae Esta doença é muito grave durante o transplante, mas pode ocorrer em qualquer idade da planta. Há acentuada redução do estande e a conseqüente queda da produção.
O inóculo pode ser introduzido na lavoura por meio de mudas doentes ou contaminadas ou via restos culturais infectados. A disseminação é feita pela água da chuva ou da irrigação e pelas mãos do plantador, que manuseou plantas doentes.
O sintoma flor- preta é caracterizado por necrose nos ramos florais e nos frutos novos que se tornam escuros e mumificados. Em frutos já desenvolvidos apresentam manchas marrons, profundas e firmes. É causado por C. acutatum. Evitam-se tais doenças pelo emprego de mudas sadias, rotação de culturas, destruição dos restos culturais, plantio em áreas bem-drenadas e a utilização de cultivares mais tolerantes a estes patógenos.

a2) Manchas foliares

a2.1) A mancha-de-micosferela causada pelo fungo Mycosphaerella fragariae, é caracterizada, inicialmente, pelo surgimento pequenas manchas de coloração púrpura e circulares que podem chegar a 3-4 mm de diâmetro. A remoção das folhas velhas, severamente danificadas pela doença, também auxilia no controle, uma vez que contribui para a diminuição do inóculo e também porque facilita a aeração e a ação dos fungicidas empregados no controle.

a2.2) mancha-de-diplocarpon Tem alto poder de destruição da folhagem do morangueiro. O sintoma é definido por manchas de formato e tamanho irregulares, cor púrpura. Podem ocorrer nos pecíolos, pedúnculos, cálices florais e estolões. As medidas de controle para micosferela também são indicadas para esta mancha.

a2.3) mancha-de-dendrofoma O sintoma básico é caracterizado por manchas arredondadas de cor púrpura. Uma zona necrosada de cor castanha, circuncidada por uma zona purpúrea violácea. Depois, três zonas irregularmente concêntricas aparecem. A central é castanha – escura; a do meio de cor marrom-clara e a externa de cor violácea. Pontuações (picnídios) podem ser observadas sobre as lesões. Normalmente não se apresenta de forma grave. É causada por Dendrophoma obscurans.

a3) As podridões do rizoma e das raízes São causadas por vários agentes habitantes do solo. Os sintomas caracterizam-se por murchamento das folhas mais velhas, evoluindo para crestamento e morte da planta. Este sintomas podem ser causados pela ação de Verticillium albo-atrum, Phytophthora sp, Fusarium sp, Rhizoctonia solani, Pythium sp, etc. Para se evitar o reduzir prejuízos devem-se aplicar as seguintes medidas:
usar mudas sadias e isentas do patógeno;
evitar áreas de plantio com ocorrência da doença;
eliminar as plantas com suspeita de contaminação;
fazer rotação de culturas que não contemplem, por exemplo, batata, tomate, algodão, pimentão, berinjela.

a4) Podridões dos frutos Causam prejuízos diretamente no produto comercial, cuja contaminação pode acontecer no campo ou durante o processo de comercialização. Danos mecânicos durante a colheita e o aquecimento dos frutos são favoráveis aos agentes de podridões de frutos, entre eles Botrytis cinérea (mofo-cinzento); Colletotrichum sp; Phytophthora sp e Rhizoctonia solani. Reduz-se prejuízos com o uso de mulching no canteiro com filme de polietileno; colheita nos períodos mais secos do dia; transporte e armazenamento em baixas temperaturas e uso de fungicidas específicos.


B) Doenças causadas por bactérias

b1) mancha-angular Caracterizada por manchas angulares nas folhas com aspecto de encharcamento, colapso dos pecíolos e morte das plantas, causada por Xanthomonas fragariae. O patógeno é favorecido por temperatura ao redor de 20ºC e alta umidade relativa.
O controle deve ser preventivo e na forma de erradicação de plantas suspeitas.


  1. Doenças causadas por vírus

    As viroses no morangueiro estão relacionadas à forma vegetativa de multiplicação das plantas e à presença de afídeos vetores. Isto permite que a infecção se perpetue.
    c1) mosqueado, que é o tipo mais comum;
    c2) clorose marginal;
    c3) encrespamento;
    c4) faixa das nervuras.
    O controle para viroses deve ser feito através de: mudas sadias; eliminação de plantas doentes; controle dos insetos vetores (pulgões); utilização de matrizes testadas e isentas de viroses.

    D) Doenças causadas por nematóides

    d1) Meloidogyne hapla e Pratylenchus vulnus, parasitam as raízes.
    Causam lesões nas raízes e reduzem o sistema radicular ativo da planta. As lesões abrem portas para outros patógeno de solo. As plantas atacadas por estes nematóide murcham, amarelecem, ficam enfezadas e podem apresentar sintoma de deficiência nutricional, além da perda do potencial produtivo.

    Estes nematóides podem ser controlados com o emprego de:
    mudas saídas;
    arranquio e destruição de plantas contaminadas;
    evitar plantio em áreas já contaminadas;
    rotação de culturas;
    revolvimento do solo em períodos quentes do dia;

    solarização do solo;
    aumento de matéria orgânica no solo.
    O cultivo protegido (estufas) de morangueiro permite um controle mais eficiente das doenças do morangueiro e promove maior qualidade dos frutos além de protege-los contra o granizo, chuvas e ventos fortes, incompatíveis com estas plantas.
    Pragas do morangueiro

    Entre as pragas que podem atacar o morangueiro, duas tem grandes destaques:

    1. Ácaros

    1. Ácaro-rajado (Tetranychus urticae). É o principal ácaro do morangueiro, e ataca diversos outros hospedeiros. Produz uma teia na face inferior da folha que facilita sua detecção. Temperatura elevada e baica umidade do ar facilitam a sua proliferação. Pode reduzir a produção em até 80%. É de difícil controle pela falta de produtos seguros para uso em morangueiro que tem colheitas diárias.
    1. Pulgões (Capitophorus fragaefolii e Cerosipha forbesi) Os pulgões são vetores de viroses. A presença de ninhos de formiga-lava-pé sobre as plantas denunciam a presença de pulgões. Irrigação por aspersão reduz a incidência de pulgões.

    -----------------------------------------------------------------------
     Fontes Consultadas: Informe Agropecuário v.20, n.198, maio – junho de 1999;
    Epagri - BOLETIM TÉCNICO n. 46, 3a edição, 1997
    CATI – SAA - Desenvolvimento da cultura do morango
    Site: www. srjundiaí.com.br/cultmoran.htm
Ferreira On 9/21/2012 11:11:00 AM Comentarios LEIA MAIS

quinta-feira, 13 de setembro de 2012



Alho-porró
O alho-porró (Allium porrum L.), de origem européia, pertence à família botânica das Amarilidáceas (anteriormente era tido como pertencente à família das Liliáceas). O alho-porró, também chamado de alho-francês, alho-macho e alho-poró (Figura 1), é bastante cultivado, especialmente na França e Inglaterra. No Brasil, especialmente no Sul, seu cultivo tende a ser feita em escala crescente, devido às condições favoráveis de clima e solo. Em vez de formar um bulbo arredondado, como a cebola, o alho-porró produz um longo cilindro de folhas encaixadas umas nas outras, esbranquiçadas na zona subterrânea, sendo esta a parte das folhas a mais utilizada na culinária, ainda que a parte verde também possa ser utilizada, por exemplo, em sopas. A planta é herbácea, tenra e bienal, produz talo e folhas no primeiro ano e a haste floral, flores e sementes no segundo ano. As folhas que são compridas e relativamente largas, possuem bainhas longas, que sobrepões umas às outras para forrar um falso caule, cilíndrico, também chamado talo; este, de 10 a 20 cm de comprimento e três a seis cm de diâmetro, tem a base dilatada em forma de bulbo. O sistema radicular é constituído por raízes fasciculadas, semelhantes ao alho comum.
Figura 1. Hortaliça-folhosa: alho-porró
Uso culinário e propriedades nutricionais e terapêuticas: Sua composição nutricional chama a atenção pelas baixas calorias. O alho-porró contém vitamina A, B, C e potássio, mas em pequenas concentrações. A sua principal característica, no entanto, é não conter enxofre em grande quantidade como é o caso da cebola. O alho-porró é útil em uma variedade de pratos, onde seu sabor, semelhante ao da cebola, é apreciado. Pode ser fervido e peneirado com batatas e servido como sopa. Pode-se também refogá-lo em caldo sem gordura para ser servido quente ou pincelar levemente com azeite de oliva e grelhá-lho para servir com legumes. As principais propriedades medicinais do alho-porró são: desinfetante, digestivo, diurético, estimulante, expectorante e laxante; combate a má digestão, melhorando o funcionamento dos rins e intestinos; previne a arteriosclerose, gripes e resfriados e, ainda descongestiona as vias respiratórias. No entanto, deve-se evitar em casos de úlceras e gastrites.
Cultivo: É considerada uma hortaliça de inverno, sendo necessário para o seu bom desenvolvimento, que as temperaturas médias mensais estejam entre 13 e 24ºC. É uma planta pouco tolerante à acidez do solo, preferindo solo com pH entre 6,0 e 6,8. O solo deve ser fértil, profundo com boa capacidade de retenção de umidade, rico em húmus e solto, para facilitar a operação de amontoa, a fim de haver o necessário branqueamento do talo. Para o plantio de um hectare, são necessários, aproximadamente, 700 g de sementes (1 g contém, em média, 400 sementes), no espaçamento de 0,5 m entre linhas por 0,15 m entre plantas. As sementes de alho-porró perdem o poder germinativo e o vigor rapidamente, porém, quando guardadas em latas hermeticamente fechadas e, em local fresco, conservam-se por mais tempo. Caso não seja utilizadas todas as sementes, recomenda-se guardá-las em saco plástico, tomando-se o cuidado de retirar o ar do mesmo, colocando-o na última gaveta da geladeira. São indicadas as seguintes variedades: Gigante-Musselburg, Gigante-de-carentan e Gigante americano. Tendo em vista que as sementes são muito pequenas, recomenda-se, após a semeadura, cobrir-se o solo com capim seco ou sombrite, retirando quando emergirem (6 a 8 dias), para evitar a formação de uma camada superficial dura no solo. As melhores mudas para o transplante devem estar com 10 a 15 cm de altura e com três a quatro folhas, geralmente aos 50 a 65 dias após a semeadura. O canteiro deve ser bem irrigado na ocasião do arrancamento das mudas para facilitar a operação. O sulco para o plantio definitivo deve ter 10 cm de profundidade. As capinas, as escarificações e amontoa são importantes, sendo esta última operação que consiste em chegar terra às plantas (amontoa), cerca de 30 dias antes da colheita (90/100 dias após o plantio), para proporcionar o necessário branqueamento e maciez do talo ou falso caule. A rotação de cultura deve ser feita com milho, arroz, tomate, repolho, etc. É interessante incluir uma leguminosa (adubo verde), na rotação de culturas, como crotalária ou feijão-de-porco, a qual será incorporada ao solo antes de florescer.

Colheita: a colheita se dá cinco a seis meses depois da semeadura, quando, então, as hastes têm de 2,5 a 4 cm de diâmetro. Deve-se cortar as hastes junto ao solo, lavando-as e retirando as folhas secas e, posteriormente amarrando-as em maços para a comercialização. Ao comprar alho-porró, prefira os mais finos, que são mais macios e, escolha os que têm a mesma proporção de parte verde e branca. O alho-porró pode ser conservado na geladeira, envolvido em um saco plástico por 3-4 dias.


Couve-de-bruxelas


A couve-de-bruxelas teve origem na Bélgica nos meados do séc. XVIII, tendo sido uma das ultimas variedades botânicas de Brassica oleracea a serem diferenciadas. É uma hortaliça-folhosa (Brassica oleracea, grupo Gemmifera) que lembra pequenos repolhos e por isso, também é chamada de repolhinho; pertence à família botânica das brássicas, a mesma da couve, repolho, couve-flor, brócolis, couve-rábano, nabo, agrião e rúcula. Ela tem a particularidade de crescer ao longo do talo da planta, que na época da colheita fica totalmente coberto pelos pequenos repolhos (Figura 2).
Figura 2. Hortaliça-folhosa: couve-de-bruxelas


Uso culinário e propriedades nutricionais e terapêuticas: Na cozinha a couve-de-bruxelas é usada de várias maneiras, principalmente recomendada como acompanhamento para carnes. Também pode ser usada no preparo de sopas, ensopados e cozidos. A couve-de-bruxelas é rica em sais minerais, principalmente fósforo e ferro. Contém vitaminas A e C, ambas importantes para os olhos e para a pele. Como tem poucas calorias, pode fazer parte das dietas de emagrecimento. Além disso, é rica em fibras de celulose, sendo recomendada para as pessoas que têm problemas intestinais.


Cultivo: A couve-de-bruxelas se desenvolve de forma semelhante às demais couves e ao repolho, necessitando de uma longa estação fria para o seu crescimento. Devido a sua exigência climática, em torno de 15 °C a 19 °C, nunca obteve uma disseminação muito grande na área produtiva. O solo para o cultivo deve ser bem drenado e rico em matéria orgânica. Solos mais arenosos são aconselháveis para plantas precoces e recomenda-se ajustar o pH do solo para 6,5 ou um pouco mais, quando se busca rendimentos maiores. A forma de propagação da cultura se dá por semente, entretanto a semeadura normalmente não é direta. Primeiramente é realizada a semeadura em sementeiras ou em bandejas de isopor para, posteriormente, efetuar-se o transplante. A época mais recomendada para a semeadura da couve-de-bruxelas é de fevereiro a junho, colocando-se em torno de 200 g de semente por ha, sendo que a germinação ocorre normalmente entre 5 a 7 dias. O transplante para o local definitivo deve ser realizado de preferência em dias nublados, quando as plantas atingirem em torno de 10 cm de altura. Recomenda-se utilizar o espaçamento de 80 cm entre linhas e 40 cm entre plantas, obtendo-se uma população de 31.000 plantas/ha. O desenvolvimento adequado e uma boa produção de couve-de-bruxelas estão diretamente relacionados com a época de semeadura, já que esta é uma cultura de clima frio e necessita de temperaturas adequadas durante 90 dias da germinação até a colheita. Temperaturas frias durante o desenvolvimento dos pequenos repolhos são importantes para sua qualidade e forma compacta. Para cultivos de verão recomenda-se procurar variedades resistentes ao calor, já que os pequenos repolhos que amadurecem em condições de altas temperaturas e umidade estão mais suscetíveis à doenças. Para o manejo de pragas e doenças da couve-de-bruxelas, recomenda-se seguir as orientações mencionadas no cultivo da couve (espécie da mesma família botânica e, por isso, possui pragas e doenças comuns), na matéria postada em 14/08/2012 neste blog (Cultivo orgânico de hortaliças-folhosas - Parte II). É importante lembrar que a rotação e consorciação de culturas, são práticas que devem ser realizadas antes e depois do plantio das brássicas, 
Colheita: deve ser realizada quando os pequenos repolhos apresentarem o tamanho adequado e consistência levemente firme, antes deles sepois ajudar a reduzir as pragas e doenças, além de outros benefícios. A rotação de culturas consiste em plantar um cultivo de uma espécie da família das brássicas e, depois de colher, plantar uma outra planta que não seja desta família como exemplo milho, tomate, cenoura, mucuna, crotalária, aveia e outras. Em outras palavras, não devemos plantar culturas sucessivas de repolho, couve, couve-de-bruxelas, brócolis ou substituir uma lavoura de repolho por couve-flor, brócolis ou couve-de-bruxelas e, assim por diante. Os primeiros repolhos próximos à base da planta ficam prontos para colheita, em torno de 3 meses após o transplante. Retiram-se as folhas abaixo dos repolhos maduros e, em seguida, é efetuada a colheita girando-se os repolhos até descolarem do caule. Os repolhos são colhidos à medida que amadurecem, usualmente a cada duas semanas de intervalo. A colheita se estende pelo período em que novos repolhos são formados e vão amadurecendo. A conservação dos repolhos é realizada em câmaras frias a uma temperatura de 0,0 °C a 1,2 °C e umidade relativa de 90% a 95%.
Ferreira On 9/13/2012 05:57:00 AM 2 comments LEIA MAIS

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Dossiê ABRASCO – Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde : Parte I – Agrotóxicos, Segurança Alimentar e Saúde
Ferreira On 9/04/2012 05:01:00 AM Comentarios LEIA MAIS

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Cartilha Rimada Agroecologia

Leia a cartilha Rimada de Agroecologia...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cultivo de morangueiros de frutos para mesa



José Angelo Rebelo1


O morangueiro é uma planta herbácea, rasteira e perene da família Rosácea. É propagada, anualmente, vegetativamente, por meio de estolhos. A parte comestível origina-se do receptáculo floral que se torna carnoso e suculento. Nesta parte comestível estão reunidos os verdadeiros frutos (aquênios), popularmente confundidos com sementes. As abelhas, fundamentais na qualidade da produção do morangueiro, podem se atraídas por meio da aplicação de Beehere no morangal, na dose de 1 a 2 gotas/L de água.
O comportamento das cultivares de morangueiro está altamente correlacionado com a temperatura e o fotoperíodo. De um modo geral, se a temperatura e o fotoperíodo aumetam, a planta cessa a floração e passa a vegetar. Por outro lado, se a temperatura e o fotoperíodo forem reduzidos, a atividade metabólica se reduz e a planta entra em dormência. Para que a dormência seja quebrada, as cultivares de morangueiro exigem somatório de horas com temperatura abaixo de 7,2ºC. Tal somatório pode variar, entre 100 e 1.000 horas.
Em função do comportamento das cultivares ante temperatura e fotoperíodo, elas são caracterizadas como 1. de dias curtos, que diferenciam as gemas florais sob fotoperíodo menor de 14 horas e temperaturas amenas (as de outono); 2. sempreflorescentes/reflorescentes, que florescem sempre - preferencialmente em dias longos - e só cessam de florescer quando a temperatura se aproxima de 10ºC ou quando maior de 28ºC; 3. de dias neutros – estas só paralisam a florada sob condição de temperatura muito baixas. Estas variedades são obtidas com o cruzamento de cultivares sempreflorescentes com plantas de dias curtos. Com tais plantas, pode-se obter frutos na entressafra (verão) em região de verão ameno.
Basicamente, para se obter boa produtividade de morangueiros, deve-se oferecer-lhes dias curtos e temperaturas amenas ou baixas (estímulo ao florescimento), já que, sob condições de dias longos e temperaturas elevadas, o crescimento vegetativo é estimulado. Estas últimas condições interessam logo após o plantio, para proporcionar o desejado crescimento das plantas, o que aumenta o potencial produtivo. A produtividade também está ligada ao número de horas de frio recebidas pelas mudas. Assim, locais frios são os mais indicados para a instalação de viveiros, onde as matrizes devem ser plantadas de setembro a outubro.
Não é recomendado fazer mudas em regiões quentes, principalmente a partir de soqueira, como fazem alguns produtores de morango do litoral catarinense. No entanto, se mudas assim forem produzidas, recomenda-se que sejam embaladas em sacos plásticos fechados e armazenadas a 4ºC, por cerca de 15-20 dias, antes do plantio.



_______________

1Eng. agr., Dr., Pesquisador da Epagri/Estação Experimental de Itajaí,
e-mail: jarebelo@epagri.rct-sc.br

  
Cultivares para a mesa

Cultivar
Origem
Precocidade
Quanto ao dia
Chandler
Califórnia
-
Curto
Oso grande
Califórnia
-
Curto
Selva
Califórnia
-
Neutro
Fern
Califórnia
-
Neutro
Camarosa
Califórnia
Precoce
Curto
Dover
Califórnia
-
Curto
Sweet Charlie
Flórida
Precoce
Curto
Gaviota
-
-
Curto
Aromas
Califórnia
Tardia
Neutro
Campinas
Brasil
-
Curto
Diamante
Califórnia
Tardia
Neutro
Tudla
Espanha
Precoce
Curto

O morangueiro é muito sensível às variações climáticas, por isso as cultivares podem apresentar comportamento dependente destas condições ambientais. Por isso, antes da escolha, é preciso saber da sua adaptabilidade local.

Características desejadas de uma cultivar de morangueiro.

1. de fácil de propagação, sem excessiva formação de estolhos, o que dificulta a formação de mudas vigorosas.
2. resistente a manchas foliares e a podridões de raízes e de frutos.
3. reflorescente, com flores completas e grandes.
4. de frutos grandes e uniformes e localizados fora da cobertura foliar para apresentarem melhor coloração, sanidade e sabor;
5. ser de produção precoce, com início da colheita entre maio a junho.
6. produzir, por planta, não menos de 400g de frutos comerciais por ciclo ou 30 a 35 t/ha. Há potencial para mais de 60 t/ha (800 g/planta).

Clima e época de plantio

O morangueiro é plantado desde o rio Grande do Sul ao Sul de Minas Gerais

A época de plantio está relacionada ao comportamento das cultivares ante à temperatura e ao fotoperíodo e à sua adaptabilidade à região de cultivo.
A título de orientação de época de plantio, considera-se que:
¤ em regiões com altitude acima de 700 metros, plantar em fevereiro e março;
¤ em regiões com altitude variando de 600 a 700 metros, plantar em abril;
¤ em regiões com altitude abaixo de 600 metros, plantar em maio.

Clima e solo

Temperatura acima de 28ºC inibe a floração e estimula a produção de estolhos. A geada danifica flores e frutos, especialmente os imaturos não protegidos pelas folhas. O morangueiro desenvolve-se melhor em solos de textura média, sem excesso de umidade e de matéria orgânica.


  
Espaçamento e mudas necessárias:

Espaçar as mudas de 30 x 30 a 35 cm, sendo as plantas dispostas em quadrado ou quincôncio, em canteiros com duas a quatro fileiras, de acordo com o porte da cultivar e da umidade do ar no local.
Dependendo do espaçamento e da área de carreadores, são utilizadas de 65 a 80 mil mudas por hectare.

Calagem e adubação

De acordo com as recomendações da análise de solo.
Aplicar calcário para elevar a saturação por base a 80% e o teor mínimo de Mg no solo a 8 mmolc/dm3.
A adubação deve ser feita 25 a 30 dias antes do transplante das mudas
Na região produtora de são Paulo, a maior do Brasil, emprega-se a seguinte adubação por hectare:
  • 15 a 30 t/ha de esterco de curral curtido ou 1/4 da quantidade em esterco de galinha
  • 300 a 1.200 kg/ha de P205
  • 50 a 400 kg/ha de K20.
  • Em cobertura, 180 kg/ha de N e 90 Kg/ha de K20, parcelados em seis aplicações mensais, sendo a primeira no início da floração.

    Plantio e cuidados com as mudas

    É feito manualmente, em canteiros com 20 a 30 cm de altura, e cerca de 1,2m de largura, para quatro fileiras de plantas. As mudas antes do plantio devem ser limpas de folhas velhas e separadas por tamanho para plantio de lotes homogênios.
    As mudas, de raízes nuas, são plantadas diretamente nos canteiros de produção de frutos.
    O enviveiramento das mudas em canteiros durante 30 dias, ou o seu estabelecimento em recipientes, diminui a morte de mudas no transplante e propicia colheitas mais precoces.
    Ao plantar, cuidar para distribuir bem as raízes e não enterrar a coroa.

    Mulching (cobertura do solo)

    O mulching é necessário para se impedir o contato dos frutos com o solo, com vantagem para a qualidade da produção (sujeiras e podridões), para controle de ervas invasoras, manutenção da umidade do solo e preservação das raízes superficiais, refletindo em maior produção.
    Diversos materiais podem ser utilizados como mulching, tais como maravalha, casca de arroz, palha de cereais, bagaço de cana picada, capim sem sementes e acículas de pinus. O mais usado, por talvez ser o mais prático e eficiente, é o polietileno preto ou de dupla face (cor).
    A cobertura do solo deve ser feita logo após o plantio das mudas. Em caso de emprego de polietileno como mulching, aguarda-se a pega das mudas. O plástico é estendido sobre as plantas e preso com arames, arcos de bambu ou com terra, sobre os canteiros. Após, faz-se cortes em forma de x no plástico e sobre as plantas, por onde serão puxadas para fora.

    Irrigação

    Preferencialmente por gotejo. Ocorre maior exigência de água logo após o transplante, na formação dos botões, floração e frutificação. Até 30-40 dias após o plantio, irrigar diariamente. Depois disto, duas vezes por semana. Durante o período de colheita, utilizar cerca de 25mm de água por semana. Excesso de umidade dificulta a polinização e prejudicam o morangueiro.

    Colheita

    Inicia-se aos 60 a 80 dias da data do plantio. Nas variedades de dias curto, o início se dá em abril a junho, e se estende até dezembro, com pico em agosto e setembro, dependendo da região e da variedade. A colheita deve ser feita nos períodos mais secos do dia. Os frutos, no ponto de 1/2 a 3/4 maduro, são colhidos manualmente em cestas que serão encaminhadas aos locais de classificação e embalagem. Após embalados devem ser colocados em câmaras frigoríficas ou em locais arejados até o consumo.
    Comercialização
    É feita em caixetas de madeira, de papelão ou de poliestireno expandido (isopor), com capacidade entre 250 e 800g.
    A conservação do fruto é favorecida em atmosfera com 20% de gás carbônico (CO2). Assim é que a cobertura da embalagem com filme plástico retarda a deterioração por reter CO2 produzido pelos frutos.
    De um modo mais corriqueiro, os frutos são dispostos em fileiras em uma ou duas camadas. Para mercado de maior poder aquisitivo já se utiliza caixa plástica transparente e com tampa e a classificação dos frutos é feita em de primeira (6 a 14g) e em extra (acima de 14g).
    Atualmente existe uma classificação oficial, que deve ser exigida pelas centrais de abastecimento do país, como se segue:
    Classificação oficial (Classificar é separar o produto em lotes homogêneos).
  1. Grupos
De acordo com a suculência do produto
Grupo Suculento
Grupo não Suculento
IAC Campinas
Oso Grande
IAC Princesa Isabel
Tudla
Reiko
Seascape
Toyonoka
Dover
Sequóia
Capitola
Campidover
Camarosa
Toyohime
Cartuno
Piedade
Sweet Charlie
  
Chandler
  
Selva
  1. Classe
De acordo com o maior diâmetro transversal dos frutos.
Classe
Diâmetro (mm)
1
Menor do que 15
1,5
Maior ou igual a 15 e menor que 30
3
Maior ou igual a 30 e menor que 45
4,5
Maior ou igual a 45
 Tolera-se uma mistura de classes diferentes da especificada no rótulo, desde que não ultrapasse a 15% do número total de morangos.

3. Defeitos Graves

São aqueles que inviabilizam o consumo ou a comercialização do produto.


  
4. Defeitos Leves

Danos e defeitos superficiais que não inviabilizam o consumo ou a comercialização, mas prejudicam a aparência e a qualidade do produto.

   
5. Tipo ou Categoria:

De acordo com a qualidade do produto conforme especificado na tabela 1.                        Tabela1: Limites máximos de defeitos permitidos por categoria em percentagem (%)
Defeitos
Categoria
Defeitos graves
Extra 
II 
III 
Podridão
0
3
5
10
Outros graves
0
5
10
20
Total de graves
0
5
10
20
Total de leves
5
10
30
100
Total de defeitos
5
10
30
100
Rótulo:
As embalagens deverão ser rotuladas em local de fácil visualização, conforme o exemplo abaixo.


Demanda de mão–de–obra
Por hectare de morangueiros, são necessárias seis pessoas fixas e mais seis volantes no pico de colheita.


Rotação de cultura
Deve ser feita com leguminosas para adubação verde, gramínias ou com hortaliças como alface, abobrinha ou beterraba, para aproveitamento de resíduos de adubação dos canteiros de morangueiros, da mão-de-obra e dos preços de verão.

Principais doenças do morangueiro

  1. Causadas por fungos

a1) A antracnose


É uma das mais importantes doenças que pode atingir o morangueiro. Existem duas formas de sintomatologia.

a1.1) chocolate

Pode atingir o rizoma, os frutos, os pecíolos e outras partes da planta;

a1.2) flor-preta


Atinge mais comumente os pedúnculos, as flores e os frutos pequenos e em desenvolvimento. O sintoma chocolate é caracterizado pelo aparecimento de tecido necrosado e firme e de coloração marrom no interior do rizoma. A planta murcha de modo progressivo, a começar pelas folhas mais velhas e finalizando nas jovens, terminando pela seca da planta. É causado pelo fungo Colletotrichum fragariae Esta doença é muito grave durante o transplante, mas pode ocorrer em qualquer idade da planta. Há acentuada redução do estande e a conseqüente queda da produção.
O inóculo pode ser introduzido na lavoura por meio de mudas doentes ou contaminadas ou via restos culturais infectados. A disseminação é feita pela água da chuva ou da irrigação e pelas mãos do plantador, que manuseou plantas doentes.
O sintoma flor- preta é caracterizado por necrose nos ramos florais e nos frutos novos que se tornam escuros e mumificados. Em frutos já desenvolvidos apresentam manchas marrons, profundas e firmes. É causado por C. acutatum. Evitam-se tais doenças pelo emprego de mudas sadias, rotação de culturas, destruição dos restos culturais, plantio em áreas bem-drenadas e a utilização de cultivares mais tolerantes a estes patógenos.

a2) Manchas foliares

a2.1) A mancha-de-micosferela causada pelo fungo Mycosphaerella fragariae, é caracterizada, inicialmente, pelo surgimento pequenas manchas de coloração púrpura e circulares que podem chegar a 3-4 mm de diâmetro. A remoção das folhas velhas, severamente danificadas pela doença, também auxilia no controle, uma vez que contribui para a diminuição do inóculo e também porque facilita a aeração e a ação dos fungicidas empregados no controle.

a2.2) mancha-de-diplocarpon Tem alto poder de destruição da folhagem do morangueiro. O sintoma é definido por manchas de formato e tamanho irregulares, cor púrpura. Podem ocorrer nos pecíolos, pedúnculos, cálices florais e estolões. As medidas de controle para micosferela também são indicadas para esta mancha.

a2.3) mancha-de-dendrofoma O sintoma básico é caracterizado por manchas arredondadas de cor púrpura. Uma zona necrosada de cor castanha, circuncidada por uma zona purpúrea violácea. Depois, três zonas irregularmente concêntricas aparecem. A central é castanha – escura; a do meio de cor marrom-clara e a externa de cor violácea. Pontuações (picnídios) podem ser observadas sobre as lesões. Normalmente não se apresenta de forma grave. É causada por Dendrophoma obscurans.

a3) As podridões do rizoma e das raízes São causadas por vários agentes habitantes do solo. Os sintomas caracterizam-se por murchamento das folhas mais velhas, evoluindo para crestamento e morte da planta. Este sintomas podem ser causados pela ação de Verticillium albo-atrum, Phytophthora sp, Fusarium sp, Rhizoctonia solani, Pythium sp, etc. Para se evitar o reduzir prejuízos devem-se aplicar as seguintes medidas:
usar mudas sadias e isentas do patógeno;
evitar áreas de plantio com ocorrência da doença;
eliminar as plantas com suspeita de contaminação;
fazer rotação de culturas que não contemplem, por exemplo, batata, tomate, algodão, pimentão, berinjela.

a4) Podridões dos frutos Causam prejuízos diretamente no produto comercial, cuja contaminação pode acontecer no campo ou durante o processo de comercialização. Danos mecânicos durante a colheita e o aquecimento dos frutos são favoráveis aos agentes de podridões de frutos, entre eles Botrytis cinérea (mofo-cinzento); Colletotrichum sp; Phytophthora sp e Rhizoctonia solani. Reduz-se prejuízos com o uso de mulching no canteiro com filme de polietileno; colheita nos períodos mais secos do dia; transporte e armazenamento em baixas temperaturas e uso de fungicidas específicos.


B) Doenças causadas por bactérias

b1) mancha-angular Caracterizada por manchas angulares nas folhas com aspecto de encharcamento, colapso dos pecíolos e morte das plantas, causada por Xanthomonas fragariae. O patógeno é favorecido por temperatura ao redor de 20ºC e alta umidade relativa.
O controle deve ser preventivo e na forma de erradicação de plantas suspeitas.


  1. Doenças causadas por vírus

    As viroses no morangueiro estão relacionadas à forma vegetativa de multiplicação das plantas e à presença de afídeos vetores. Isto permite que a infecção se perpetue.
    c1) mosqueado, que é o tipo mais comum;
    c2) clorose marginal;
    c3) encrespamento;
    c4) faixa das nervuras.
    O controle para viroses deve ser feito através de: mudas sadias; eliminação de plantas doentes; controle dos insetos vetores (pulgões); utilização de matrizes testadas e isentas de viroses.

    D) Doenças causadas por nematóides

    d1) Meloidogyne hapla e Pratylenchus vulnus, parasitam as raízes.
    Causam lesões nas raízes e reduzem o sistema radicular ativo da planta. As lesões abrem portas para outros patógeno de solo. As plantas atacadas por estes nematóide murcham, amarelecem, ficam enfezadas e podem apresentar sintoma de deficiência nutricional, além da perda do potencial produtivo.

    Estes nematóides podem ser controlados com o emprego de:
    mudas saídas;
    arranquio e destruição de plantas contaminadas;
    evitar plantio em áreas já contaminadas;
    rotação de culturas;
    revolvimento do solo em períodos quentes do dia;

    solarização do solo;
    aumento de matéria orgânica no solo.
    O cultivo protegido (estufas) de morangueiro permite um controle mais eficiente das doenças do morangueiro e promove maior qualidade dos frutos além de protege-los contra o granizo, chuvas e ventos fortes, incompatíveis com estas plantas.
    Pragas do morangueiro

    Entre as pragas que podem atacar o morangueiro, duas tem grandes destaques:

    1. Ácaros

    1. Ácaro-rajado (Tetranychus urticae). É o principal ácaro do morangueiro, e ataca diversos outros hospedeiros. Produz uma teia na face inferior da folha que facilita sua detecção. Temperatura elevada e baica umidade do ar facilitam a sua proliferação. Pode reduzir a produção em até 80%. É de difícil controle pela falta de produtos seguros para uso em morangueiro que tem colheitas diárias.
    1. Pulgões (Capitophorus fragaefolii e Cerosipha forbesi) Os pulgões são vetores de viroses. A presença de ninhos de formiga-lava-pé sobre as plantas denunciam a presença de pulgões. Irrigação por aspersão reduz a incidência de pulgões.

    -----------------------------------------------------------------------
     Fontes Consultadas: Informe Agropecuário v.20, n.198, maio – junho de 1999;
    Epagri - BOLETIM TÉCNICO n. 46, 3a edição, 1997
    CATI – SAA - Desenvolvimento da cultura do morango
    Site: www. srjundiaí.com.br/cultmoran.htm

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cultivo orgânico de hortaliças-folhosas Alho-porró e Couve-de-bruxelas - Parte III



Alho-porró
O alho-porró (Allium porrum L.), de origem européia, pertence à família botânica das Amarilidáceas (anteriormente era tido como pertencente à família das Liliáceas). O alho-porró, também chamado de alho-francês, alho-macho e alho-poró (Figura 1), é bastante cultivado, especialmente na França e Inglaterra. No Brasil, especialmente no Sul, seu cultivo tende a ser feita em escala crescente, devido às condições favoráveis de clima e solo. Em vez de formar um bulbo arredondado, como a cebola, o alho-porró produz um longo cilindro de folhas encaixadas umas nas outras, esbranquiçadas na zona subterrânea, sendo esta a parte das folhas a mais utilizada na culinária, ainda que a parte verde também possa ser utilizada, por exemplo, em sopas. A planta é herbácea, tenra e bienal, produz talo e folhas no primeiro ano e a haste floral, flores e sementes no segundo ano. As folhas que são compridas e relativamente largas, possuem bainhas longas, que sobrepões umas às outras para forrar um falso caule, cilíndrico, também chamado talo; este, de 10 a 20 cm de comprimento e três a seis cm de diâmetro, tem a base dilatada em forma de bulbo. O sistema radicular é constituído por raízes fasciculadas, semelhantes ao alho comum.
Figura 1. Hortaliça-folhosa: alho-porró
Uso culinário e propriedades nutricionais e terapêuticas: Sua composição nutricional chama a atenção pelas baixas calorias. O alho-porró contém vitamina A, B, C e potássio, mas em pequenas concentrações. A sua principal característica, no entanto, é não conter enxofre em grande quantidade como é o caso da cebola. O alho-porró é útil em uma variedade de pratos, onde seu sabor, semelhante ao da cebola, é apreciado. Pode ser fervido e peneirado com batatas e servido como sopa. Pode-se também refogá-lo em caldo sem gordura para ser servido quente ou pincelar levemente com azeite de oliva e grelhá-lho para servir com legumes. As principais propriedades medicinais do alho-porró são: desinfetante, digestivo, diurético, estimulante, expectorante e laxante; combate a má digestão, melhorando o funcionamento dos rins e intestinos; previne a arteriosclerose, gripes e resfriados e, ainda descongestiona as vias respiratórias. No entanto, deve-se evitar em casos de úlceras e gastrites.
Cultivo: É considerada uma hortaliça de inverno, sendo necessário para o seu bom desenvolvimento, que as temperaturas médias mensais estejam entre 13 e 24ºC. É uma planta pouco tolerante à acidez do solo, preferindo solo com pH entre 6,0 e 6,8. O solo deve ser fértil, profundo com boa capacidade de retenção de umidade, rico em húmus e solto, para facilitar a operação de amontoa, a fim de haver o necessário branqueamento do talo. Para o plantio de um hectare, são necessários, aproximadamente, 700 g de sementes (1 g contém, em média, 400 sementes), no espaçamento de 0,5 m entre linhas por 0,15 m entre plantas. As sementes de alho-porró perdem o poder germinativo e o vigor rapidamente, porém, quando guardadas em latas hermeticamente fechadas e, em local fresco, conservam-se por mais tempo. Caso não seja utilizadas todas as sementes, recomenda-se guardá-las em saco plástico, tomando-se o cuidado de retirar o ar do mesmo, colocando-o na última gaveta da geladeira. São indicadas as seguintes variedades: Gigante-Musselburg, Gigante-de-carentan e Gigante americano. Tendo em vista que as sementes são muito pequenas, recomenda-se, após a semeadura, cobrir-se o solo com capim seco ou sombrite, retirando quando emergirem (6 a 8 dias), para evitar a formação de uma camada superficial dura no solo. As melhores mudas para o transplante devem estar com 10 a 15 cm de altura e com três a quatro folhas, geralmente aos 50 a 65 dias após a semeadura. O canteiro deve ser bem irrigado na ocasião do arrancamento das mudas para facilitar a operação. O sulco para o plantio definitivo deve ter 10 cm de profundidade. As capinas, as escarificações e amontoa são importantes, sendo esta última operação que consiste em chegar terra às plantas (amontoa), cerca de 30 dias antes da colheita (90/100 dias após o plantio), para proporcionar o necessário branqueamento e maciez do talo ou falso caule. A rotação de cultura deve ser feita com milho, arroz, tomate, repolho, etc. É interessante incluir uma leguminosa (adubo verde), na rotação de culturas, como crotalária ou feijão-de-porco, a qual será incorporada ao solo antes de florescer.

Colheita: a colheita se dá cinco a seis meses depois da semeadura, quando, então, as hastes têm de 2,5 a 4 cm de diâmetro. Deve-se cortar as hastes junto ao solo, lavando-as e retirando as folhas secas e, posteriormente amarrando-as em maços para a comercialização. Ao comprar alho-porró, prefira os mais finos, que são mais macios e, escolha os que têm a mesma proporção de parte verde e branca. O alho-porró pode ser conservado na geladeira, envolvido em um saco plástico por 3-4 dias.


Couve-de-bruxelas


A couve-de-bruxelas teve origem na Bélgica nos meados do séc. XVIII, tendo sido uma das ultimas variedades botânicas de Brassica oleracea a serem diferenciadas. É uma hortaliça-folhosa (Brassica oleracea, grupo Gemmifera) que lembra pequenos repolhos e por isso, também é chamada de repolhinho; pertence à família botânica das brássicas, a mesma da couve, repolho, couve-flor, brócolis, couve-rábano, nabo, agrião e rúcula. Ela tem a particularidade de crescer ao longo do talo da planta, que na época da colheita fica totalmente coberto pelos pequenos repolhos (Figura 2).
Figura 2. Hortaliça-folhosa: couve-de-bruxelas


Uso culinário e propriedades nutricionais e terapêuticas: Na cozinha a couve-de-bruxelas é usada de várias maneiras, principalmente recomendada como acompanhamento para carnes. Também pode ser usada no preparo de sopas, ensopados e cozidos. A couve-de-bruxelas é rica em sais minerais, principalmente fósforo e ferro. Contém vitaminas A e C, ambas importantes para os olhos e para a pele. Como tem poucas calorias, pode fazer parte das dietas de emagrecimento. Além disso, é rica em fibras de celulose, sendo recomendada para as pessoas que têm problemas intestinais.


Cultivo: A couve-de-bruxelas se desenvolve de forma semelhante às demais couves e ao repolho, necessitando de uma longa estação fria para o seu crescimento. Devido a sua exigência climática, em torno de 15 °C a 19 °C, nunca obteve uma disseminação muito grande na área produtiva. O solo para o cultivo deve ser bem drenado e rico em matéria orgânica. Solos mais arenosos são aconselháveis para plantas precoces e recomenda-se ajustar o pH do solo para 6,5 ou um pouco mais, quando se busca rendimentos maiores. A forma de propagação da cultura se dá por semente, entretanto a semeadura normalmente não é direta. Primeiramente é realizada a semeadura em sementeiras ou em bandejas de isopor para, posteriormente, efetuar-se o transplante. A época mais recomendada para a semeadura da couve-de-bruxelas é de fevereiro a junho, colocando-se em torno de 200 g de semente por ha, sendo que a germinação ocorre normalmente entre 5 a 7 dias. O transplante para o local definitivo deve ser realizado de preferência em dias nublados, quando as plantas atingirem em torno de 10 cm de altura. Recomenda-se utilizar o espaçamento de 80 cm entre linhas e 40 cm entre plantas, obtendo-se uma população de 31.000 plantas/ha. O desenvolvimento adequado e uma boa produção de couve-de-bruxelas estão diretamente relacionados com a época de semeadura, já que esta é uma cultura de clima frio e necessita de temperaturas adequadas durante 90 dias da germinação até a colheita. Temperaturas frias durante o desenvolvimento dos pequenos repolhos são importantes para sua qualidade e forma compacta. Para cultivos de verão recomenda-se procurar variedades resistentes ao calor, já que os pequenos repolhos que amadurecem em condições de altas temperaturas e umidade estão mais suscetíveis à doenças. Para o manejo de pragas e doenças da couve-de-bruxelas, recomenda-se seguir as orientações mencionadas no cultivo da couve (espécie da mesma família botânica e, por isso, possui pragas e doenças comuns), na matéria postada em 14/08/2012 neste blog (Cultivo orgânico de hortaliças-folhosas - Parte II). É importante lembrar que a rotação e consorciação de culturas, são práticas que devem ser realizadas antes e depois do plantio das brássicas, 
Colheita: deve ser realizada quando os pequenos repolhos apresentarem o tamanho adequado e consistência levemente firme, antes deles sepois ajudar a reduzir as pragas e doenças, além de outros benefícios. A rotação de culturas consiste em plantar um cultivo de uma espécie da família das brássicas e, depois de colher, plantar uma outra planta que não seja desta família como exemplo milho, tomate, cenoura, mucuna, crotalária, aveia e outras. Em outras palavras, não devemos plantar culturas sucessivas de repolho, couve, couve-de-bruxelas, brócolis ou substituir uma lavoura de repolho por couve-flor, brócolis ou couve-de-bruxelas e, assim por diante. Os primeiros repolhos próximos à base da planta ficam prontos para colheita, em torno de 3 meses após o transplante. Retiram-se as folhas abaixo dos repolhos maduros e, em seguida, é efetuada a colheita girando-se os repolhos até descolarem do caule. Os repolhos são colhidos à medida que amadurecem, usualmente a cada duas semanas de intervalo. A colheita se estende pelo período em que novos repolhos são formados e vão amadurecendo. A conservação dos repolhos é realizada em câmaras frias a uma temperatura de 0,0 °C a 1,2 °C e umidade relativa de 90% a 95%.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Dossiê ABRASCO – Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde : Parte I – Agrotóxicos, Segurança Alimentar e Saúde

Dossiê ABRASCO – Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde : Parte I – Agrotóxicos, Segurança Alimentar e Saúde
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