quinta-feira, 18 de dezembro de 2014






 Especialmente no verão é muito comum termos problemas com mosquitos e borrachudos. No mercado são encontrados vários produtos químicos que podem resolver ou amenizar o problema, mas por outro lado, tem riscos para a saúde das pessoas e para o meio ambiente.
A revista Agropecuária Catarinense (v.24, n.2, jul./2011) nos mostra uma solução ecológica que resolve o problema dos mosquitos e borrachudos e, o mais importante, sem agredir o meio ambiente. O incômodo provocado pelos mosquitos e borrachudos pode ser resolvido de forma simples e com soluções caseiras, aproveitando as propriedades da citronela, uma planta aromática (gramínea perene) originária do sudoeste da Ásia e bastante comum em Santa Catarina. As folhas fornecem um óleo essencial utilizado na fabricação de repelentes, aromatizadores de ambientes, detergentes, perfumes, sabonetes, cremes e outros cosméticos. A planta, além de repelir mosquitos e borrachudos, também repele traças e formigas. Alguns pesquisadores afirmam que o óleo de citronela afasta também besouros, baratas e fungos. O óleo essencial tem efeito repelente sobre o Aedes aegypti (transmissor da dengue) e também sobre mosquitos como o Anopheles dirus e o Culex quinquefasciatus. Essa ação se deve a substâncias como o citronelal, o geraniol e o limineno, presentes no óleo. A detecção da citronela é ativada pelas proteínas dos poros do inseto conhecida como canais de receptores transientes de potencial. Quando estes receptores moleculares são ativados, enviam mensagens químicas ao cérebro do inseto, resultando em uma reação de aversão.

De que forma podemos utilizar a citronela para espantar os mosquitos e borrachudos?
Há quem pergunte se apenas cultivando a citronela no jardim é possível usufruir do poder repelente da planta. A resposta é sim, mas com uma ressalva: para que o resultado seja positivo, é preciso plantar a citronela no caminho percorrido pelo vento, de forma que leve o aroma até o local de onde desejamos manter os mosquitos afastados. Uma forma de repelir os insetos com bastante eficiência e evitar que eles entrem em casa e ataquem as crianças, é semear a citronela no próprio jardim numa extensão razoável, de maneira que se faça um circulo ao redor de toda a casa, já que o efeito visual conseguido é perfeitamente suportável e o odor das mesmas é muito agradável. Para afastar mosquitos em ambientes fechados, colha duas ou três folhas, corte-as em pequenos pedaços com uma tesoura e coloque-os em pires, distribuindo os recipientes pelos ambientes da casa para espalhar a essência; Trocar diariamente. Uma outra forma de aproveitar o poder repelente da planta é fazer um chá com as folhas da planta e usá-lo para limpar o chão, passar em parapeitos de janelas, etc. Manter uma muda em um vaso dentro de casa e, sempre que quiser, cortar um pedaço de uma das folhas para que a essência se espalhe mais, é mais uma forma de repelir os mosquitos em ambientes fechados. Para evitar picadas de mosquitos, amasse e esfregue uma folha de citronela nos braços e nas pernas. As folhas  também podem ser queimadas em incensórios domésticos ou utilizadas em difusores elétricos. Uma outra maneira de aproveitar o poder repelente da citronela  é através da maceração(picar ou amassar) de 200g de folhas secas e rasuradas em 1 litro de álcool com concentração de 70% durante 10 dias em um frasco tampado e escuro; a cada dois dias, agite a mistura. Após a maceração, passe o líquido por um filtro de papel ou pano limpo e o acondicione em um recipiente hermético. O produto, que tem validade de 2 anos, pode ser usado em pulverizadores domésticos, velas aromáticas, tochas para pescaria, difusores, cremes dermatológicos e sachês.
Obs.: Não confundir a citronela (Cymbopogon winterianus e Cymbopogon nardus) com o capim-limão (Cymbopogon citratus). Pelo nome científico, já deu para perceber que ambas as plantas pertencem ao mesmo gênero. Embora a aparência seja realmente muito próxima, dá para diferenciá-las pelo aroma: o capim-limão apresenta um cheiro mais suave, que lembra o limão; enquanto o aroma da citronela é bem intenso.

Conhecendo melhor a citronela/Cultivo
Fonte: www.plantasquecuram.com.br/ervas/citronela.html
Parente do capim-limão, a citronela cresce espontaneamente em clareiras, à beira de rios e em locais úmidos. Em Santa Catarina, é encontrada em várias propriedades rurais e pode ser cultivada no Litoral, no Vale do Itajaí e no Extremo Oeste, mas não resiste à geadas. A espécie raramente floresce no Estado e, mesmo assim, as sementes não são férteis, por isso a multiplicação deve ser feita a partir da divisão de touceiras.
A espécie é eficiente para evitar a erosão e pode ser plantada em encostas, barrancos, valas de drenagem, margens de rios e lagoas e em áreas ciliares.
Descrição : É uma erva perene, da família das gramíneas,  cespitosa, de 0,80-1,20 m de altura. Os colmos são eretos, lisos, semilenhosos, maciços, de cor verde-clara e internós longos sobre um rizoma curto amarelo-escuro, com inúmeras raízes fortes, fibrosas e longas. As folhas são planas, inteiras, estreitas, longas, de 0,5-1 m de altura, com margens ásperas, ápice agudo, face superior verde-escura-brilhante e inferior verde-oliva-grisácea. Apresentam aspecto curvo, sendo intensamente aromáticas, lembrando o eucalipto citriodora. A inflorescência é em panícula, formada por racemos curtos e geminados. A citronela dá sementes atrofiadas, embora floresça abundantemente na primavera.
Variedades: Não existem seleções de variedades de citronela, e as referidas como variedades são, na verdade, outras espécies.
Clima: É planta de clima tropical ou subtropical. Não suporta frio, e as geadas causam a morte das plantas. No seu período de crescimento, é exigente em chuvas, mas próximo à colheita o excesso de precipitação afeta o teor e a qualidade do óleo. É cultura exigente em luz (intensidade luminosa e horas de luz) e em calor.
Solos: Areno-argiloso a francos, porosos e férteis (em matéria orgânica e em nutrientes), bem drenados e com boa exposição.
Plantio: É feito por meio da divisão das touceiras que, com a redução das folhas e das raízes, constituirão as mudas. É realizado no início do outono (março-abril) ou na entrada da primavera (setembro). Devem-se evitar períodos de frio e calor intenso. Os espaçamentos serão de 0,80 a 1 m por 0,40 a 0,50 m, aumentados para mais ou para menos, de acordo com a fertilidade do solo. Recomenda-se efetuar o plantio em dias sombrios ou chuvosos, não deixando secar as raízes das mudas, e fazer uma boa irrigação em seguida.
Tratos culturais: Constarão de replantes das falhas, de capinas, irrigações e adubações de cobertura.
Pragas e doenças: Não se conhecem pragas e doenças incidentes sobre esta cultura. Alguns sintomas que se assemelham aos de doenças fúngicas, em geral, se revelam como carência de nitrogênio, potássio, ferro, etc.
Colheita: É feita a partir do segundo ano, em cortes a 5 cm acima do solo. Normalmente, é possível um segundo – e mesmo um terceiro – corte a 5 cm acima do solo, em cultivos bem conduzidos. Produções de 80-100 L de óleo /ha são comuns no Estado.
Duração da cultura: mesmo que as plantas possam durar 8 anos ou mais, convém substituir o cultivo a cada 4 anos de produção (no 5º ano).
Operações pós-colheita: a colheita deve ser levada imediatamente para a destilação, para que não ocorram perdas de óleo essencial. Mercado: embora outros países antes não-produtores tenham entrado no mercado mundial e seu preço oscilado, com frequentes baixas, a demanda ainda tem sido elevada, e os preços conseguidos permitem ainda o cultivo desta planta em escala econômica.

Indicação : Como planta aromática para fins de perfumaria. Para afugentar insetos do lar e de grãos armazenados. Como desinfetante do lar e bactericida laboratorial. Como matéria-prima para a síntese de outros aromas. As principais indicações terapêuticas da citronela são: nervosismo, ansiedade e agitação. Propriedades:  calmante, bactericida, carminativa e repelente. As partes utilizadas são: folhas e colmos.

Principios Ativo : Óleo essencial.
Aromaterapia : Repelente e refrescante.

As principais indicações terapêuticas da citronela são: nervosismo, ansiedade e agitação. Propriedades:  calmante, bactericida, carminativa e repelente. As partes utilizadas são: folhas e colmos.


Produtos no mercado que utilizam o óleo de citronela
A citronela é uma planta aromática que ficou bem conhecida por fornecer matéria-prima (óleo essencial) para a fabricação de repelentes contra mosquitos e borrachudos.
É encontrado mais facilmente no mercado sob a forma de velas que podem decorativas e ao mesmo tempo aromatizantes, usadas tanto internamente ou na parte externa das casas. Apesar de afugentar os insetos, a planta exala um odor bastante agradável e, por isso, é usada ainda na indústria de perfumaria. Entretanto, esse odor é capaz de afugentar para bem longe os insetos, funcionando assim como um repelente ecologicamente correto, sem provocar qualquer tipo de reação toxica nos humanos e nem trazendo malefícios ao meio ambiente. 
No mercado, podemos encontrar vários produtos fabricados com óleo de citronela, entre eles:
* velas utilizadas como repelentes de insetos;
* loções e óleos repelentes, utilizados principalmente no verão, em regiões litorâneas, onde há grande incidência de mosquitos e borrachudos.
O método industrial de extração do óleo essencial da citronela é conhecido como "arrasto de vapor". As folhas são colocadas em um recipiente e passam a receber vapor d'água constantemente. A água é aquecida em uma caldeira. Ao passar pelas folhas da citronela, o vapor leva junto o óleo essencial, separado da água, em seguida, por condensação.
Já a extração caseira do óleo essencial da citronela não é muito simples. Segundo informações da Seção de Plantas Aromáticas do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), pode-se colocar as folhas com um pouco de água num panela de pressão: o vapor que sair de lá também vai conter óleo essencial. O problema é recolher este vapor, para daí extrair o óleo. Uma outra dica é que o óleo essencial da citronela é também solúvel em álcool. Assim, se misturarmos as folhas ao álcool, naturalmente o óleo essencial vai ser liberado. Aqui o problema é o seguinte: outras substâncias presentes na folha, como clorofila e pigmentos, também são solúveis em álcool e, neste caso, não teríamos o óleo puro como se obtém por meio do vapor d'água.
Vale destacar mais um detalhe importante: as folhas de citronela possuem uma concentração mínima de óleo essencial, em torno de 0,5% a 0,6%. Para cada 100 quilos de folhas, extraem-se no máximo 600 gramas de óleo. Ou seja, tentar extrair pequenas quantidades não é nada viável. 


COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
 Características do óleo essencial de capim-citronela em função de espaçamento, altura e época de corte
Cláudia A MarcoI; Renato InneccoII; Sérgio H MattosII; Neiliane SS BorgesII; Eduardo O NagaoIII
IUFC, Campus Cariri, Rua Coronel Antônio Luis, 1161, 63105-190 Crato-CE
IIUFC, Depto. Fitotecnia, C. Postal 12.168, Fortaleza-CE
IIIUFAM, Campus Universitário, Av. Gen. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, 69077-000 Manaus-AM; clmarko@ufc.br

Fonte: Horticultura Brasileira, vol.25 no.3 Brasília July/Sept. 2007


RESUMO
A importância do capim-citronela (Cymbopogon winterianum Jowitt.) tem crescido nos últimos anos no mercado de produtos naturais, devido à grande procura pelo seu óleo essencial. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a influência do espaçamento (50 x 50; 50 x 80 e 80 x 80 cm), altura (15 e 30 cm do solo) e época de corte (quatro, seis e oito meses após o plantio) na produção e qualidade do óleo essencial de capim-citronela. Desenvolveu-se um ensaio na Fazenda Experimental Vale do Curu (FEVC), pertencente ao Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal do Ceará, em Pentecoste – CE, no período de setembro de 2002 a setembro de 2003. Os tratamentos foram arranjados como fatorial 3 x 3 x 2, dispostos em blocos casualizados, com três repetições. Plantas colhidas quatro meses após o plantio apresentaram significativamente maior produção de óleo essencial se cortadas a 30 cm de altura. Já plantas colhidas seis meses após o plantio apresentaram maior produção de óleo essencial se cortadas a 15 cm de altura. Para plantas colhidas oito meses após o plantio, a altura de corte não interferiu na produção de óleo essencial. Para espaçamentos mais largos (80 x 80 cm), a produção de óleo essencial foi significativamente mais alta para plantas cortadas a 15 cm, acontecendo o inverso no espaçamento menor (50 x 50 cm). Quando foram avaliados os constituintes citronelol + citronelal observou-se que seus teores foram significativamente mais elevados em plantas cultivadas no espaçamento intermediário, colhidas após os seis meses e a 30 cm de altura. Já o teor de geraniol foi superior em plantas colhidas quatro meses após o plantio, porém não houve influência do espaçamento e altura de corte sobre o seu teor.

Para maiores informações sobre a pesquisa, sugerimos ver o trabalho completo no seguinte endereço: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362007000300020

 


Ferreira On 12/18/2014 03:55:00 PM Comentarios LEIA MAIS

sábado, 15 de novembro de 2014



Reportagem publicada em “VIDA RURAL” na Revista Agropecuária catarinense, Florianópolis, v.27, n.2, jul. 2013



Receber alimentos frescos e orgânicos entregues em casa todas as semanas, comprados a preços justos, é o sonho de muitas famílias pelo mundo afora. Em Florianópolis esse sonho se tornou realidade graças ao empenho de um engenheiro-agrônomo que estava decidido a viver exclusivamente do que plantava e colhia na sua propriedade de 11 hectares.




Pedro Faria Gonçalves trabalha com agroecologia há mais de dez anos. Há quatro optou por tornar a propriedade de sua família, o Sítio Flor de Ouro, viável economicamente. Hoje ele entrega produtos orgânicos diretamente ao consumidor, disseminando conceitos de uma agricultura desenvolvida em harmonia com a natureza e de consumo consciente.
Dos 11ha do sítio Flor de Ouro, um é reservado para o cultivo. Nesse espaço ele produz no sistema orgânico hortaliças, chás, temperos, legumes, frutas e raízes. Seu diferencial está no modo como resolveu abordar o mercado, eliminando intermediários e mantendo uma relação estreita com o consumidor. Seus produtos são entregues, semanalmente, em 30 residências de Florianópolis, em cestas com conteúdos variados.
O projeto das cestas nasceu há um ano e meio. Nessa época, Pedro começou a entregar semanalmente na casa de amigos cestas de produtos orgânicos colhidos em seu sítio. Graças à divulgação boca a boca, ele hoje já conta com lista de espera de clientes e projeta entregar 50 cestas por semana até o final de 2014.
A cada semana Pedro coloca nas cestas o que há de disponível no sítio Flor de Ouro. A entrega pode conter surpresas para os clientes. Além das folhas clássicas (alface, rúcula, etc.), a cesta pode contar com outras não convencionais, como o caruru, ou amaranto-da-américa-do--sul, a bertalha, ou espinafre-indiano, e a beldroega. São todas plantas espontâneas, que nascem sem cultivo, como mato. 



Atualmente Pedro maneja cerca de 100 plantas, o que lhe permite variar o conteúdo das cestas, planejar o plantio sem risco de grandes perdas e, ainda, o que ele considera mais interessante, oferecer condições para o consumidor diversificar seu cardápio, descobrindo novos sabores. As cestas trazem folhetos que nomeiam os produtos não convencionais, bem como indicam as formas mais adequadas de preparo.



Logística

A logística de entrega também permite a Pedro manter uma relação estreita com quem compra seus produtos. Assim, ele pode informá-los pessoalmente da sazonalidade da produção, a estética de alguns produtos e as plantas não convencionais que disponibiliza. Agindo assim, ele acredita que estabelece uma relação de confiança e forma consumidores mais conscientes.
A proposta de cestas entregues diretamente nas casas também elimina intermediários, o que permite a Pedro vender produtos orgânicos de qualidade a preços mais acessíveis.
Cada cesta semanal custa em torno de R$35,00. Quando ampliar o número de entregas, ele pretende criar uma mensalidade. Dessa forma, conquistará maior comprometimento por parte do cliente e ainda tornará mais fácil o planejamento econômico da sua produção.
Os produtos são colhidos às terças-feiras, armazenados em câmaras frias ou mantidos de molho, o que garante que cheguem fresquinhos ao consumidor. Na quarta de madrugada começa a montagem das cestas, que serão entregues durante o dia. Algumas são entregues em domicílio e outras deixadas em pontos de distribuição, que são casas onde os vizinhos vão buscar suas encomendas. Há também casos específicos em que Pedro tem as chaves das casas e deixa os produtos já armazenados na geladeira. “Mas a ideia principal não é oferecer conforto ao consumidor, e sim consciência do que ele está colocando em sua mesa”, explica. Tudo é entregue num Fiorino que ele comprou com financiamento do Pronaf.
Agora que o negócio está consolidado, Pedro enfrenta novos desafios. Ele busca a autonomia da sua propriedade, com produção de sementes, mudas e esterco, entre outros. Para tanto, vem investindo em irrigação, em galinhas caipiras, viveiros, compostagem e mão de obra. “Mas o maior investimento é na saúde do solo”, pondera.
O sítio Flor de Ouro desempenha outra função importante na natureza.
Ao longo dos últimos anos Pedro vem se empenhando na conservação de sementes crioulas, como o milho ancestral guarani, chamado de Avati, que tem uma surpreendente cor azul. 


Início em 1980
Apesar de ser pioneira em Florianópolis, a proposta de estabelecer uma relação direta entre produtor agrícola e consumidor já é praticada há décadas em várias partes do mundo. O movimento, conhecido como community-sup-ported agriculture (CSA), ou agricultura apoiada pela comunidade, teve início em 1980, nos Estados Unidos. Membros dessas comunidades pagam antecipadamente safras a agricultores e, uma vez que a colheita começa, eles recebem cotas semanais de legumes e frutas.
Pedro recebe grupos de visitantes para difundir sua ideia. São agricultores e estudantes, do nível fundamental até o universitário, que visitam regularmente sua propriedade para conhecer seu sistema de produção e distribuição. Ele repassa sem temor seu conhecimento, na expectativa de que sua experiência exitosa seja amplamente reproduzida.
Para agendar visitas ou ter mais informações sobre a distribuição de cestas de produtos orgânicos, basta entrar em contato: www.flordeouro.com, contato@flordeouro.com, ou facebook.com/sitio.flordeouro. 



Ferreira On 11/15/2014 12:23:00 PM Comentarios LEIA MAIS

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

SOLUÇÃO ECOLÓGICA PARA O PROBLEMA DOS MOSQUITOS E BORRACHUDOS






 Especialmente no verão é muito comum termos problemas com mosquitos e borrachudos. No mercado são encontrados vários produtos químicos que podem resolver ou amenizar o problema, mas por outro lado, tem riscos para a saúde das pessoas e para o meio ambiente.
A revista Agropecuária Catarinense (v.24, n.2, jul./2011) nos mostra uma solução ecológica que resolve o problema dos mosquitos e borrachudos e, o mais importante, sem agredir o meio ambiente. O incômodo provocado pelos mosquitos e borrachudos pode ser resolvido de forma simples e com soluções caseiras, aproveitando as propriedades da citronela, uma planta aromática (gramínea perene) originária do sudoeste da Ásia e bastante comum em Santa Catarina. As folhas fornecem um óleo essencial utilizado na fabricação de repelentes, aromatizadores de ambientes, detergentes, perfumes, sabonetes, cremes e outros cosméticos. A planta, além de repelir mosquitos e borrachudos, também repele traças e formigas. Alguns pesquisadores afirmam que o óleo de citronela afasta também besouros, baratas e fungos. O óleo essencial tem efeito repelente sobre o Aedes aegypti (transmissor da dengue) e também sobre mosquitos como o Anopheles dirus e o Culex quinquefasciatus. Essa ação se deve a substâncias como o citronelal, o geraniol e o limineno, presentes no óleo. A detecção da citronela é ativada pelas proteínas dos poros do inseto conhecida como canais de receptores transientes de potencial. Quando estes receptores moleculares são ativados, enviam mensagens químicas ao cérebro do inseto, resultando em uma reação de aversão.

De que forma podemos utilizar a citronela para espantar os mosquitos e borrachudos?
Há quem pergunte se apenas cultivando a citronela no jardim é possível usufruir do poder repelente da planta. A resposta é sim, mas com uma ressalva: para que o resultado seja positivo, é preciso plantar a citronela no caminho percorrido pelo vento, de forma que leve o aroma até o local de onde desejamos manter os mosquitos afastados. Uma forma de repelir os insetos com bastante eficiência e evitar que eles entrem em casa e ataquem as crianças, é semear a citronela no próprio jardim numa extensão razoável, de maneira que se faça um circulo ao redor de toda a casa, já que o efeito visual conseguido é perfeitamente suportável e o odor das mesmas é muito agradável. Para afastar mosquitos em ambientes fechados, colha duas ou três folhas, corte-as em pequenos pedaços com uma tesoura e coloque-os em pires, distribuindo os recipientes pelos ambientes da casa para espalhar a essência; Trocar diariamente. Uma outra forma de aproveitar o poder repelente da planta é fazer um chá com as folhas da planta e usá-lo para limpar o chão, passar em parapeitos de janelas, etc. Manter uma muda em um vaso dentro de casa e, sempre que quiser, cortar um pedaço de uma das folhas para que a essência se espalhe mais, é mais uma forma de repelir os mosquitos em ambientes fechados. Para evitar picadas de mosquitos, amasse e esfregue uma folha de citronela nos braços e nas pernas. As folhas  também podem ser queimadas em incensórios domésticos ou utilizadas em difusores elétricos. Uma outra maneira de aproveitar o poder repelente da citronela  é através da maceração(picar ou amassar) de 200g de folhas secas e rasuradas em 1 litro de álcool com concentração de 70% durante 10 dias em um frasco tampado e escuro; a cada dois dias, agite a mistura. Após a maceração, passe o líquido por um filtro de papel ou pano limpo e o acondicione em um recipiente hermético. O produto, que tem validade de 2 anos, pode ser usado em pulverizadores domésticos, velas aromáticas, tochas para pescaria, difusores, cremes dermatológicos e sachês.
Obs.: Não confundir a citronela (Cymbopogon winterianus e Cymbopogon nardus) com o capim-limão (Cymbopogon citratus). Pelo nome científico, já deu para perceber que ambas as plantas pertencem ao mesmo gênero. Embora a aparência seja realmente muito próxima, dá para diferenciá-las pelo aroma: o capim-limão apresenta um cheiro mais suave, que lembra o limão; enquanto o aroma da citronela é bem intenso.

Conhecendo melhor a citronela/Cultivo
Fonte: www.plantasquecuram.com.br/ervas/citronela.html
Parente do capim-limão, a citronela cresce espontaneamente em clareiras, à beira de rios e em locais úmidos. Em Santa Catarina, é encontrada em várias propriedades rurais e pode ser cultivada no Litoral, no Vale do Itajaí e no Extremo Oeste, mas não resiste à geadas. A espécie raramente floresce no Estado e, mesmo assim, as sementes não são férteis, por isso a multiplicação deve ser feita a partir da divisão de touceiras.
A espécie é eficiente para evitar a erosão e pode ser plantada em encostas, barrancos, valas de drenagem, margens de rios e lagoas e em áreas ciliares.
Descrição : É uma erva perene, da família das gramíneas,  cespitosa, de 0,80-1,20 m de altura. Os colmos são eretos, lisos, semilenhosos, maciços, de cor verde-clara e internós longos sobre um rizoma curto amarelo-escuro, com inúmeras raízes fortes, fibrosas e longas. As folhas são planas, inteiras, estreitas, longas, de 0,5-1 m de altura, com margens ásperas, ápice agudo, face superior verde-escura-brilhante e inferior verde-oliva-grisácea. Apresentam aspecto curvo, sendo intensamente aromáticas, lembrando o eucalipto citriodora. A inflorescência é em panícula, formada por racemos curtos e geminados. A citronela dá sementes atrofiadas, embora floresça abundantemente na primavera.
Variedades: Não existem seleções de variedades de citronela, e as referidas como variedades são, na verdade, outras espécies.
Clima: É planta de clima tropical ou subtropical. Não suporta frio, e as geadas causam a morte das plantas. No seu período de crescimento, é exigente em chuvas, mas próximo à colheita o excesso de precipitação afeta o teor e a qualidade do óleo. É cultura exigente em luz (intensidade luminosa e horas de luz) e em calor.
Solos: Areno-argiloso a francos, porosos e férteis (em matéria orgânica e em nutrientes), bem drenados e com boa exposição.
Plantio: É feito por meio da divisão das touceiras que, com a redução das folhas e das raízes, constituirão as mudas. É realizado no início do outono (março-abril) ou na entrada da primavera (setembro). Devem-se evitar períodos de frio e calor intenso. Os espaçamentos serão de 0,80 a 1 m por 0,40 a 0,50 m, aumentados para mais ou para menos, de acordo com a fertilidade do solo. Recomenda-se efetuar o plantio em dias sombrios ou chuvosos, não deixando secar as raízes das mudas, e fazer uma boa irrigação em seguida.
Tratos culturais: Constarão de replantes das falhas, de capinas, irrigações e adubações de cobertura.
Pragas e doenças: Não se conhecem pragas e doenças incidentes sobre esta cultura. Alguns sintomas que se assemelham aos de doenças fúngicas, em geral, se revelam como carência de nitrogênio, potássio, ferro, etc.
Colheita: É feita a partir do segundo ano, em cortes a 5 cm acima do solo. Normalmente, é possível um segundo – e mesmo um terceiro – corte a 5 cm acima do solo, em cultivos bem conduzidos. Produções de 80-100 L de óleo /ha são comuns no Estado.
Duração da cultura: mesmo que as plantas possam durar 8 anos ou mais, convém substituir o cultivo a cada 4 anos de produção (no 5º ano).
Operações pós-colheita: a colheita deve ser levada imediatamente para a destilação, para que não ocorram perdas de óleo essencial. Mercado: embora outros países antes não-produtores tenham entrado no mercado mundial e seu preço oscilado, com frequentes baixas, a demanda ainda tem sido elevada, e os preços conseguidos permitem ainda o cultivo desta planta em escala econômica.

Indicação : Como planta aromática para fins de perfumaria. Para afugentar insetos do lar e de grãos armazenados. Como desinfetante do lar e bactericida laboratorial. Como matéria-prima para a síntese de outros aromas. As principais indicações terapêuticas da citronela são: nervosismo, ansiedade e agitação. Propriedades:  calmante, bactericida, carminativa e repelente. As partes utilizadas são: folhas e colmos.

Principios Ativo : Óleo essencial.
Aromaterapia : Repelente e refrescante.

As principais indicações terapêuticas da citronela são: nervosismo, ansiedade e agitação. Propriedades:  calmante, bactericida, carminativa e repelente. As partes utilizadas são: folhas e colmos.


Produtos no mercado que utilizam o óleo de citronela
A citronela é uma planta aromática que ficou bem conhecida por fornecer matéria-prima (óleo essencial) para a fabricação de repelentes contra mosquitos e borrachudos.
É encontrado mais facilmente no mercado sob a forma de velas que podem decorativas e ao mesmo tempo aromatizantes, usadas tanto internamente ou na parte externa das casas. Apesar de afugentar os insetos, a planta exala um odor bastante agradável e, por isso, é usada ainda na indústria de perfumaria. Entretanto, esse odor é capaz de afugentar para bem longe os insetos, funcionando assim como um repelente ecologicamente correto, sem provocar qualquer tipo de reação toxica nos humanos e nem trazendo malefícios ao meio ambiente. 
No mercado, podemos encontrar vários produtos fabricados com óleo de citronela, entre eles:
* velas utilizadas como repelentes de insetos;
* loções e óleos repelentes, utilizados principalmente no verão, em regiões litorâneas, onde há grande incidência de mosquitos e borrachudos.
O método industrial de extração do óleo essencial da citronela é conhecido como "arrasto de vapor". As folhas são colocadas em um recipiente e passam a receber vapor d'água constantemente. A água é aquecida em uma caldeira. Ao passar pelas folhas da citronela, o vapor leva junto o óleo essencial, separado da água, em seguida, por condensação.
Já a extração caseira do óleo essencial da citronela não é muito simples. Segundo informações da Seção de Plantas Aromáticas do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), pode-se colocar as folhas com um pouco de água num panela de pressão: o vapor que sair de lá também vai conter óleo essencial. O problema é recolher este vapor, para daí extrair o óleo. Uma outra dica é que o óleo essencial da citronela é também solúvel em álcool. Assim, se misturarmos as folhas ao álcool, naturalmente o óleo essencial vai ser liberado. Aqui o problema é o seguinte: outras substâncias presentes na folha, como clorofila e pigmentos, também são solúveis em álcool e, neste caso, não teríamos o óleo puro como se obtém por meio do vapor d'água.
Vale destacar mais um detalhe importante: as folhas de citronela possuem uma concentração mínima de óleo essencial, em torno de 0,5% a 0,6%. Para cada 100 quilos de folhas, extraem-se no máximo 600 gramas de óleo. Ou seja, tentar extrair pequenas quantidades não é nada viável. 


COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
 Características do óleo essencial de capim-citronela em função de espaçamento, altura e época de corte
Cláudia A MarcoI; Renato InneccoII; Sérgio H MattosII; Neiliane SS BorgesII; Eduardo O NagaoIII
IUFC, Campus Cariri, Rua Coronel Antônio Luis, 1161, 63105-190 Crato-CE
IIUFC, Depto. Fitotecnia, C. Postal 12.168, Fortaleza-CE
IIIUFAM, Campus Universitário, Av. Gen. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, 69077-000 Manaus-AM; clmarko@ufc.br

Fonte: Horticultura Brasileira, vol.25 no.3 Brasília July/Sept. 2007


RESUMO
A importância do capim-citronela (Cymbopogon winterianum Jowitt.) tem crescido nos últimos anos no mercado de produtos naturais, devido à grande procura pelo seu óleo essencial. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a influência do espaçamento (50 x 50; 50 x 80 e 80 x 80 cm), altura (15 e 30 cm do solo) e época de corte (quatro, seis e oito meses após o plantio) na produção e qualidade do óleo essencial de capim-citronela. Desenvolveu-se um ensaio na Fazenda Experimental Vale do Curu (FEVC), pertencente ao Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal do Ceará, em Pentecoste – CE, no período de setembro de 2002 a setembro de 2003. Os tratamentos foram arranjados como fatorial 3 x 3 x 2, dispostos em blocos casualizados, com três repetições. Plantas colhidas quatro meses após o plantio apresentaram significativamente maior produção de óleo essencial se cortadas a 30 cm de altura. Já plantas colhidas seis meses após o plantio apresentaram maior produção de óleo essencial se cortadas a 15 cm de altura. Para plantas colhidas oito meses após o plantio, a altura de corte não interferiu na produção de óleo essencial. Para espaçamentos mais largos (80 x 80 cm), a produção de óleo essencial foi significativamente mais alta para plantas cortadas a 15 cm, acontecendo o inverso no espaçamento menor (50 x 50 cm). Quando foram avaliados os constituintes citronelol + citronelal observou-se que seus teores foram significativamente mais elevados em plantas cultivadas no espaçamento intermediário, colhidas após os seis meses e a 30 cm de altura. Já o teor de geraniol foi superior em plantas colhidas quatro meses após o plantio, porém não houve influência do espaçamento e altura de corte sobre o seu teor.

Para maiores informações sobre a pesquisa, sugerimos ver o trabalho completo no seguinte endereço: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362007000300020

 


sábado, 15 de novembro de 2014

Saúde em cestas, na casa do consumidor



Reportagem publicada em “VIDA RURAL” na Revista Agropecuária catarinense, Florianópolis, v.27, n.2, jul. 2013



Receber alimentos frescos e orgânicos entregues em casa todas as semanas, comprados a preços justos, é o sonho de muitas famílias pelo mundo afora. Em Florianópolis esse sonho se tornou realidade graças ao empenho de um engenheiro-agrônomo que estava decidido a viver exclusivamente do que plantava e colhia na sua propriedade de 11 hectares.




Pedro Faria Gonçalves trabalha com agroecologia há mais de dez anos. Há quatro optou por tornar a propriedade de sua família, o Sítio Flor de Ouro, viável economicamente. Hoje ele entrega produtos orgânicos diretamente ao consumidor, disseminando conceitos de uma agricultura desenvolvida em harmonia com a natureza e de consumo consciente.
Dos 11ha do sítio Flor de Ouro, um é reservado para o cultivo. Nesse espaço ele produz no sistema orgânico hortaliças, chás, temperos, legumes, frutas e raízes. Seu diferencial está no modo como resolveu abordar o mercado, eliminando intermediários e mantendo uma relação estreita com o consumidor. Seus produtos são entregues, semanalmente, em 30 residências de Florianópolis, em cestas com conteúdos variados.
O projeto das cestas nasceu há um ano e meio. Nessa época, Pedro começou a entregar semanalmente na casa de amigos cestas de produtos orgânicos colhidos em seu sítio. Graças à divulgação boca a boca, ele hoje já conta com lista de espera de clientes e projeta entregar 50 cestas por semana até o final de 2014.
A cada semana Pedro coloca nas cestas o que há de disponível no sítio Flor de Ouro. A entrega pode conter surpresas para os clientes. Além das folhas clássicas (alface, rúcula, etc.), a cesta pode contar com outras não convencionais, como o caruru, ou amaranto-da-américa-do--sul, a bertalha, ou espinafre-indiano, e a beldroega. São todas plantas espontâneas, que nascem sem cultivo, como mato. 



Atualmente Pedro maneja cerca de 100 plantas, o que lhe permite variar o conteúdo das cestas, planejar o plantio sem risco de grandes perdas e, ainda, o que ele considera mais interessante, oferecer condições para o consumidor diversificar seu cardápio, descobrindo novos sabores. As cestas trazem folhetos que nomeiam os produtos não convencionais, bem como indicam as formas mais adequadas de preparo.



Logística

A logística de entrega também permite a Pedro manter uma relação estreita com quem compra seus produtos. Assim, ele pode informá-los pessoalmente da sazonalidade da produção, a estética de alguns produtos e as plantas não convencionais que disponibiliza. Agindo assim, ele acredita que estabelece uma relação de confiança e forma consumidores mais conscientes.
A proposta de cestas entregues diretamente nas casas também elimina intermediários, o que permite a Pedro vender produtos orgânicos de qualidade a preços mais acessíveis.
Cada cesta semanal custa em torno de R$35,00. Quando ampliar o número de entregas, ele pretende criar uma mensalidade. Dessa forma, conquistará maior comprometimento por parte do cliente e ainda tornará mais fácil o planejamento econômico da sua produção.
Os produtos são colhidos às terças-feiras, armazenados em câmaras frias ou mantidos de molho, o que garante que cheguem fresquinhos ao consumidor. Na quarta de madrugada começa a montagem das cestas, que serão entregues durante o dia. Algumas são entregues em domicílio e outras deixadas em pontos de distribuição, que são casas onde os vizinhos vão buscar suas encomendas. Há também casos específicos em que Pedro tem as chaves das casas e deixa os produtos já armazenados na geladeira. “Mas a ideia principal não é oferecer conforto ao consumidor, e sim consciência do que ele está colocando em sua mesa”, explica. Tudo é entregue num Fiorino que ele comprou com financiamento do Pronaf.
Agora que o negócio está consolidado, Pedro enfrenta novos desafios. Ele busca a autonomia da sua propriedade, com produção de sementes, mudas e esterco, entre outros. Para tanto, vem investindo em irrigação, em galinhas caipiras, viveiros, compostagem e mão de obra. “Mas o maior investimento é na saúde do solo”, pondera.
O sítio Flor de Ouro desempenha outra função importante na natureza.
Ao longo dos últimos anos Pedro vem se empenhando na conservação de sementes crioulas, como o milho ancestral guarani, chamado de Avati, que tem uma surpreendente cor azul. 


Início em 1980
Apesar de ser pioneira em Florianópolis, a proposta de estabelecer uma relação direta entre produtor agrícola e consumidor já é praticada há décadas em várias partes do mundo. O movimento, conhecido como community-sup-ported agriculture (CSA), ou agricultura apoiada pela comunidade, teve início em 1980, nos Estados Unidos. Membros dessas comunidades pagam antecipadamente safras a agricultores e, uma vez que a colheita começa, eles recebem cotas semanais de legumes e frutas.
Pedro recebe grupos de visitantes para difundir sua ideia. São agricultores e estudantes, do nível fundamental até o universitário, que visitam regularmente sua propriedade para conhecer seu sistema de produção e distribuição. Ele repassa sem temor seu conhecimento, na expectativa de que sua experiência exitosa seja amplamente reproduzida.
Para agendar visitas ou ter mais informações sobre a distribuição de cestas de produtos orgânicos, basta entrar em contato: www.flordeouro.com, contato@flordeouro.com, ou facebook.com/sitio.flordeouro. 



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