quinta-feira, 21 de março de 2013




Em 21 de Março de 1972 foi oficialmente comemorado o primeiro “Dia Mundial da Floresta”. Desde aquela época, portanto, o dia serve para mobilizar as populações sobre a importância de se manter as florestas em seus estados naturais, conservando-as para garantir a manutenção da vida na Terra. 

Em 1971, atendendo a uma solicitação da Confederação Europeia de Agricultores, a FAO (Food and Agriculture Organization) estabeleceu o “Dia Mundial da Floresta”; a escolha da data se justifica pelo início da primavera no hemisfério norte, mas também por um acontecimento especial no estado de Nebraska, nos Estados Unidos. Foi lá que o jornalista e agricultor Julius Sterling Morton mobilizou a população local para dedicarem um dia em homenagem à árvore e, cada pessoa foi instruída a plantar uma muda para diminuir a escassez de algumas espécies. 

O que é uma floresta?

Podemos considerar floresta (Figura 1) os espaços de “formação vegetal densa e extensa, em que predominam árvores ou espécies lenhosas de grande porte, mata”, onde vivem variadas classes de animais e vegetais. Sinônimos populares para florestas são: mata, mato, bosque, capoeira e selva. Segundo alguns dados, as florestas ocupam cerca de 30% da superfície terrestre. As florestas são vitais para a vida do ser humano, devido a muitos fatores, principalmente de ordem climática. 


Figura 1. Floresta 

As florestas podem ser de formação natural ou artificial: uma floresta de formação natural é o habitat de muitas espécies de animais e plantas e, a sua biomassa por unidade de área é muito superior se comparado com outros biomas (de bios=vida e oma=grupo ou massa), ou seja, um conjunto formado pelo clima, vegetação, hidrografia e relevo de uma determina região. Além disso, a floresta é uma fonte de riquezas para o homem: fornece madeira, resina, celulose, cortiça, frutos, bagas e ainda é abrigo de caça, protege o solo da erosão, acumula substâncias orgânicas, favorece a piscicultura, cria postos de trabalho, fornece materiais para exportação e, o mais importante, melhora a qualidade de vida das pessoas. As florestas plantadas são aquelas implantadas com objetivos específicos e, tanto podem ser formadas por espécies nativas como exóticas. Assim como as culturas agrícolas, o cultivo de florestas passa pelo plantio ou implantação, um período de crescimento onde são necessários tratos culturais e um período de colheita. 


A mais conhecida floresta é a floresta pluvial  Amazônica, maior que alguns países que ocupa áreas de nove países: Brasil, Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Erroneamente é considerada o “Pulmão do Mundo”; não é, pois foi comprovado cientificamente que a floresta Amazônica consome cerca de 65% do oxigênio que produz (fotossíntese) com a respiração e transpiração das plantas. Atualmente aceita-se o conceito de "Ar condicionado do mundo”, devido a intensa evaporação de água da bacia hidrográfica; a corrente de ar e a intensa atividade biológica contribuem para manter a temperatura média do planeta e retardar o efeito estufa. 


A importância da floresta para o meio ambiente
As florestas são os habitats naturais de milhares de espécies, tanto de animais quanto de plantas. Proteger o habitat de uma espécie é, também, protegê-la diretamente. Além disso, as florestas são importantes para fixar o solo; terra repleta de raízes dificilmente desliza, mesmo em caso de chuvas. As florestas são importantes por vários fatores, mas principalmente em relação aos recursos hídricos, pois interceptam a água das chuvas, reduzindo o risco de erosão, aumentam a capacidade de infiltração da água no solo tornando-o mais poroso e, a estabilidade do sistema ou microssistema funcionando como tampão, isto é, liberando ou retendo água. A impermeabilização dos solos causa grandes problemas também na medida que evitam ou impedem a infiltração da água, forçando-a para a calha dos rios, muitas vezes causando enchentes, já que os rios não conseguem absorver um volume tão grande de água num curto espaço de tempo. 

As florestas também são vitais para o ciclo da água (em 22 de março é comemorado o “Dia Mundial da Água”); em uma cobertura florestal intacta, a infiltração da água no solo é quase total e a contaminação dos mananciais, mínima. Protegendo as florestas, teremos água limpa em maior quantidade nos aquíferos. Um aquífero é uma formação ou grupo de formações geológicas que pode armazenar água subterrânea (96% da água doce do planeta); são rochas porosas e permeáveis, capazes de reter água e de cedê-la, abastecendo rios e poços artesianos. O entendimento da relação das florestas implantadas com a água é uma questão muito complexa e deve levar em consideração as múltiplas atividades antrópicas (atividades do homem que interferem no ecossistema terrestre – desmatamentos, exploração de madeiras, queimadas e incêndios) tendo como unidade a microbacia. Além do consumo de água, devemos contabilizar a sua qualidade, o regime de vazão e a saúde do ecossistema aquático. Uma possível diminuição na quantidade de água, deterioração de sua qualidade ou a degradação hidrológica não estão somente nas florestas implantadas, mas numa infinidade de outras atividades antrópicas de práticas de manejo. 


A floresta, quando em equilíbrio, reduz ao mínimo a saída de nutrientes do ecossistema. O solo pode manter o mesmo nível de fertilidade ou até melhorá-lo ao longo do tempo. Uma floresta não perturbada apresenta grande estabilidade, isto é, os nutrientes introduzidos no ecossistema pela chuva e o intemperismo geológico estão em equilíbrio com os nutrientes perdidos por lixiviação para os rios ou lençol freático. 




Benefícios da arborização 

Devido aos cenários de mudanças e fenômenos climáticos, a árvore vem ganhando cada vez mais importância no contexto da preservação e equilíbrio ambiental, pois uma das formas mais eficientes de combater as mudanças climáticas é plantando árvores. As árvores realizam o sequestro de carbono por meio da fotossíntese, ao mesmo tempo em que lançam oxigênio na atmosfera terrestre, colaborando com a diminuição da temperatura e a renovação do ar. As árvores também têm a importante capacidade de captar gás carbônico (CO2) e transformá-lo em oxigênio na sua fotossíntese. 

Os benefícios advindos da arborização urbana promovem a melhoria da qualidade de vida, além do embelezamento da cidade. As cidades distanciam-se cada vez mais da natureza, utilizando materiais como asfalto, ferro, aço, amianto, vidro, piche, entre outros. Estes materiais geralmente são refletores e contribuem para a criação de “ilhas ou bolsões de calor” nas cidades. É um fenômeno climático que ocorre nos centros das grandes cidades devido aos seguintes fatores: Elevada capacidade de absorção de calor de superfícies urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro e de amianto...; Falta de áreas revestidas de vegetação, prejudicando o poder refletor de determinada superfície(quanto maior a vegetação, maior é o poder refletor) e logo levando a uma maior absorção de calor; Impermeabilização dos solos pelo calçamento e desvio da água por bueiros e galerias, o que reduz o processo de evaporação, assim não usando o calor, e sim absorvendo e, a concentração de edifícios, que interfere na circulação dos ventos. 


Os benefícios da arborização depende do clima, tipo de solo, do espaço livre e do porte da árvore para se obter sucesso nas cidades. Além da função paisagística, a arborização proporciona à população proteção contra ventos, diminuição da poluição sonora, absorção de parte dos raios solares, sombreamento, atração e ambientação de pássaros, absorção da poluição atmosférica, neutralizando os seus efeitos na população, valorização da propriedade pela higienização mental, reorientação do vento e pela beleza cênica. A paisagem é o conjunto daquilo que podemos visualizar naquele momento, podendo trazer sensação desagradável ou agradável; já a beleza cênica natural pode ser definida como “o resultado visual e audível harmônico agradável formado pelo conjunto dos fatores naturais de um local ou paisagem”. 

Como conciliar o plantio de árvores, com agricultura?
Até a pouco tempo, o desmatamento praticado pelo homem para aumentar as áreas agricultáveis e pecuária (especialmente cana-de-açúcar, soja e bovinocultura), era prática comum. Entre as consequências deste crime ao meio ambiente, destaca-se a redução drástica da biodiversidade, responsável pelo equilíbrio ecológico. Felizmente, com o código florestal, foi colocado limites, embora ainda longe do ideal, segundo alguns especialistas. Veja como ficou o novo código florestal, recentemente aprovado: http://blogs.ruralbr.com.br/entendaocodigoflorestal/category/entenda-o-novo-codigo-florestal-brasileiro/

A floresta deve ser apreciada como uma atividade agrícola qualquer, que visa à produção de biomassa com intenção de obter algum lucro. Existem algumas florestas que são plantadas pelo homem, isso é uma ótima iniciativa para garantir a produção de determinado tipo de madeira. Normalmente as grandes madeireiras são as responsáveis por esse tipo de plantação, a fim de manter o equilíbrio ecológico. Mas não podemos desconsiderar o tempo necessário para que uma espécie se torne adulta. 


O que é sistema Agro-Florestal (SAF) ? Os sistemas agroflorestais (Figura 2) podem ser definidos como técnicas alternativas de uso da terra, que implicam na combinação de espécies florestais com culturas agrícolas, atividades pecuárias ou ambas, resultantes da prática de estudo de agrosilvicultura. Trata-se de um sistema dinâmico baseado no manejo de recursos naturais, que por meio da integração nas propriedades rurais de árvores, cultivos agrícolas e animais, diversifica e contribui para a sustentabilidade da produção, promovendo o aumento significativo dos benefícios ambientais econômicos e sociais para as propriedades rurais. A agro-floresta recupera antigas técnicas de povos tradicionais de várias partes do mundo, unindo a elas o conhecimento científico acumulado sobre a ecofisiologia das espécies vegetais, e sua interação com a fauna nativa. 




Figura 2. Sistema agroflorestal: floresta x hortaliças 

Mais informações sobre sistemas agroflorestais (SAF) podem ser vistos, acessando a revista: http://www.centroecologico.org.br/revista_download.php?id_re... 


O que é um sistema "Agro-Silvipastoril – SIPAV? É a integração de lavouras, com espécies florestais e pastagens e outros espaços para os animais (Figura 3). Busca a integração harmoniosa ente as pessoas e a paisagem, promovendo alimentação, energia e habitação de forma mais sustentável. 


Figura 3. Sistema Agrosilvopastoril: bovinocultura x floresta 

Vantagens: a primeira delas é o bem estar animal. A sombra das árvores é muito importante para conferir conforto ao gado. Não é incomum observarmos grandes aglomerações de animais sob a copa das árvores nas horas mais quentes do dia. Sabe-se também que o gado leiteiro apresenta queda de 10% a 20% de produção quando falta sombra no pasto. Também é bastante significativo o enriquecimento do solo, pois as árvores possuem raízes bem profundas que conseguem captar água e nutrientes em outras camadas do solo onde o capim não consegue chegar; com a queda de folhas, frutos, parte desses nutrientes se depositam no solo (reciclagem), aumentando a fertilidade e diminuindo a lixiviação (Figura 4 e 5). Esse sistema é o mais integrador, pois consegue conservar os recursos naturais, permitir a infiltração da água, polinização, controle biológico, retenção do solo, preservação da biodiversidade, aumenta a produtividade agrícola e pecuária e fixa o homem no campo o que traz melhoria na qualidade de vida. 






Figura 4. A reciclagem de nutrientes que ocorre em torno de uma árvore melhora a fertilidade do solo. 




Figura 5. Estimativa de Perda Anual de Nutrientes por ha no solo coletado. 



Mais informações sobre os sistemas agro-silvipastoris, acessar o endereço: 
http://redeagroecologia.cnptia.embrapa.br/boletins/sistemas-agroflorestais/Sistema%20agrosilvipastoril.pdf 


Considerações finais

Já é fato sabido a importância das nossas florestas no ecossistema e os benefícios diretos e indiretos que elas proporcionam para o homem. Cabe a nós preservar, tratar com respeito as nossas florestas e, educar aqueles que estão a nossa volta, principalmente as crianças, pois são elas que estarão por aqui nos próximos anos e são capazes de erradicar os maus costumes da nossa geração. 


Preocupados com a preservação do ambiente e, com o receio de perderem os benefícios resultantes da fotossíntese das árvores, indivíduos e organizações de todo o mundo tem realizado discussões sobre melhores formas de proteção ao meio ambiente, gerando acordos entre países, cartilhas ecológicas e compromissos sociais. O Instituto Brasileiro de Florestas (IBF) possui ações voltadas ao plantio de mudas nativas da mata atlântica em todo o território nacional, como o “Programa Plante Árvores”, que disponibiliza áreas degradas para que empresas privadas patrocinem o reflorestamento. O resultado tem sido o cultivo de milhares de mudas e sementes, gerando repercussão positiva para as empresas apoiadoras e, principalmente, benefícios para a flora e fauna brasileira. 




Portanto, neste dia 21 de março, o Dia Mundial da Floresta, faça sua parte! 

Plante árvores! 

Apoie campanhas de replantio não somente neste dia, mas também nos demais dias do ano! Eduque as crianças e seus amigos a fazer o mesmo! 

Cuidando do meio ambiente, estamos cuidando de nós mesmos! 




Figura 6. Educando as crianças, podemos ter esperanças de um mundo melhor!
Ferreira On 3/21/2013 05:07:00 AM Comentarios

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quinta-feira, 21 de março de 2013

21 de Março: Dia Mundial da Floresta




Em 21 de Março de 1972 foi oficialmente comemorado o primeiro “Dia Mundial da Floresta”. Desde aquela época, portanto, o dia serve para mobilizar as populações sobre a importância de se manter as florestas em seus estados naturais, conservando-as para garantir a manutenção da vida na Terra. 

Em 1971, atendendo a uma solicitação da Confederação Europeia de Agricultores, a FAO (Food and Agriculture Organization) estabeleceu o “Dia Mundial da Floresta”; a escolha da data se justifica pelo início da primavera no hemisfério norte, mas também por um acontecimento especial no estado de Nebraska, nos Estados Unidos. Foi lá que o jornalista e agricultor Julius Sterling Morton mobilizou a população local para dedicarem um dia em homenagem à árvore e, cada pessoa foi instruída a plantar uma muda para diminuir a escassez de algumas espécies. 

O que é uma floresta?

Podemos considerar floresta (Figura 1) os espaços de “formação vegetal densa e extensa, em que predominam árvores ou espécies lenhosas de grande porte, mata”, onde vivem variadas classes de animais e vegetais. Sinônimos populares para florestas são: mata, mato, bosque, capoeira e selva. Segundo alguns dados, as florestas ocupam cerca de 30% da superfície terrestre. As florestas são vitais para a vida do ser humano, devido a muitos fatores, principalmente de ordem climática. 


Figura 1. Floresta 

As florestas podem ser de formação natural ou artificial: uma floresta de formação natural é o habitat de muitas espécies de animais e plantas e, a sua biomassa por unidade de área é muito superior se comparado com outros biomas (de bios=vida e oma=grupo ou massa), ou seja, um conjunto formado pelo clima, vegetação, hidrografia e relevo de uma determina região. Além disso, a floresta é uma fonte de riquezas para o homem: fornece madeira, resina, celulose, cortiça, frutos, bagas e ainda é abrigo de caça, protege o solo da erosão, acumula substâncias orgânicas, favorece a piscicultura, cria postos de trabalho, fornece materiais para exportação e, o mais importante, melhora a qualidade de vida das pessoas. As florestas plantadas são aquelas implantadas com objetivos específicos e, tanto podem ser formadas por espécies nativas como exóticas. Assim como as culturas agrícolas, o cultivo de florestas passa pelo plantio ou implantação, um período de crescimento onde são necessários tratos culturais e um período de colheita. 


A mais conhecida floresta é a floresta pluvial  Amazônica, maior que alguns países que ocupa áreas de nove países: Brasil, Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Erroneamente é considerada o “Pulmão do Mundo”; não é, pois foi comprovado cientificamente que a floresta Amazônica consome cerca de 65% do oxigênio que produz (fotossíntese) com a respiração e transpiração das plantas. Atualmente aceita-se o conceito de "Ar condicionado do mundo”, devido a intensa evaporação de água da bacia hidrográfica; a corrente de ar e a intensa atividade biológica contribuem para manter a temperatura média do planeta e retardar o efeito estufa. 


A importância da floresta para o meio ambiente
As florestas são os habitats naturais de milhares de espécies, tanto de animais quanto de plantas. Proteger o habitat de uma espécie é, também, protegê-la diretamente. Além disso, as florestas são importantes para fixar o solo; terra repleta de raízes dificilmente desliza, mesmo em caso de chuvas. As florestas são importantes por vários fatores, mas principalmente em relação aos recursos hídricos, pois interceptam a água das chuvas, reduzindo o risco de erosão, aumentam a capacidade de infiltração da água no solo tornando-o mais poroso e, a estabilidade do sistema ou microssistema funcionando como tampão, isto é, liberando ou retendo água. A impermeabilização dos solos causa grandes problemas também na medida que evitam ou impedem a infiltração da água, forçando-a para a calha dos rios, muitas vezes causando enchentes, já que os rios não conseguem absorver um volume tão grande de água num curto espaço de tempo. 

As florestas também são vitais para o ciclo da água (em 22 de março é comemorado o “Dia Mundial da Água”); em uma cobertura florestal intacta, a infiltração da água no solo é quase total e a contaminação dos mananciais, mínima. Protegendo as florestas, teremos água limpa em maior quantidade nos aquíferos. Um aquífero é uma formação ou grupo de formações geológicas que pode armazenar água subterrânea (96% da água doce do planeta); são rochas porosas e permeáveis, capazes de reter água e de cedê-la, abastecendo rios e poços artesianos. O entendimento da relação das florestas implantadas com a água é uma questão muito complexa e deve levar em consideração as múltiplas atividades antrópicas (atividades do homem que interferem no ecossistema terrestre – desmatamentos, exploração de madeiras, queimadas e incêndios) tendo como unidade a microbacia. Além do consumo de água, devemos contabilizar a sua qualidade, o regime de vazão e a saúde do ecossistema aquático. Uma possível diminuição na quantidade de água, deterioração de sua qualidade ou a degradação hidrológica não estão somente nas florestas implantadas, mas numa infinidade de outras atividades antrópicas de práticas de manejo. 


A floresta, quando em equilíbrio, reduz ao mínimo a saída de nutrientes do ecossistema. O solo pode manter o mesmo nível de fertilidade ou até melhorá-lo ao longo do tempo. Uma floresta não perturbada apresenta grande estabilidade, isto é, os nutrientes introduzidos no ecossistema pela chuva e o intemperismo geológico estão em equilíbrio com os nutrientes perdidos por lixiviação para os rios ou lençol freático. 




Benefícios da arborização 

Devido aos cenários de mudanças e fenômenos climáticos, a árvore vem ganhando cada vez mais importância no contexto da preservação e equilíbrio ambiental, pois uma das formas mais eficientes de combater as mudanças climáticas é plantando árvores. As árvores realizam o sequestro de carbono por meio da fotossíntese, ao mesmo tempo em que lançam oxigênio na atmosfera terrestre, colaborando com a diminuição da temperatura e a renovação do ar. As árvores também têm a importante capacidade de captar gás carbônico (CO2) e transformá-lo em oxigênio na sua fotossíntese. 

Os benefícios advindos da arborização urbana promovem a melhoria da qualidade de vida, além do embelezamento da cidade. As cidades distanciam-se cada vez mais da natureza, utilizando materiais como asfalto, ferro, aço, amianto, vidro, piche, entre outros. Estes materiais geralmente são refletores e contribuem para a criação de “ilhas ou bolsões de calor” nas cidades. É um fenômeno climático que ocorre nos centros das grandes cidades devido aos seguintes fatores: Elevada capacidade de absorção de calor de superfícies urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro e de amianto...; Falta de áreas revestidas de vegetação, prejudicando o poder refletor de determinada superfície(quanto maior a vegetação, maior é o poder refletor) e logo levando a uma maior absorção de calor; Impermeabilização dos solos pelo calçamento e desvio da água por bueiros e galerias, o que reduz o processo de evaporação, assim não usando o calor, e sim absorvendo e, a concentração de edifícios, que interfere na circulação dos ventos. 


Os benefícios da arborização depende do clima, tipo de solo, do espaço livre e do porte da árvore para se obter sucesso nas cidades. Além da função paisagística, a arborização proporciona à população proteção contra ventos, diminuição da poluição sonora, absorção de parte dos raios solares, sombreamento, atração e ambientação de pássaros, absorção da poluição atmosférica, neutralizando os seus efeitos na população, valorização da propriedade pela higienização mental, reorientação do vento e pela beleza cênica. A paisagem é o conjunto daquilo que podemos visualizar naquele momento, podendo trazer sensação desagradável ou agradável; já a beleza cênica natural pode ser definida como “o resultado visual e audível harmônico agradável formado pelo conjunto dos fatores naturais de um local ou paisagem”. 

Como conciliar o plantio de árvores, com agricultura?
Até a pouco tempo, o desmatamento praticado pelo homem para aumentar as áreas agricultáveis e pecuária (especialmente cana-de-açúcar, soja e bovinocultura), era prática comum. Entre as consequências deste crime ao meio ambiente, destaca-se a redução drástica da biodiversidade, responsável pelo equilíbrio ecológico. Felizmente, com o código florestal, foi colocado limites, embora ainda longe do ideal, segundo alguns especialistas. Veja como ficou o novo código florestal, recentemente aprovado: http://blogs.ruralbr.com.br/entendaocodigoflorestal/category/entenda-o-novo-codigo-florestal-brasileiro/

A floresta deve ser apreciada como uma atividade agrícola qualquer, que visa à produção de biomassa com intenção de obter algum lucro. Existem algumas florestas que são plantadas pelo homem, isso é uma ótima iniciativa para garantir a produção de determinado tipo de madeira. Normalmente as grandes madeireiras são as responsáveis por esse tipo de plantação, a fim de manter o equilíbrio ecológico. Mas não podemos desconsiderar o tempo necessário para que uma espécie se torne adulta. 


O que é sistema Agro-Florestal (SAF) ? Os sistemas agroflorestais (Figura 2) podem ser definidos como técnicas alternativas de uso da terra, que implicam na combinação de espécies florestais com culturas agrícolas, atividades pecuárias ou ambas, resultantes da prática de estudo de agrosilvicultura. Trata-se de um sistema dinâmico baseado no manejo de recursos naturais, que por meio da integração nas propriedades rurais de árvores, cultivos agrícolas e animais, diversifica e contribui para a sustentabilidade da produção, promovendo o aumento significativo dos benefícios ambientais econômicos e sociais para as propriedades rurais. A agro-floresta recupera antigas técnicas de povos tradicionais de várias partes do mundo, unindo a elas o conhecimento científico acumulado sobre a ecofisiologia das espécies vegetais, e sua interação com a fauna nativa. 




Figura 2. Sistema agroflorestal: floresta x hortaliças 

Mais informações sobre sistemas agroflorestais (SAF) podem ser vistos, acessando a revista: http://www.centroecologico.org.br/revista_download.php?id_re... 


O que é um sistema "Agro-Silvipastoril – SIPAV? É a integração de lavouras, com espécies florestais e pastagens e outros espaços para os animais (Figura 3). Busca a integração harmoniosa ente as pessoas e a paisagem, promovendo alimentação, energia e habitação de forma mais sustentável. 


Figura 3. Sistema Agrosilvopastoril: bovinocultura x floresta 

Vantagens: a primeira delas é o bem estar animal. A sombra das árvores é muito importante para conferir conforto ao gado. Não é incomum observarmos grandes aglomerações de animais sob a copa das árvores nas horas mais quentes do dia. Sabe-se também que o gado leiteiro apresenta queda de 10% a 20% de produção quando falta sombra no pasto. Também é bastante significativo o enriquecimento do solo, pois as árvores possuem raízes bem profundas que conseguem captar água e nutrientes em outras camadas do solo onde o capim não consegue chegar; com a queda de folhas, frutos, parte desses nutrientes se depositam no solo (reciclagem), aumentando a fertilidade e diminuindo a lixiviação (Figura 4 e 5). Esse sistema é o mais integrador, pois consegue conservar os recursos naturais, permitir a infiltração da água, polinização, controle biológico, retenção do solo, preservação da biodiversidade, aumenta a produtividade agrícola e pecuária e fixa o homem no campo o que traz melhoria na qualidade de vida. 






Figura 4. A reciclagem de nutrientes que ocorre em torno de uma árvore melhora a fertilidade do solo. 




Figura 5. Estimativa de Perda Anual de Nutrientes por ha no solo coletado. 



Mais informações sobre os sistemas agro-silvipastoris, acessar o endereço: 
http://redeagroecologia.cnptia.embrapa.br/boletins/sistemas-agroflorestais/Sistema%20agrosilvipastoril.pdf 


Considerações finais

Já é fato sabido a importância das nossas florestas no ecossistema e os benefícios diretos e indiretos que elas proporcionam para o homem. Cabe a nós preservar, tratar com respeito as nossas florestas e, educar aqueles que estão a nossa volta, principalmente as crianças, pois são elas que estarão por aqui nos próximos anos e são capazes de erradicar os maus costumes da nossa geração. 


Preocupados com a preservação do ambiente e, com o receio de perderem os benefícios resultantes da fotossíntese das árvores, indivíduos e organizações de todo o mundo tem realizado discussões sobre melhores formas de proteção ao meio ambiente, gerando acordos entre países, cartilhas ecológicas e compromissos sociais. O Instituto Brasileiro de Florestas (IBF) possui ações voltadas ao plantio de mudas nativas da mata atlântica em todo o território nacional, como o “Programa Plante Árvores”, que disponibiliza áreas degradas para que empresas privadas patrocinem o reflorestamento. O resultado tem sido o cultivo de milhares de mudas e sementes, gerando repercussão positiva para as empresas apoiadoras e, principalmente, benefícios para a flora e fauna brasileira. 




Portanto, neste dia 21 de março, o Dia Mundial da Floresta, faça sua parte! 

Plante árvores! 

Apoie campanhas de replantio não somente neste dia, mas também nos demais dias do ano! Eduque as crianças e seus amigos a fazer o mesmo! 

Cuidando do meio ambiente, estamos cuidando de nós mesmos! 




Figura 6. Educando as crianças, podemos ter esperanças de um mundo melhor!

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