Até
pouco tempo atrás, a adubação verde, embora reconhecida como importante prática
agrícola, não era feita nas pequenas propriedades devido ao tempo e área que
ocupava, impedindo os cultivos comerciais que davam o retorno financeiro. Nesta
época se pensava que as espécies semeadas, ao atingir o desenvolvimento máximo,
teriam como única opção serem roçadas e
incorporadas ao solo. O termo “adubos verdes” é bem antigo e seu uso se referia ao fato de que essas plantas atuariam
apenas como fornecedoras de nutrientes.
Atualmente, este conceito evoluiu e os
adubos verdes tem sido utilizados como cobertura morta ou viva, possibilitando
o plantio direto e cultivo mínimo e, até, consorciados com os cultivos
comerciais. Mais recentemente, outros termos (“plantas recicladoras”, “plantas condicionadoras” e “plantas de
cobertura”) tem sido empregados para caracterizar o efeito de algumas espécies
utilizadas como adubo verde, funcionando também como condicionadoras do solo,
recicladoras de nutrientes e, ainda, na proteção do solo.
De forma geral, a maioria das espécies
atuam na reciclagem de nutrientes por causa de seu sistema radicular profundo,
buscando nas camadas profundas do solo, os nutrientes já perdidos pelos
cultivos comerciais e, com isso, trazendo-os para a superfície do solo, para
serem aproveitados nos cultivos subsequentes. Ao ser adicionado matéria
orgânica, através das diferentes espécies, os adubos verdes atuam como
condicionadores do solo, promovendo melhorias
nas características químicas, físicas e biológicas do solo. O termo “plantas de cobertura” é devido ao fato
de que estas espécies, cultivadas em rotação e consorciação com os cultivos econômicos,
fazem a cobertura do solo, minimizando a
erosão, conservando a umidade do solo e, ainda, reduzindo as plantas
espontâneas. As leguminosas (mucuna,
feijão-de-porco, ervilhaca e crotalária) possuem efeito supressor e/ou
alelopático (substâncias químicas liberadas pelas plantas que influenciam o
desenvolvimento de outras plantas), reduzindo as plantas espontâneas tais como
tiririca, picão preto e picão branco, capim carrapicho e capim paulista. As
gramíneas (aveia e azevém) também possuem efeito supressor e/ou alelopático,
desfavorecendo grande parte das plantas
espontâneas.
A adubação verde, especialmente quando
utilizada em rotação de culturas, também auxilia no manejo de pragas e doenças,
pois favorece a quebra do ciclo de proliferação de pragas e doenças. Por
exemplo, no controle de nematoides formadores de galhas, as espécies de adubos
verdes mais utilizadas no verão são as leguminosas (crotalárias e as mucunas),
por serem hospedeiros não favoráveis. Por outro lado, as gramíneas (aveia, azevém
e centeio) são utilizadas no inverno, em rotação de culturas, por serem mais
resistentes às pragas e doenças, favorecendo a quebra do ciclo de proliferação
de pragas e doenças. É importante
destacar também que a mucuna auxilia no
controle da doença fusariose. O uso de leguminosas consorciadas com os cultivos também contribuem para aumentar a biodiversidade e favorecer a reprodução e manutenção de inimigos naturais de insetos pragas dos cultivos comerciais, contribuindo para o equilíbrio ecológico, fundamental para a produção sustentável de alimentos.
O
que é adubação verde?
É uma técnica de manejo agrícola que
consiste no cultivo de espécies de plantas com elevado potencial de produção de
massa vegetal, semeadas em rotação, sucessão ou consorciação com as culturas,
incorporando-as ao solo ou deixando-as na superfície, visando à proteção
superficial, bem como à manutenção e melhoria das características físicas,
químicas e biológicas do solo. A adubação verde, uma das principais práticas de
manejo que beneficiam os cultivos, o solo e o meio ambiente, é utilizada há
milhares de anos. Onde há pouco
esterco de animais é a principal e mais barata fonte de matéria orgânica.
Vantagens:
●
protege o solo das chuvas torrenciais, pois a cobertura vegetal impede o
impacto direto das gotas da chuva e a consequente desagregação do solo,
evitando a formação de uma crosta superficial (compactação). Além disso,
diminui a lixiviação de nutrientes como o nitrogênio (nitrato) e, em consequência,
diminui o custo de produção e evita a contaminação de águas superficiais e
subterrâneas;
● mantém elevada a taxa de infiltração de água
no solo pelo efeito combinado do sistema radicular com a cobertura vegetal,
diminuindo o escorrimento superficial;
● promove grande e contínuo aporte de
fitomassa, mantendo ou até mesmo elevando ao longo dos anos, o teor de matéria
orgânica do solo, além de proteger contra os efeitos negativos das chuvas
torrenciais e do sol;
● aumenta a capacidade de retenção de água do
solo;
● minimiza as oscilações térmicas das camadas
superficiais do solo, diminui a evaporação e aumenta a disponibilidade de água
para as culturas;
● Ativa a vida do solo, favorecendo a
reprodução de microorganismos benéficos às culturas agrícolas e criando
condições ambientais favoráveis ao incremento da vida biológica do solo;
● facilita uma melhor estruturação e aeração
do solo (preparo biológico do solo) e recupera áreas degradadas pela grande
produção de raízes, rompendo camadas adensadas;
● promove mobilização e reciclagem eficiente
de nutrientes devido ao sistema radicular profundo e ramificado, retirando
nutrientes de camadas mais profundas do solo, já perdidos, para serem
utilizados pelos cultivos com sistemas radiculares mais superficiais;
● promove o aporte de nitrogênio retirando-o
da atmosfera, por meio da fixação biológica . As leguminosas mucuna-preta,
crotalária e feijão-de-porco, através de simbiose, chegam a fixar até 157, 154
e 190 kg/ha de nitrogênio, respectivamente;
● reduz a população de plantas espontâneas, em
função do crescimento rápido e agressivo dos adubos verdes (efeito supressor ou
alelopático). A alelopatia é a inibição química exercida por uma planta (viva
ou morta) sobre a germinação ou o desenvolvimento de outras (ex.: aveia-preta
inibe a germinação do papuã, enquanto a mucuna inibe o desenvolvimento da
tiririca ou junça);
● apresenta potencial de utilização múltipla
na propriedade, pois possui elevado valor nutritivo, podendo ser utilizado na
alimentação animal (ex.:aveia);
● aumenta a disponibilidade de macro e
micronutrientes no solo, em formas assimiláveis pelas plantas, convertendo
aqueles menos disponíveis em formas mais disponíveis, além de garantir ação
protetora destes nutrientes proporcionada pelos resíduos orgânicos deixados na
superfície;
● aumenta a CTC (Capacidade de Troca de
Cátions) efetiva do solo, ou seja, aumenta a capacidade de adsorver (reter) cátions (muitos nutrientes estão na forma de cátions) presentes no solo, que depois podem ser disponibilizados para as culturas. Solos arenosos apresentam baixo teor de matéria orgânica e baixa CTC e são mais suscetíveis às perdas de nutrientes por lixiviação;
● Eleva o pH do solo e, consequentemente,
diminui a acidez;
● diminui os teores de alumínio trocável
(complexação). A fração orgânica do solo possui a capacidade de complexar (fixar) cátions, dentre eles o Al. Os solos
brasileiros, em sua maioria, são velhos e intemperizados, apresentando acidez e
elevados teores de alumínio, o que traz sérios problemas para o desenvolvimento
do sistema radicular das plantas, as quais limitam o aproveitamento da água e
nutrientes adicionados ao solo por meio dos fertilizantes;
● auxilia na formação de ácidos orgânicos,
fundamentais ao processo de solubilização dos minerais do solo;
● auxilia na formação de microagregados de
solo, fundamentais na melhoria da porosidade do solo.
Principais
espécies utilizadas na adubação verde
A adubação verde pode ser realizada com
diversas espécies vegetais, porém cada uma delas apresenta características
diferentes como produção de massa verde/seca, tempo de decomposição, velocidade
de crescimento, produção de compostos alelopáticos (substâncias químicas
liberadas pelas plantas que influenciam o desenvolvimento de outras plantas).
Principais espécies de verão
Com a aproximação do verão, época que normalmente ocorrem chuvas
frequentes e de forte intensidade, é muito importante a cobertura do solo para
evitar a erosão e com ela, a perda da camada fértil do solo e, também para
auxiliar no manejo de plantas espontâneas que surgem nesta época. Algumas espécies citadas a seguir, muitas
vezes, não são encontradas nas agropecuárias, por isso, sempre que possível, é
importante que o agricultor multiplique suas próprias sementes. As principais
espécies de verão são:
Trigo-mourisco
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Recicladora
de nutrientes e com boa cobertura vegetal. Porém, cuidar com o manejo, pois
produz semente de forma desuniforme, podendo tornar-se espontânea
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Semeadura:
Fev. a março
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Quantidade:
60 a 70 kg/ha
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Manejo: na fase de grão leitoso, para
reduzir nível de rebrotação
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Mucuna-preta
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Rústica,
ciclo mais longo e menor produção de massa. É fixadora de nitrogênio. Suprime
várias espécies de plantas espontâneas
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Semeadura:
Set. a
dezembro
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Quantidade:
80 a 150 kg/ha
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Manejo: pleno florescimento ou início do
enchimento de grãos.
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Mucuna-cinza
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Maior
produção de massa, ciclo curto, sofre ataque de ferrugem, fixa nitrogênio
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Semeadura:
Set. a
dezembro
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Quantidade:
80 a 150 kg/ha
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Manejo: pleno florescimento ou início do
enchimento de grãos
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Mucuna-anã (Figura 1)
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Crescimento
ereto, exigente em fertilidade, boa para consórcio, fixa nitrogênio
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Semeadura:
Set. a dezembro
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Quantidade:
30 kg/ha
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Manejo: pleno florescimento ou início do
enchimento de grãos
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Crotalária
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Indicada
para rotação de culturas, ciclo longo, boa produção de massa. Pode ser usada
como atrativo para insetos
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Semeadura:
Set. a
dezembro
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Quantidade:
20 a 50 kg/ha
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Manejo: pré-floração e pleno florescimento
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Feijão-de-porco (Figura 2)
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Rústica,
boa produção de massa, adapta-se bem ao consórcio, combate a tiririca
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Semeadura:
Set. a
dezembro
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Quantidade:
150 a 220 kg/ha
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Manejo: pleno florescimento e início
enchimento dos grãos
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Figura 1. Milho-verde e mucuna anã consorciados: ótima opção
para o verão, visando a proteção do solo das chuvas torrenciais, das plantas
espontâneas e melhoria da fertilidade e vida
do solo. Epagri/Estação Experimental de Urussanga, SC.
Figura 2. Feijão-de-porco:
além de melhorar a fertilidade do solo, é uma opção de manejo da tiririca através da alelopatia. Epagri/Estação
Experimental de Urussanga, SC.
Principais espécies de inverno
Também no inverno, embora com menor
frequência, podem ocorrer fortes chuvas que provocam erosão do solo e, também o
surgimento de plantas espontâneas de inverno, por isso, é importante, sempre
que possível, a cobertura do solo com espécies de adubos verdes.
Aveia-preta (Figura 3)
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É a mais
conhecida, rústica, tem boa cobertura, compete com ervas espontâneas; deve-se
efetuar rotação de culturas para evitar doenças nas raízes
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Semeadura:
março a
julho
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Quantidade:
50 a 70 kg/ha − nos últimos anos, os agricultores têm usado até 100 kg/ha
para garantir adequada densidade
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Manejo: na fase de grão leitoso, para
reduzir nível de rebrotação
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Centeio |
É mais
precoce, tem boa rusticidade, tolera solos ácidos, de baixa fertilidade e
períodos de pouca chuva. A palhada é bastante dura
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Semeadura:
março a
julho
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Quantidade:
85 a 100 kg/ha
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Manejo: na fase de grão leitoso, para
reduzir nível de rebrotação
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Triticale
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Precoce,
tem boa cobertura de solo, pode ser usado na produção de farinha de boa
qualidade. É resultado do cruzamento do trigo com o centeio
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Semeadura:
Março a
julho
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Quantidade:
80 a 100 kg/ha
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Manejo: na fase de grão leitoso para
reduzir nível de rebrotação
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Ervilha-forrageira
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Precoce,
boa produção de massa, boa no uso consorciado com centeio. Evitar uso
consecutivo devido ao ataque de doenças. É fixadora de nitrogênio
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Semeadura:
Março a
julho
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Quantidade:
70 a 160 kg/ha
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Manejo: pleno florescimento ou início do
enchimento de grãos
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Ervilhaca-comum
e peluda
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Boa
produção de massa, boa no uso consorciado com aveia e centeio, tolera solos
úmidos; é fixadora de nitrogênio
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Semeadura:
Fev. a julho
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Quantidade:
45 a 70 kg/ha ervilhaca-comum e 35 a 40 kg/ha ervilhaca-peluda
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Manejo: pleno florescimento ou início do
enchimento de grãos
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Nabo
forrageiro
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Devido
ao sistema radicular profundo (até 2 metros) pivotante é ótima opção para o
consórcio com outros adubos verdes, visando a descompactação do solo
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Semeadura:
Abril a
julho
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Quantidade:
10 a 15 kg/ha em cultivo solteiro e 4
kg/ha quando consorciado com ervilha e aveia
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Manejo: fase final do florescimento
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Figura 3. Aveia-preta:
ótima opção para o
outono e inverno, visando a proteção do solo e das plantas espontâneas e,
possibilitando o plantio direto e cultivo mínimo de hortaliças no final do
inverno e início de primavera. Epagri/Estação Experimental de Urussanga,
SC.
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