domingo, 20 de janeiro de 2013


Uso de papel em canteiros de mudas de cebola

Matéria veiculada na Revista Sucesso, de Rio do Sul, SC, no Suplemento Agronegócio de 2013:  http://www.revistasucessosa.com.br/flip/?cod=73 .
Reportagem e texto: Jornalista Carmem Marangoni


     Um papel é colocado sobre o canteiro onde serão produzidas as mudas de cebola. Uma solução simples e eficaz contra as ervas daninhas.
     Este é o objetivo do sistema agroecológico de produção de mudas de cebola, implantado há oito anos na Estação Experimental de Ituporanga, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em Ituporanga. “O sistema é capaz de reduzir a infestação de ervas daninhas nos canteiros em 95%, reduzindo, consequentemente, a mão de obra para arranque manual das ervas, já que neste sistema não se usa herbicidas químicos”, explica Hernandes Werner, 48 anos, Engenheiro Agrônomo, pesquisador responsável pelo projeto.
     Werner justifica que esta técnica facilita a produção de mudas de cebola agroecológia. “Em pequena escala é possível utilizar uma folha de jornal para substituir o papel”, acrescenta. Conforme o engenheiro, neste sistema também é possível produzir mudas de outras hortaliças ou fazer o plantio definitivo de cenoura.
     Na prática é utilizado um papel kraft pardo, com gramatura de 80g/m², que é colocado sobre o canteiro (Figura 1). Em seguida é feita a aplicação do composto, um tipo de adubo orgânico com cerca de 15 kg/m² que deve ser espalhado uniformemente sobre o papel, formando uma camada de 3 a 4 cm de altura. Só depois é feita a semeadura da cebola, e para isto são utilizados 2,5 g/m² de sementes viáveis  cobertas com uma camada de 1 cm de serragem e irrigadas (conforme foto acima). 

Figura 1. Colocação do papel nos canteiros e posteriormente o composto orgânico


     Em no máximo 80 dias as mudas estão prontas para serem transplantadas (Figuras 2 e 3). Na Estação Experimental em Ituporanga, em 2012 foram feitos 9 canteiros, com 120 metros de comprimento, com 1,2 m de largura. Ainda assim, é preciso pulverizar as mudas algumas vezes com micronutrientes. “Para reforçar e equilibrar a nutrição e a saúde das plantas. Já que nesta fase de canteiros, as doenças atacam plantas muito fracas ou muito viçosas”, ressalta Werner.


Figura 2. Canteiros com mudas prontas para o transplante


Figura 3. Tamanho ideal das mudas para o transplante


     Há 20 anos, a compostagem (Figura 4) é feita na Estação Experimental de Ituporanga. Werner explica que a palha da cebola descartada, assim como os bulbos podres, são boa fonte de nutrientes e por isso também são utilizadas para fazer o composto, que em 90 dias se transforma em adubo orgânico na própria Estação de pesquisa. Atualmente está sendo avaliado o uso de compostos comerciais, produzidos por empresas da região.



Figura 4.  Compostagem: Engenheiro agrônomo Hernandes Werner, responsável pelo projeto


     E até agora, este sistema só apresentou vantagens. “Livre de agrotóxicos, é possível produzir mudas de cebola sadias e vigorosas com baixo custo, reduzindo muito a mão de obra”, finaliza.

Saiba mais sobre experimentos agroecólogicos na região. Consulte a Estação Experimental de Ituporanga, pelo telefone (47) 3533-1409 ou pelo e-mail eeitu@epagri.sc.gov.br .

Ferreira On 1/20/2013 03:04:00 AM Comentarios

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domingo, 20 de janeiro de 2013

Uso de papel em canteiros de mudas de cebola


Uso de papel em canteiros de mudas de cebola

Matéria veiculada na Revista Sucesso, de Rio do Sul, SC, no Suplemento Agronegócio de 2013:  http://www.revistasucessosa.com.br/flip/?cod=73 .
Reportagem e texto: Jornalista Carmem Marangoni


     Um papel é colocado sobre o canteiro onde serão produzidas as mudas de cebola. Uma solução simples e eficaz contra as ervas daninhas.
     Este é o objetivo do sistema agroecológico de produção de mudas de cebola, implantado há oito anos na Estação Experimental de Ituporanga, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em Ituporanga. “O sistema é capaz de reduzir a infestação de ervas daninhas nos canteiros em 95%, reduzindo, consequentemente, a mão de obra para arranque manual das ervas, já que neste sistema não se usa herbicidas químicos”, explica Hernandes Werner, 48 anos, Engenheiro Agrônomo, pesquisador responsável pelo projeto.
     Werner justifica que esta técnica facilita a produção de mudas de cebola agroecológia. “Em pequena escala é possível utilizar uma folha de jornal para substituir o papel”, acrescenta. Conforme o engenheiro, neste sistema também é possível produzir mudas de outras hortaliças ou fazer o plantio definitivo de cenoura.
     Na prática é utilizado um papel kraft pardo, com gramatura de 80g/m², que é colocado sobre o canteiro (Figura 1). Em seguida é feita a aplicação do composto, um tipo de adubo orgânico com cerca de 15 kg/m² que deve ser espalhado uniformemente sobre o papel, formando uma camada de 3 a 4 cm de altura. Só depois é feita a semeadura da cebola, e para isto são utilizados 2,5 g/m² de sementes viáveis  cobertas com uma camada de 1 cm de serragem e irrigadas (conforme foto acima). 

Figura 1. Colocação do papel nos canteiros e posteriormente o composto orgânico


     Em no máximo 80 dias as mudas estão prontas para serem transplantadas (Figuras 2 e 3). Na Estação Experimental em Ituporanga, em 2012 foram feitos 9 canteiros, com 120 metros de comprimento, com 1,2 m de largura. Ainda assim, é preciso pulverizar as mudas algumas vezes com micronutrientes. “Para reforçar e equilibrar a nutrição e a saúde das plantas. Já que nesta fase de canteiros, as doenças atacam plantas muito fracas ou muito viçosas”, ressalta Werner.


Figura 2. Canteiros com mudas prontas para o transplante


Figura 3. Tamanho ideal das mudas para o transplante


     Há 20 anos, a compostagem (Figura 4) é feita na Estação Experimental de Ituporanga. Werner explica que a palha da cebola descartada, assim como os bulbos podres, são boa fonte de nutrientes e por isso também são utilizadas para fazer o composto, que em 90 dias se transforma em adubo orgânico na própria Estação de pesquisa. Atualmente está sendo avaliado o uso de compostos comerciais, produzidos por empresas da região.



Figura 4.  Compostagem: Engenheiro agrônomo Hernandes Werner, responsável pelo projeto


     E até agora, este sistema só apresentou vantagens. “Livre de agrotóxicos, é possível produzir mudas de cebola sadias e vigorosas com baixo custo, reduzindo muito a mão de obra”, finaliza.

Saiba mais sobre experimentos agroecólogicos na região. Consulte a Estação Experimental de Ituporanga, pelo telefone (47) 3533-1409 ou pelo e-mail eeitu@epagri.sc.gov.br .

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