segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


Chuchu
O chuchuzeiro Sechium edule (Jacq.) Swartz é uma planta herbácea, perene e trepadeira, conhecida há séculos e originário da América Central e ilhas vizinhas. Já era conhecido na antiguidade pelos astecas e tinha grande destaque entre as demais hortaliças cultivadas na época. Atualmente, o chuchu (hortaliça-fruto) é cultivado em várias regiões tropicais e subtropicais no mundo e, está entre as dez hortaliças mais consumidas no Brasil. O chuchu (Figura 1) é uma hortaliça que pertence à família botânica das cucurbitáceas, assim como o pepino, as abóboras, o melão e a melancia. O chuchuzeiro pode produzir por vários anos; possui ramas longas com até 15m de comprimento, apresentando gavinhas para sustentação; das ramas saem folhas numerosas com formato de coração. As flores são amareladas e separadas em femininas e masculinas, distintas na mesma planta; a fecundação da flor é totalmente dependente da polinização de abelhas. O fruto (chuchu) é suculento com forma alongada, cor branco-creme, verde-claro ou verde-escuro, liso ou enrugado, com ou sem espinhos. Existem 3 grupos básicos (tipos) de chuchuzeiros segundo a coloração do fruto branca ou creme, verde-claro e verde-escuro. Dentro dos grupos há variações no tamanho, formato, rugosidade e espinhos do fruto; o fruto verde-claro, pouco rugoso e sem espinhos, na forma de pera e alongado, é o preferido comercialmente.
Figura 1. Hortaliça-fruto: chuchu
Uso culinário, propriedades nutricionais e terapêuticas: É um dos alimentos mais comuns na mesa dos brasileiros, embora seu sabor não seja dos mais marcantes. Mas talvez seja esse o seu principal atrativo, pois ele absorve com muita facilidade o gosto de outros alimentos e, por isso, raramente é preparado sozinho. O chuchu acompanha os refogados de cenoura e batata, entra como ingrediente de maioneses e cozidos e, é muito apreciado em associação com o camarão. A fama de vegetal sem graça e sem sabor, não faz jus às qualidades do chuchu. Os frutos não são consumidos crus. Devem ser cozidos e podem ser servidos na forma de refogados, cremes, sopas, suflês, bolo ou salada fria. Para consumo como refogado ou salada, deve-se preferir os frutos mais novos, menores e com casca brilhante. Quando os frutos estão maduros, com a parte de baixo se abrindo, são excelentes para a elaboração de suflês, pois são mais consistentes e têm mais fibra. A casca pode ser removida antes ou após o cozimento. Quando os frutos estão bem novos podem ser consumidos com casca e miolo. Também podem ser consumidas as folhas, brotos e raízes da planta. Os brotos refogados são ricos em vitaminas B, C e sais minerais como cálcio, fósforo e ferro.
Recomenda-se cortar e descascar os frutos crus sob água corrente, pois estes têm uma liga que gruda nas mãos. As propriedades nutricionais do chuchu não devem serem desprezadas, pois ele é rico em fibras, o que faz com que desempenhe um importante papel no funcionamentos dos intestinos e, é uma fonte significativo de ferro, magnésio, potássio, fósforo e cálcio. Em menor proporção, o chuchu possui uma pequena quantidade de vitaminas do complexo B e um pequeno teor de vitamina C. Se for cozido sem sal, o chuchu é recomendado para o tratamento da pressão arterial alta e tem efeitos diuréticos, auxiliando nos problemas renais e urinários.
Cultivo: As temperaturas entre 13ºC e 27ºC são as mais favoráveis para o cultivo; temperaturas mais elevadas provocam queda das flores e frutos. Temperatura baixa prejudica a produção; a planta é muito sensível à geadas e ventos fortes que podem quebrar ramas e brotações ou fazer cair frutos pequenos; em regiões com ventos fortes e frequentes, recomenda-se utilizar quebra-ventos tais como o capim elefante. O chuchu exige boa luminosidade para produzir. Os solos areno-argilosos à argilo-arenosos favorecem o cultivo, sendo os de baixada, quando bem drenados, os preferidos. A propagação do chuchuzeiro é feita via frutos maduros brotados; os agricultores produzem seus próprios frutos (sementes). O fruto deve estar maduro e sadio, com características de forma e textura desejadas. A semente (fruto), está apta para o plantio quando a brotação tiver 10 a 15cm de altura. Frutos selecionados são colocados sobre o leito de terra, em local bem sombreado e arejado e, ligeiramente úmido, deitados lado a lado; após duas semanas a brotação aparece.  Preparo do solo: consiste em limpeza do terreno, aração e gradagem; antes e depois da aração aplica-se o calcário de acordo com a análise do solo. O preparo do solo deve ser iniciado 90 dias antes do plantio. Em áreas declivosas não recomenda-se a movimentação do solo para evitar a erosão. Suporte do chuchuzeiro: é feito com espaldeiramento. Usa-se estacas com 2,5 m de comprimento, arame farpado e arame liso nº 16. As estacas são fincadas para ficarem a 1,8m de altura no espaçamento de 2m x 2m (áreas declivosas), 3m x 3m em áreas mais planas. Após fincar as estacas distribui-se arame farpado no seu topo, à uma distância de 30cm entre si; no sentido cruzado ao arame farpado, estende-se o arame liso. Nas últimas estacas de cada fila coloca-se escoras pela parte interna do chuchuzal. Para hortas domésticas, pode-se utilizar cercas, árvores secas e outros materiais para suporte do chuchuzeiro.  Espaçamento/covas e adubação: os espaçamentos variam de 3m x 3m até 7m x 7m. As covas devem ter 30 a 40cm de boca por 30 a 40 cm de profundidade. Na abertura da cova separar a terra dos primeiros 15cm de profundidade para ser colocada no fundo da cova. A adubação deve ser orgânica, preferencialmente com composto orgânico, seguindo a análise do solo. Se for utilizado estercos de animais, o preparo e a adubação da cova deve ser feito com antecedência mínima de 15 dias. Plantio: efetuado no início da estação chuvosa ou o ano todo (sob irrigação). São colocadas 2 sementes (frutos) por cova (em pé ou deitados) à 5cm-8cm de profundidade. Os brotos devem ficar acima do nível do solo. Recomenda-se colocar uma cobertura morta sobre o solo, em volta da cova, para conservar a umidade. Manejo de plantas espontâneas: A cobertura do solo com adubos verdes é uma prática recomendável, pois além de reduzir a infestação de plantas espontâneas, através do abafamento e também da alelopatia, ainda melhora as propriedades física, química e biológica do solo e evita a erosão, especialmente na implantação e no início do desenvolvimento do chuchuzal. Recomenda-se a semeadura de adubos verdes de inverno tais como aveia ou então o consórcio de aveia, ervilhaca e nabo forrageiro, nas quantidades de 60, 18 e 4 kg/ha, respectivamente. Sobre a cobertura dos adubos verdes, prepara-se as covas para o plantio das mudas, mantendo-se estas no limpo, através de capinas. Limpeza e amarrio: periodicamente retira-se com faca os ramos e folhas secas, principalmente nos meses frios, quando grande parte delas morre para rebrotar na primavera. Leve até os arames as novas ramas que brotarem. Não puxe as ramas. Irrigação: o chuchu é sensível à falta de chuvas, pois suas raízes se concentram nos primeiros 20cm de profundidade. Usa-se o sistema de irrigação por aspersão ou infiltração, em turnos de rega diárias ou dias alternados; nas épocas quentes, 2 irrigações diárias são suficientes. Na frutificação a necessidade de água é maior. Adubação em cobertura: de dois em dois meses, se houver necessidade e, de acordo com a análise do solo e do adubo orgânico. Manejo de doenças e pragas: Entre as principais doenças que atacam o chuchuzeiro são os fungos Oídio (Oidium sp.), Antracnose (Colletotrichum lagenarium), Mancha Zonada da folha (Leandria momordica) e o nematoide de galhas (Meloidogyne incógnita e M. javanica). No manejo do fungo Oidio e de pragas, recomenda-se ver a matéria "Cultivo orgânico de hortaliças-frutos - Parte I", postada em 31/10/2012. Para o manejo das principais doenças que ocorrem no chuchuzeiro e, de forma geral, para todas as cucurbitáceas, recomenda-se as seguintes práticas preventivas: a) escolher áreas novas e bem arejadas e ensolaradas; b) fazer rotação de culturas com espécies que não pertencem à mesma família botânica (cucurbitáceas); c) plantio somente de mudas vigorosas e sadias; d) sempre que possível, dar preferência à irrigação localizada, ao invés da aspersão; e) eliminar plantas doentes e f) ao final do ciclo da cultura, eliminar todos os restos culturais da lavoura, destruindo-os através da compostagem. Rotação de culturas e consorciação de culturas: ver matéria "Cultivo orgânico de hortaliças-frutos - Parte I", postada em 31/10/2012.
Colheita e conservação: A colheita inicia-se aos 85 à 120 dias após o plantio e, prolonga-se por 3 anos (comercialmente). O ponto de colheita é quando o fruto está tenro, com tamanho de 10-15cm, o que ocorre 10-15 dias pós aberturas das flores. Destaca-se o fruto com a mão, efetuando-se leve torção. O fruto colhido é levado para o galpão. É conveniente colher a cada 3 dias. Os frutos podem ser mantidos em condição ambiente, por 3 a 5 dias depois de colhidos; a partir de 5 dias começam a murchar. Podem ser conservados por maior tempo, 6 a 8 dias, na parte de baixo da geladeira, embalados em saco de plástico. O produto já descascado e picado conserva-se por até 3 dias após seu preparo, desde que mantido embalado em vasilha tampada ou em saco de plástico, na gaveta inferior da geladeira.

Pepino
Em épocas de temperaturas altas, o pepino (Cucumis sativus) é uma das hortaliças que têm lugar certo nas mesas dos brasileiros (Figuras 2, 3 e 4). Composto por 95% de água, destaca-se em diferentes receitas culinárias. De vários tamanhos e formato cilíndrico, o pepino tem casca verde-clara ou verde-escura, com estrias esbranquiçadas. A polpa de cor clara envolve sementes achatadas. Pertencente também à família das cucurbitáceas (abóboras, morangas, abobrinhas, melancia e melão), o pepino tem origem atribuída à Índia, de onde o cultivo teria se espalhado para a China e países europeus; foi muito apreciado pelos gregos e romanos na Antiguidade. 
Figura 2. Pepino para salada
Figura 3. Pepino em conserva
Uso culinário, propriedades nutricionais e terapêuticas: são muito utilizados em saladas ou como picles. O seu suco é utilizado em máscaras faciais, cremes, loções, xampus e outros cosméticos. O prato mais comum no Brasil feito com pepinos é a salada, onde é servido cru, cortado em cubos ou fatias, junto com tomate e cebola e, temperado com azeite, vinagre e ervas. Como são compostos de aproximadamente 95% de água, os pepino têm um teor de calorias muito baixo (menos de 15 calorias em uma xícara de pepino), boa fonte de fibras e pequenas quantidades de vitamina C e folato. Também contém ferro, cálcio, fósforo, cloro, enxofre, magnésio, potássio, sais minerais e vitaminas A, C e do complexo B. Os naturalistas geralmente recomendam o pepino como diurético natural, mas qualquer aumento na frequência da urina provavelmente se deve ao seu conteúdo de água e não à outra substância. Embora seja mais comum seu uso em salada e como picles – vegetais em conserva –, também pode ser feito um suco que auxilia no tratamento de inflamações do tubo digestivo e da bexiga, pressão alta e afecções dos dentes e da gengiva. O pepino também tem capacidade para combater enfermidades da garganta quando combinado com mel, purificar o organismo e eliminar gorduras. Cabelos e unhas se beneficiam do alto teor de sílica e flúor que a planta apresenta. O pepino batido no liquidificador, com água e mel, serve para as mãos ressecadas por detergente. 
Cultivo: Existem inúmeras cultivares e híbridos de pepino, para salada e para indústria, disponíveis no mercado. Para as cultivares e, especialmente aquelas que o produtor vem melhorando a cada ano, recomenda-se que o produtor retire as sementes das melhores plantas para multiplicação. Clima quente, com temperaturas entre 26 e 28 ºC, é o mais adequado para o plantio do pepineiro. Em regiões mais frias, o cultivo deve ser realizado em locais protegidos, onde seja possível monitorar a variação da temperatura. A exemplo das abóboras, a produtividade depende da eficiência da polinização pelas abelhas, que tem a maior atividade entre 28 a 30ºC. Na maioria das cultivares, as flores são monóicas, com predominância das masculinas sobre as femininas. Mas, trabalhos de melhoramento genético criaram híbridos que produzem, quase exclusivamente, flores femininas, o que aumenta a produtividade, uma vez que somente as flores femininas geram frutos. O pepineiro depende da polinização cruzada realizada por insetos como as abelhas, que fazem o transporte do pólen, por isso é proibido a aplicação de inseticidas, uma vez que exterminam com elas, além de contaminar os frutos e o meio ambiente.  Temperaturas mais elevadas proporcionam maior número de flores masculinas; por outro lado, temperaturas mais amenas e, com período curto de luz, estimulam maior número de flores femininas que darão origem aos frutos. Por não tolerarem o frio, o pepino pode ser semeado no litoral, a partir de setembro e, no máximo, até o final de janeiro. Em regiões com altitude superior a 800 m, a semeadura pode ser feita de agosto a fevereiro. As variedades mais plantadas nas regiões Sudeste e Sul pertencem aos grupos Caipira, Aodai e Japonês (tipo salada), com tamanhos que variam de dez a 30 centímetros de comprimento. Para a conserva, os frutos não devem ultrapassar dez centímetros de comprimento; os mais produtivos são híbridos, destacando-se as cultivares Guaíra, Colônia, Ginga Ag-77, Premier, Primepak, Pioneiro e Score, entre outros. Os do grupo Caipira produz frutos de tamanho médio, com 10 a 14 cm, claros, alongados ou bojudos, com 3 a 5 lóculos; Dentre estes destacam-se as cultivares Pérola, Rubi, Colonião, Imperial II, Nobre, Safira, entre outros. Os do grupo Aodai produzem frutos alongados, cilíndricos, bem retos, com 20 a 25 cm de comprimento, 4 a 5 cm de diâmetro e peso médio de 320 a 400g; Dentre estes destacam-se as cultivares Monark, Vitória, Nazaré, Ginga, Midori, Sprint 440 S, dentre outras. Os pepinos do grupo Japonês (Figura 4) são híbridos mais adaptados ao plantio em abrigo, tais como Tsuyataro, Rensei, Seiriki nº5, Nikkey, Top Green, Ancor 8, Flecha, dentre outros. Ambos os tipos (salada e conserva) têm produção mais comum a céu aberto.

Figura 4. Pepino Japonês
Tanto o pepino para conserva como para saladas, podem serem tutorados e protegidos (Figura 5), o que facilita os tratos culturais e a colheita, além de produzir frutos de melhor qualidade (frutos com melhor coloração e menos deformados). Formação de mudas, plantio e adubação:  Grande parte dos produtores faz a semeadura direta na cova, semeando 3 a 4 sementes por cova, a uma profundidade de 2 cm, fazendo-se o desbaste e deixando uma a duas plantas por cova, quando tiverem duas ou três folhas definitivas. Mas, quando se usa sementes híbridas, de custo elevado, o melhor é semear em recipientes, como os copos de jornal ou de plástico e bandejas de isopor, para se obter melhor aproveitamento (na matéria postada neste blog, em 31/10/2012, ensina como fazer copos de jornal). Em locais mais frios, a formação das mudas em recipientes, nos abrigos, favorece a germinação, a emergência e o desenvolvimento inicial das plantas, garantindo uma colheita antecipada. Neste caso deve-se semear uma semente por copo ou célula da bandeja e transplantar a muda quando tiver o primeiro par de folhas definitivas. As covas indicadas para o pepino tutorado devem ser preparadas no espaçamento de 1 a 1,20 m entrelinhas por 40 cm entre plantas. Para o pepino conserva, no sistema rasteiro, recomenda-se o espaçamento de 1 m entre linhas por 30 cm entre plantas, deixando-se uma ou duas plantas por cova. A germinação ocorre cinco dias após o plantio e leva mais 25 dias para a floração. Tanto a adubação de plantio, como de cobertura, se necessário, deve serem baseadas na análise do solo e do adubo orgânico. Tutoramento: O pepineiro pode ser plantado no sistema rasteiro, porém, o tutoramento é o mais indicado no cultivo orgânico, pois facilita os tratos culturais, especialmente os fitossanitários e a colheita, além de diminuir os riscos de ataque de doenças, deformação e má coloração dos frutos. O tutoramento indicado é o vertical, feito com varas de bambu ou de madeira com 2,2 a 2,5 metros de comprimento, apoiadas em um arame de 1,2 a 1,8 m de altura do solo. À medida que a planta for se desenvolvendo, é preciso fazer amarrações dos ramos no tutor.  Irrigação: O solo deve ser mantido úmido por meio de distribuição de água nos sulcos de 30 a 40 centímetros de abertura e 25 a 30 centímetros de profundidade, ou da irrigação pelo sistema de gotejamento (preferencialmente), microaspersão ou aspersão convencional. Manejo das plantas de pepino: No caso do pepino japonês, recomenda-se eliminar os primeiros frutos, quando estiverem pequenos (1 a 2cm), dos três primeiros nós da haste principal. À medida que a planta se desenvolve, haverá emissão de frutos na haste principal e emissão de hastes laterais, em cada nó da planta, que produzirão seus próprios frutos. Para obter-se mais frutos dentro do padrão exigido pelo mercado, ou seja, 20 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro, aproximadamente, recomenda-se: a) eliminar todos os frutos da haste principal e b) manter apenas dois frutos por cada haste lateral, podando a mesma antes de emitir o 3º fruto. Manejo de plantas espontâneas: O uso de adubos verdes, a exemplo do cultivo do chuchuzeiro, é recomendado para o pepino, com o objetivo de melhorar o solo, reduzir a infestação de plantas espontâneas e a erosão. Principais pragas e doenças, rotação e consorciação de culturas: ver matéria "Cultivo orgânico de hortaliças-frutos - Parte I", postada em 31/10/2012.

Figura 5. Cultivo tutorado e protegido de pepino
Colheita: No pepino conserva a colheita inicia-se 28 dias após o plantio, prolongando-se por dois meses. Para o pepino salada, a colheita inicia-se entre 60 e 80 dias após a semeadura, prolongando-se por dois meses, aproximadamente. Colheitas frequentes estimulam a produtividade. Recomenda-se fazer no mínimo três colheitas por semana nos pepinos para salada, enquanto que nos tipos para conserva, dependendo da exigência do mercado, pode ser até diária e, no máximo, a cada 2 dias.
Ferreira On 12/10/2012 02:49:00 AM Comentarios

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Cultivo orgânico de hortaliças-frutos - Chuchu e Pepino - Parte III


Chuchu
O chuchuzeiro Sechium edule (Jacq.) Swartz é uma planta herbácea, perene e trepadeira, conhecida há séculos e originário da América Central e ilhas vizinhas. Já era conhecido na antiguidade pelos astecas e tinha grande destaque entre as demais hortaliças cultivadas na época. Atualmente, o chuchu (hortaliça-fruto) é cultivado em várias regiões tropicais e subtropicais no mundo e, está entre as dez hortaliças mais consumidas no Brasil. O chuchu (Figura 1) é uma hortaliça que pertence à família botânica das cucurbitáceas, assim como o pepino, as abóboras, o melão e a melancia. O chuchuzeiro pode produzir por vários anos; possui ramas longas com até 15m de comprimento, apresentando gavinhas para sustentação; das ramas saem folhas numerosas com formato de coração. As flores são amareladas e separadas em femininas e masculinas, distintas na mesma planta; a fecundação da flor é totalmente dependente da polinização de abelhas. O fruto (chuchu) é suculento com forma alongada, cor branco-creme, verde-claro ou verde-escuro, liso ou enrugado, com ou sem espinhos. Existem 3 grupos básicos (tipos) de chuchuzeiros segundo a coloração do fruto branca ou creme, verde-claro e verde-escuro. Dentro dos grupos há variações no tamanho, formato, rugosidade e espinhos do fruto; o fruto verde-claro, pouco rugoso e sem espinhos, na forma de pera e alongado, é o preferido comercialmente.
Figura 1. Hortaliça-fruto: chuchu
Uso culinário, propriedades nutricionais e terapêuticas: É um dos alimentos mais comuns na mesa dos brasileiros, embora seu sabor não seja dos mais marcantes. Mas talvez seja esse o seu principal atrativo, pois ele absorve com muita facilidade o gosto de outros alimentos e, por isso, raramente é preparado sozinho. O chuchu acompanha os refogados de cenoura e batata, entra como ingrediente de maioneses e cozidos e, é muito apreciado em associação com o camarão. A fama de vegetal sem graça e sem sabor, não faz jus às qualidades do chuchu. Os frutos não são consumidos crus. Devem ser cozidos e podem ser servidos na forma de refogados, cremes, sopas, suflês, bolo ou salada fria. Para consumo como refogado ou salada, deve-se preferir os frutos mais novos, menores e com casca brilhante. Quando os frutos estão maduros, com a parte de baixo se abrindo, são excelentes para a elaboração de suflês, pois são mais consistentes e têm mais fibra. A casca pode ser removida antes ou após o cozimento. Quando os frutos estão bem novos podem ser consumidos com casca e miolo. Também podem ser consumidas as folhas, brotos e raízes da planta. Os brotos refogados são ricos em vitaminas B, C e sais minerais como cálcio, fósforo e ferro.
Recomenda-se cortar e descascar os frutos crus sob água corrente, pois estes têm uma liga que gruda nas mãos. As propriedades nutricionais do chuchu não devem serem desprezadas, pois ele é rico em fibras, o que faz com que desempenhe um importante papel no funcionamentos dos intestinos e, é uma fonte significativo de ferro, magnésio, potássio, fósforo e cálcio. Em menor proporção, o chuchu possui uma pequena quantidade de vitaminas do complexo B e um pequeno teor de vitamina C. Se for cozido sem sal, o chuchu é recomendado para o tratamento da pressão arterial alta e tem efeitos diuréticos, auxiliando nos problemas renais e urinários.
Cultivo: As temperaturas entre 13ºC e 27ºC são as mais favoráveis para o cultivo; temperaturas mais elevadas provocam queda das flores e frutos. Temperatura baixa prejudica a produção; a planta é muito sensível à geadas e ventos fortes que podem quebrar ramas e brotações ou fazer cair frutos pequenos; em regiões com ventos fortes e frequentes, recomenda-se utilizar quebra-ventos tais como o capim elefante. O chuchu exige boa luminosidade para produzir. Os solos areno-argilosos à argilo-arenosos favorecem o cultivo, sendo os de baixada, quando bem drenados, os preferidos. A propagação do chuchuzeiro é feita via frutos maduros brotados; os agricultores produzem seus próprios frutos (sementes). O fruto deve estar maduro e sadio, com características de forma e textura desejadas. A semente (fruto), está apta para o plantio quando a brotação tiver 10 a 15cm de altura. Frutos selecionados são colocados sobre o leito de terra, em local bem sombreado e arejado e, ligeiramente úmido, deitados lado a lado; após duas semanas a brotação aparece.  Preparo do solo: consiste em limpeza do terreno, aração e gradagem; antes e depois da aração aplica-se o calcário de acordo com a análise do solo. O preparo do solo deve ser iniciado 90 dias antes do plantio. Em áreas declivosas não recomenda-se a movimentação do solo para evitar a erosão. Suporte do chuchuzeiro: é feito com espaldeiramento. Usa-se estacas com 2,5 m de comprimento, arame farpado e arame liso nº 16. As estacas são fincadas para ficarem a 1,8m de altura no espaçamento de 2m x 2m (áreas declivosas), 3m x 3m em áreas mais planas. Após fincar as estacas distribui-se arame farpado no seu topo, à uma distância de 30cm entre si; no sentido cruzado ao arame farpado, estende-se o arame liso. Nas últimas estacas de cada fila coloca-se escoras pela parte interna do chuchuzal. Para hortas domésticas, pode-se utilizar cercas, árvores secas e outros materiais para suporte do chuchuzeiro.  Espaçamento/covas e adubação: os espaçamentos variam de 3m x 3m até 7m x 7m. As covas devem ter 30 a 40cm de boca por 30 a 40 cm de profundidade. Na abertura da cova separar a terra dos primeiros 15cm de profundidade para ser colocada no fundo da cova. A adubação deve ser orgânica, preferencialmente com composto orgânico, seguindo a análise do solo. Se for utilizado estercos de animais, o preparo e a adubação da cova deve ser feito com antecedência mínima de 15 dias. Plantio: efetuado no início da estação chuvosa ou o ano todo (sob irrigação). São colocadas 2 sementes (frutos) por cova (em pé ou deitados) à 5cm-8cm de profundidade. Os brotos devem ficar acima do nível do solo. Recomenda-se colocar uma cobertura morta sobre o solo, em volta da cova, para conservar a umidade. Manejo de plantas espontâneas: A cobertura do solo com adubos verdes é uma prática recomendável, pois além de reduzir a infestação de plantas espontâneas, através do abafamento e também da alelopatia, ainda melhora as propriedades física, química e biológica do solo e evita a erosão, especialmente na implantação e no início do desenvolvimento do chuchuzal. Recomenda-se a semeadura de adubos verdes de inverno tais como aveia ou então o consórcio de aveia, ervilhaca e nabo forrageiro, nas quantidades de 60, 18 e 4 kg/ha, respectivamente. Sobre a cobertura dos adubos verdes, prepara-se as covas para o plantio das mudas, mantendo-se estas no limpo, através de capinas. Limpeza e amarrio: periodicamente retira-se com faca os ramos e folhas secas, principalmente nos meses frios, quando grande parte delas morre para rebrotar na primavera. Leve até os arames as novas ramas que brotarem. Não puxe as ramas. Irrigação: o chuchu é sensível à falta de chuvas, pois suas raízes se concentram nos primeiros 20cm de profundidade. Usa-se o sistema de irrigação por aspersão ou infiltração, em turnos de rega diárias ou dias alternados; nas épocas quentes, 2 irrigações diárias são suficientes. Na frutificação a necessidade de água é maior. Adubação em cobertura: de dois em dois meses, se houver necessidade e, de acordo com a análise do solo e do adubo orgânico. Manejo de doenças e pragas: Entre as principais doenças que atacam o chuchuzeiro são os fungos Oídio (Oidium sp.), Antracnose (Colletotrichum lagenarium), Mancha Zonada da folha (Leandria momordica) e o nematoide de galhas (Meloidogyne incógnita e M. javanica). No manejo do fungo Oidio e de pragas, recomenda-se ver a matéria "Cultivo orgânico de hortaliças-frutos - Parte I", postada em 31/10/2012. Para o manejo das principais doenças que ocorrem no chuchuzeiro e, de forma geral, para todas as cucurbitáceas, recomenda-se as seguintes práticas preventivas: a) escolher áreas novas e bem arejadas e ensolaradas; b) fazer rotação de culturas com espécies que não pertencem à mesma família botânica (cucurbitáceas); c) plantio somente de mudas vigorosas e sadias; d) sempre que possível, dar preferência à irrigação localizada, ao invés da aspersão; e) eliminar plantas doentes e f) ao final do ciclo da cultura, eliminar todos os restos culturais da lavoura, destruindo-os através da compostagem. Rotação de culturas e consorciação de culturas: ver matéria "Cultivo orgânico de hortaliças-frutos - Parte I", postada em 31/10/2012.
Colheita e conservação: A colheita inicia-se aos 85 à 120 dias após o plantio e, prolonga-se por 3 anos (comercialmente). O ponto de colheita é quando o fruto está tenro, com tamanho de 10-15cm, o que ocorre 10-15 dias pós aberturas das flores. Destaca-se o fruto com a mão, efetuando-se leve torção. O fruto colhido é levado para o galpão. É conveniente colher a cada 3 dias. Os frutos podem ser mantidos em condição ambiente, por 3 a 5 dias depois de colhidos; a partir de 5 dias começam a murchar. Podem ser conservados por maior tempo, 6 a 8 dias, na parte de baixo da geladeira, embalados em saco de plástico. O produto já descascado e picado conserva-se por até 3 dias após seu preparo, desde que mantido embalado em vasilha tampada ou em saco de plástico, na gaveta inferior da geladeira.

Pepino
Em épocas de temperaturas altas, o pepino (Cucumis sativus) é uma das hortaliças que têm lugar certo nas mesas dos brasileiros (Figuras 2, 3 e 4). Composto por 95% de água, destaca-se em diferentes receitas culinárias. De vários tamanhos e formato cilíndrico, o pepino tem casca verde-clara ou verde-escura, com estrias esbranquiçadas. A polpa de cor clara envolve sementes achatadas. Pertencente também à família das cucurbitáceas (abóboras, morangas, abobrinhas, melancia e melão), o pepino tem origem atribuída à Índia, de onde o cultivo teria se espalhado para a China e países europeus; foi muito apreciado pelos gregos e romanos na Antiguidade. 
Figura 2. Pepino para salada
Figura 3. Pepino em conserva
Uso culinário, propriedades nutricionais e terapêuticas: são muito utilizados em saladas ou como picles. O seu suco é utilizado em máscaras faciais, cremes, loções, xampus e outros cosméticos. O prato mais comum no Brasil feito com pepinos é a salada, onde é servido cru, cortado em cubos ou fatias, junto com tomate e cebola e, temperado com azeite, vinagre e ervas. Como são compostos de aproximadamente 95% de água, os pepino têm um teor de calorias muito baixo (menos de 15 calorias em uma xícara de pepino), boa fonte de fibras e pequenas quantidades de vitamina C e folato. Também contém ferro, cálcio, fósforo, cloro, enxofre, magnésio, potássio, sais minerais e vitaminas A, C e do complexo B. Os naturalistas geralmente recomendam o pepino como diurético natural, mas qualquer aumento na frequência da urina provavelmente se deve ao seu conteúdo de água e não à outra substância. Embora seja mais comum seu uso em salada e como picles – vegetais em conserva –, também pode ser feito um suco que auxilia no tratamento de inflamações do tubo digestivo e da bexiga, pressão alta e afecções dos dentes e da gengiva. O pepino também tem capacidade para combater enfermidades da garganta quando combinado com mel, purificar o organismo e eliminar gorduras. Cabelos e unhas se beneficiam do alto teor de sílica e flúor que a planta apresenta. O pepino batido no liquidificador, com água e mel, serve para as mãos ressecadas por detergente. 
Cultivo: Existem inúmeras cultivares e híbridos de pepino, para salada e para indústria, disponíveis no mercado. Para as cultivares e, especialmente aquelas que o produtor vem melhorando a cada ano, recomenda-se que o produtor retire as sementes das melhores plantas para multiplicação. Clima quente, com temperaturas entre 26 e 28 ºC, é o mais adequado para o plantio do pepineiro. Em regiões mais frias, o cultivo deve ser realizado em locais protegidos, onde seja possível monitorar a variação da temperatura. A exemplo das abóboras, a produtividade depende da eficiência da polinização pelas abelhas, que tem a maior atividade entre 28 a 30ºC. Na maioria das cultivares, as flores são monóicas, com predominância das masculinas sobre as femininas. Mas, trabalhos de melhoramento genético criaram híbridos que produzem, quase exclusivamente, flores femininas, o que aumenta a produtividade, uma vez que somente as flores femininas geram frutos. O pepineiro depende da polinização cruzada realizada por insetos como as abelhas, que fazem o transporte do pólen, por isso é proibido a aplicação de inseticidas, uma vez que exterminam com elas, além de contaminar os frutos e o meio ambiente.  Temperaturas mais elevadas proporcionam maior número de flores masculinas; por outro lado, temperaturas mais amenas e, com período curto de luz, estimulam maior número de flores femininas que darão origem aos frutos. Por não tolerarem o frio, o pepino pode ser semeado no litoral, a partir de setembro e, no máximo, até o final de janeiro. Em regiões com altitude superior a 800 m, a semeadura pode ser feita de agosto a fevereiro. As variedades mais plantadas nas regiões Sudeste e Sul pertencem aos grupos Caipira, Aodai e Japonês (tipo salada), com tamanhos que variam de dez a 30 centímetros de comprimento. Para a conserva, os frutos não devem ultrapassar dez centímetros de comprimento; os mais produtivos são híbridos, destacando-se as cultivares Guaíra, Colônia, Ginga Ag-77, Premier, Primepak, Pioneiro e Score, entre outros. Os do grupo Caipira produz frutos de tamanho médio, com 10 a 14 cm, claros, alongados ou bojudos, com 3 a 5 lóculos; Dentre estes destacam-se as cultivares Pérola, Rubi, Colonião, Imperial II, Nobre, Safira, entre outros. Os do grupo Aodai produzem frutos alongados, cilíndricos, bem retos, com 20 a 25 cm de comprimento, 4 a 5 cm de diâmetro e peso médio de 320 a 400g; Dentre estes destacam-se as cultivares Monark, Vitória, Nazaré, Ginga, Midori, Sprint 440 S, dentre outras. Os pepinos do grupo Japonês (Figura 4) são híbridos mais adaptados ao plantio em abrigo, tais como Tsuyataro, Rensei, Seiriki nº5, Nikkey, Top Green, Ancor 8, Flecha, dentre outros. Ambos os tipos (salada e conserva) têm produção mais comum a céu aberto.

Figura 4. Pepino Japonês
Tanto o pepino para conserva como para saladas, podem serem tutorados e protegidos (Figura 5), o que facilita os tratos culturais e a colheita, além de produzir frutos de melhor qualidade (frutos com melhor coloração e menos deformados). Formação de mudas, plantio e adubação:  Grande parte dos produtores faz a semeadura direta na cova, semeando 3 a 4 sementes por cova, a uma profundidade de 2 cm, fazendo-se o desbaste e deixando uma a duas plantas por cova, quando tiverem duas ou três folhas definitivas. Mas, quando se usa sementes híbridas, de custo elevado, o melhor é semear em recipientes, como os copos de jornal ou de plástico e bandejas de isopor, para se obter melhor aproveitamento (na matéria postada neste blog, em 31/10/2012, ensina como fazer copos de jornal). Em locais mais frios, a formação das mudas em recipientes, nos abrigos, favorece a germinação, a emergência e o desenvolvimento inicial das plantas, garantindo uma colheita antecipada. Neste caso deve-se semear uma semente por copo ou célula da bandeja e transplantar a muda quando tiver o primeiro par de folhas definitivas. As covas indicadas para o pepino tutorado devem ser preparadas no espaçamento de 1 a 1,20 m entrelinhas por 40 cm entre plantas. Para o pepino conserva, no sistema rasteiro, recomenda-se o espaçamento de 1 m entre linhas por 30 cm entre plantas, deixando-se uma ou duas plantas por cova. A germinação ocorre cinco dias após o plantio e leva mais 25 dias para a floração. Tanto a adubação de plantio, como de cobertura, se necessário, deve serem baseadas na análise do solo e do adubo orgânico. Tutoramento: O pepineiro pode ser plantado no sistema rasteiro, porém, o tutoramento é o mais indicado no cultivo orgânico, pois facilita os tratos culturais, especialmente os fitossanitários e a colheita, além de diminuir os riscos de ataque de doenças, deformação e má coloração dos frutos. O tutoramento indicado é o vertical, feito com varas de bambu ou de madeira com 2,2 a 2,5 metros de comprimento, apoiadas em um arame de 1,2 a 1,8 m de altura do solo. À medida que a planta for se desenvolvendo, é preciso fazer amarrações dos ramos no tutor.  Irrigação: O solo deve ser mantido úmido por meio de distribuição de água nos sulcos de 30 a 40 centímetros de abertura e 25 a 30 centímetros de profundidade, ou da irrigação pelo sistema de gotejamento (preferencialmente), microaspersão ou aspersão convencional. Manejo das plantas de pepino: No caso do pepino japonês, recomenda-se eliminar os primeiros frutos, quando estiverem pequenos (1 a 2cm), dos três primeiros nós da haste principal. À medida que a planta se desenvolve, haverá emissão de frutos na haste principal e emissão de hastes laterais, em cada nó da planta, que produzirão seus próprios frutos. Para obter-se mais frutos dentro do padrão exigido pelo mercado, ou seja, 20 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro, aproximadamente, recomenda-se: a) eliminar todos os frutos da haste principal e b) manter apenas dois frutos por cada haste lateral, podando a mesma antes de emitir o 3º fruto. Manejo de plantas espontâneas: O uso de adubos verdes, a exemplo do cultivo do chuchuzeiro, é recomendado para o pepino, com o objetivo de melhorar o solo, reduzir a infestação de plantas espontâneas e a erosão. Principais pragas e doenças, rotação e consorciação de culturas: ver matéria "Cultivo orgânico de hortaliças-frutos - Parte I", postada em 31/10/2012.

Figura 5. Cultivo tutorado e protegido de pepino
Colheita: No pepino conserva a colheita inicia-se 28 dias após o plantio, prolongando-se por dois meses. Para o pepino salada, a colheita inicia-se entre 60 e 80 dias após a semeadura, prolongando-se por dois meses, aproximadamente. Colheitas frequentes estimulam a produtividade. Recomenda-se fazer no mínimo três colheitas por semana nos pepinos para salada, enquanto que nos tipos para conserva, dependendo da exigência do mercado, pode ser até diária e, no máximo, a cada 2 dias.

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